CAMILA SANTIAGO RUTHERFORD
Volto para o campus um pouco depois da meia-noite com Beatrice. Cansada demais para tagarelar ou bêbada o suficiente para apenas cair e dormir, minha colega de quarto vai para o seu lado e fecha a porta sem deixar nenhum freixo de luz passar pela porta. O barulho de molas rangendo me diz que ela já foi dormir.
Tentando não fazer barulho, pego minhas coisas para tirar a maquiagem e me aprontar para dormir. O banheiro no fim do andar pode ser uma selva, mas ninguém conversa muito por lá de madrugada. Todo mundo está com os pés doendo pelos saltos e só à alma suporta os próprios joelhos. Quinze minutos depois, volto ao quarto e passo pela área comum na ponta dos pés para vestir meu pijama e me enfiar embaixo das cobertas.
Em geral, não demoro muito para pegar no sono –na verdade o meu poder especial é a habilidade de cair na cama e apagar no mesmo instante.
Mas não esta noite. Nesse exato momento, a capacidade dormir me odeia e não vai me deixar relaxar com tantos pensamentos. As danças de Levi me deixaram excitada e irritada, transformando minha cama em um colchão de pregos sem nenhuma posição confortável. Não há posição confortável. Posso sentir minhas pernas latejando e os meus mamilos doem de tão duros. Passo quase uma hora revirando na cama e a cada movimento, o atrito faz que eles doam mais.
Isso é obra daquele californiano. Guero. Droga, por que tinha que dançar tão bem com ela?
Um gemido me escapa quando penso no beijo e enfio o rosto no travesseiro. Viro outra vez, tentando outra posição com uma almofada entre as pernas. Normalmente ajuda, mas nesse momento eu só gostaria de ter uma coisa entre as pernas então não ajuda muito. É uma provocação insuficiente, insuportável e meus quadris começam a desejar mais disso.
"Dios mio." Torturo e abro os olhos para a escuridão do quarto, desistindo de dormir. Viro de costas e descido acabar logo com isso.
Enfio a mão por baixo da minha camisola quentinha e tento fantasiar com alguma figura famosa. Não consigo apenas massagear o clitóris e ter um orgasmo de presente, tenho que ser instigada e criar uma história em cima disso. Normalmente uma celebridade ajuda e uma situação inoportuna também. Como em O amor não tira férias, quando Jude Law bêbado acidentalmente tem que dormir na casa em que Cameron Diaz está hospedada.
Hmmmm, Jude Law...
Tento me imaginar no chalé cheia de neve. Estou com frio, mas curtindo minha companhia num feriado e sozinha. Dançando, bebendo e vendo filmes da época que só me torturam quando ouço um chamado na porta. Ele bate? Não lembro. No meu sonho ele grita e me chama. Fico indignada com tanto barulho e vou até a porta pronta para discutir. Quando abro, veja só, Jude Law mais novo em roupas de inverno. Adorável.
Ele entra no chalé sem ser convidado e fica surpreso ao me ver tão a vontade e concordamos que, era de fato minha casa já que sua irmã está fora do país. Uma conversa cheia de flerte, sorrisos e sotaque é o suficiente para me tirar do sério. O sirvo um taça de vinho e... Oh, não! Tudo cai em sua camisa perfeitamente branca e ele é obrigado a se livrar dela.
Os olhos azuis crescem ao notar meu desejo e apreciam tudo que podem. Seu pênis endurece e ele sabe que gosta do que vê. Ele limpa os lábios com os dedos e se aproxima, provocante, cheio de desejo e faminto.
Faço o mesmo e coloco as mãos em seu peitoral, deixando-o arrepiar com o frio natural do chalé. Seus olhos ardem no mais perfeito azul e bagunço seu longo cabelo loiro-escuro. Cabelo? Não. Jude Law tem entradas. Entradas. Por que de repente ele tem cabelo? Um implante talvez? Droga, talvez seja o filme errado.
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Objetivo Mútuo
Romance#4 PRINCE SERIES Carismático, romântico e californiano, Levi Standers sempre foi alvo de muito suspiros. É sem dúvida a estima de muitas garotas, e ainda assim, ele não consegue superar o relacionamento fadado ao fracasso que lidou nos últimos anos...