Capítulo 1

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  Parece que a vida está aqui, mais uma vez tentando jogar na minha cara que eu sou uma ninguém. Acabei de ser demitida do meu estágio remunerado - se serve de consolo, eles estão fechando as portas e todos foram demitidos-, estou almoçando sozinha e os atendentes do restaurante estão me olhando estranho- será que estou com alface nos dentes?- , sem contar que tem uma linda família na mesa ao lado que é ainda por cima tudo o que eu sonho. eu sei que sou jovem demais para pensar nisso, mas o que custa ter um pouco de esperança nos meus vagos sonhos? Droga. Droga. Droga. E ainda tem essa música feliz que está tocando ao fundo, daquelas que tocam em finais felizes, e que obviamente me irritam.

   Ás vezes eu acho que algumas pessoas nasceram para morrerem sozinhas e acho que sou uma delas. Provavelmente serei a tiazona solteira da família que dá bons presentes pros sobrinhos e é infeliz. Eu sei, parece um clichê o que estou dizendo, mas é bem provável.

 Termino meu almoço- e a minha reflexão- e saio do restaurante, a família dos sonhos foram minutos antes de mim, com a menininha de cabelos encaracolados guiando eles como se fosse gente grande.

 Ao me levantar, vou direto para o metrô, que é só alguns minutos a pé dali. Enquanto ando, fico tão focada na paisagem -apesar de ser uma cidade qualquer, não deixa de ser linda- que acabo tropeçando na calçada, foi um tombo e tanto. A Francine -minha melhor amiga- sempre diz que eu sou distraída, mas eu prefiro me chamar de observadora.

  Ao tentar me levantar, sinto uma forte pontada em um dos meus braços, minha visão esta meio turva por causa da queda, mas da para ver um belo machucado nele. Ótimo, mais uma coisa pra minha lista de ''pior dia da minha vida''. Sinto uma pressão no meu ombro, tento virar um pouco, e vejo um garoto com fones de ouvidos pretos - no estilo headphones- um casaco de moletom, ele tem cabelos escuros, tão escuros quanto seus olhos, que chegam a ser hipnotizantes. Ele me ajuda a levantar, sem dizer absolutamente nada, e sai andando. Grito um obrigada, mas acho que ele nem ouviu, ja que estava de fones. 

  Decido olhar ao redor para ter certeza que não tem ninguém me encarando ou rindo da minha cara, e por sorte não há ninguém.

  Olho meu braço mais uma vez e percebo que está sangrando um pouco. Pego um pano que tenho na minha bolsa e coloco em cima para ajudar o sangue a parar de sair.

 Continuo andando, dessa vez tomando um pouco mais de atenção com o caminho até o metrô.

 Ao chegar, vou direto para a minha estação, e como de costume, o Noah está la. Ele fica todos os dias na estação tocando violão, bem típico metrô americano, com seus músicos ambulantes. 

 Conheço o Noah porque também estou aqui todos os dias, quando volto do meu estágio.

  Noah é alto, magro, mas ainda com seus músculos um pouco definidos, eu diria que ele é um cara bem bonito e atraente. 

  Decido dar um aceno para ele, que retribui o dano um sorrisinho entre parte da música que ele esta cantando. Quando meu transporte demora chegar e ele está descansando após tocar e cantar muitas musicas, sempre vou la bater um papo com ele.

  Olho um pouco para o lado e vejo Greta, a namorada de Noah. Ela é uma das pessoas mais legais que já conheci. Ela me olha de longe e me da um aceno indo na direção do namorado.

  Fico uns 5 minutos ouvindo Noah tocar, até que meu transporte chega e entro para me acomodar.

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Espero que tenham gostado desse capítulo, tentarei postar um capítulo por dia ou mais.
Continuem acompanhando a história da nossa querida Greta.

Não esqueçam de comentar o que acharam, de deixar dicas e de votar, que é muuuuito importante.

Até o próximo capítulo.
   

               -Dora♡

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⏰ Última atualização: Dec 18, 2019 ⏰

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