o garoto estranho da sala b12

19 1 0
                                    

era inverno, a neve caía do céu, as vezes quando você é apenas uma criança imagina que tudo isso pode ser um sonho ou apenas sua imaginação. A maioria das crianças quando lembra de neve pensa em um boneco, feito de bolas de neve grandes, com um nariz fino feito provavelmente com uma cenoura que sua mãe não pretende usar...
Mas na minha infância eu não imaginava neve assim. Meus pais nunca me deixavam brincar na neve, diziam que apenas um frescos faziam isso e na verdade eu nem entendia o porquê, achava normal querer brincar na neve porque a maioria dos meus amigos faziam isso, eu era apenas uma criança no auge dos seus oito anos querendo brincar, me divertir; tentar fazer novas amizades. Mas isso nunca foi possível

〔...〕


"Bip... Bip... Bip..." Ouvia o som do despertador ecoar pelo meu quarto grande, parecia bater nas paredes e logo voltar para meus tímpanos, esse som era extremamente horrível, ainda queria saber por que não coloquei esse negócio fora, as vezes queria ser inteligente pelo menos uma vez na minha vida tediante. Abri meus olhos calmamente observando o local aonde me encontrava, e, obviamente, nada de novo é claro. Apenas eu em meu quarto que me dava náuseas... Ainda conseguia ouvir meu pai gritando que eu era um inútil sem futuro, aquele lugar nunca me trazia boas lembranças. Queria que trouxesse, mas nunca trazia. Lembrar que seu próprio pai lhe agride quase todos os dias não é bom de se lembrar, as vezes meu único refúgio é nos desenhos que faço ou até mesmo na música; quando você sente seus dedos tocarem as teclas gelidas do piano, parece que, está no paraíso, apenas você ali, ouvindo o som que transmite, a paz que aquilo trás...
Saio de meus pensamentos olhando rapidamente para meu despertador que transmitia as horas de Seoul. Respiro fundo vendo que já eram sete e meia da manhã, daqui uma hora a primeira aula iria começar. Me sento em minha cama olhando para a janela, estava nublado, nenhum sinal do sol para iluminar aquela manhã sinzenta de uma típica quarta-feira. Logo desço de onde antes estava sentando calçando meus chinelos do Mickey que por algum motivo uso até os dias de hoje, talvez seja apenas uma criança em um corpo adolescente.
Pego minha mochila que já havia arrumado no dia anterior e procuro meus tênis vans que estavam embaixo da cama, os calço rapidamente logo me retirando de meu quarto, do lugar que nunca teria boas lembranças.
Desço as escadas rapidamente vendo minha avó na bancada da cozinha preparando o café da manhã, tínhamos empregados mas ela ainda cismava que deveria preparar por si só, eu amo essa mulher.

- Bom dia meu anjo - diz a senhora enquanto colocava alguns pães na bancada vendo seu neto se sentar em uma das cadeiras.

- Bom dia... - diz sorrindo para a mais velha que parecia estar animada por vê-lo.

Depois de algum tempo terminei meu café da manhã, geralmente ela preparava pão e geleia, era simples mas feito com carinho. Eu amava minha avó, por algum motivo ela era uma das únicas pessoas que me deixava feliz em meio a tanto caus que tinha na minha vida.
Saio de casa andando calmamente pelas ruas enquanto observava as pessoas que andavam por alí, era legal observa-las, as vezes você deve notar as pequenas coisas, como o que elas fazem ou sobre o que estão conversando... Isso pode mostrar se essa pessoa é boa, é má ou até mesmo se está bem com sua própria vida, é algo simples porém muito elaborado na minha mente. Vejo algumas senhorinhas andando com seus cães, outras com seus gatos. Isso é algo que você deve notar, as vezes as pessoas que tem gatos, são mais fechadas, não gostam de demostrar tanto seus sentimentos; por isso preferem ter gatos, porque eles não se importam tanto com as coisas, vivem apenas por si, apenas pela sua sobrevivência.
Depois de andar por alguns minutos, já estava na escola. Observo as pessoas que estavam me dando "oi", sabe, as escola é um lugar totalmente tóxico, pessoas que realmente são boas em algo que fazem, ou em algo que falam não ganham popularidade por aquilo, mas agora, pessoas que tem dinheiro assim como eu, sempre são populares; mas as pessoas nunca se importam com você, elas querem apenas se aproveitar do que você tem. Mas mesmo que meus pais sejam ricos, eu nunca tive nada e nunca terei.
Ando pelos corredores logo adentrando a sala b12 onde teria aula de física "olá, pode se sentar com alguém para fazer o trabalho da aula teórica de hoje" ouso a professora falar, já teria um trabalho? Era apenas a primeira aula do ano... Observo o local vendo que praticamente todos os alunos já tinham uma dupla para o trabalho que teria na aula teórica então solto um longo suspiro, vendo que tinha um garoto encapuzado que estava mordendo a ponta de sua caneta enquanto parecia desenhar algo em seu caderno, era minha única opção de dupla... Reviro meus olhos arrumando a mochila nas costas logo dando empulso para minhas pernas andarem, na real eu nem queria estar ali porém era melhor vir do que ficar em casa. Ando até a cadeira vaga ao lado do garoto estranho e coloco minha mochila no chão logo apoiando minha cabeça em minhas mãos enquanto observava a professora explicando algumas coisas.

- oi... Me chamo J-jaemin. Na Jaemin - disse observando o garoto que parecia ter um olhar vazio ao seu lado.
E percebeu que estava sendo ignorado. - ...

- ... - Renjun apenas observou aquele garoto esquisito ao seu lado logo voltando sua atenção para a professora, não estava a fim de ser socialista, pelo menos não hoje.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Dec 18, 2019 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Renmin  [ Im sorry...for loving You ]... ♡Onde histórias criam vida. Descubra agora