》Sarah《

8 4 16
                                    

- Está mudando a decoração? - Julha pergunta olhando para a cadeira estilhaçada no chão

A encaro com uma expressão assassina. Estou pensando em todas as formas como poderia a matar, procurando a mais dolorosa. Julha sabe disso, e saca uma pequena pistola do coldre. Ela segura como quem não quer nada, como uma serpente enrolada à espera do momento certo para dar o bote

- Sente, por favor, sarah - ela diz, gesticulando com a arma

Obedecer a ordem é como me render, mas não tenho escolhas. Sento, deixando Sabrina e Julha assomarem sobre mim. Se não fosse pela arma, teria uma chance

Julha sorri, como se lesse meus pensamentos

- Melhor ficar sentada

- Você precisa de uma arma para manter uma criança na ilha? - Devolvo a provocação, espichando o queixo na direção da pistola

- Quem disse que estamos na ilha? - ela sorri e planta os dois pés diante de mim - Consegui um acordo com o general, em troca de todos vocês, ele vai me dar muito dinheiro, é uma boa proposta

- Bom até demais - digo e a vejo travando seu maxilar

Sabrina inclina o corpo, arqueando as costas e empinado o quadril, parece natural. Mas não há nada natural no que está tentando fazer. A parte de baixo de seu casaco pende para a frente, deixando à mostra as seringas, que escorregam rápido e perigosamente entre o tecido e sua barriga

- Opa - Sabrina engasga, desvecilhando da não de julha quando as seringas escapam. Elas batem no chão e espirram o líquido nos nossos pés. Qualquer um pensaria que todas quebraram, mas meus olhos rápidos percebem que uma ainda está intacta, semioculta na mão fechada de Sabrina

- Droga garota - Julha diz se abaixando sem pensar duas vezes. Ela tenta pegar a caixa na esperança de salvar alguma coisa mas acaba ganhando uma agulha na jugular

O fator surpresa oferece a sabrina os segundos necessários para esvaziar a seringa na veia de Julha. Ela luta, acertando um soco poderoso na cara de Sabrina, que vai até bater na parede oposta

Antes que Julha consiga dar mais um passo, corro até ele e o prenso contra a parede

A combinação das drogas com minha fOrÇa nocauteia Julha. Ela desliza parede abaixo, joelhos cedendo e desaba de maneira degradante. De olhos fechados

- Aí - é o som que vem de Sabrina enquanto massageia a bochecha que já começa a inchar. Drogada ou não, Julha é capaz de desferir um soco devastador. Sem hesitar, vou rápido até ela - não é nada sarah, não se preocupe

Só que não quero consolar ninguém. Meu punho acerta a outra bochecha, tão forte que sinto seus ossos no nó dos dedos. Ela urra e vacila sob o impacto perdendo o equilíbrio.

- Agora sim - a abraço, envolvendo-a pela cintura.

- Achei que seria mais útil se não estivesse na cela ao lado - ela diz suspirando - Por que não confiou em mim?

Fico sem resposta

~~
boa noite

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Feb 09, 2021 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

school || cadelinhus Onde histórias criam vida. Descubra agora