Capítulo 48 - Preciso muito de você

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A cena toda é desagradável de ver

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A cena toda é desagradável de ver. Cheguei no exato momento em que uma mulher é arremessada por um carro em alta velocidade que foge sem prestar os primeiros socorros ou apenas verificar que ela está bem, mesmo não estando.

A cena me embrulha o estômago, eu desvio o olhar para o outro lado e os cabelos loiros dele me chama atenção. Ele está desnorteado, acho que conhecia a moça muito bem e eu me aproximo devagar dele. Vou cortando a multidão que começa a se forma para chegar ao Leonardo, que parece está completamente perdido.

— Bárbara por favor... Como vou explicar pro Bernardo que você... — Ouço a voz raivosa e triste de Leonardo cada vez que eu chego perto.

— Saiam te perto. Chamem uma ambulância! Agora. — Grito para todos a minha volta e puxo Lok pelo ombro tentando o tirar de perto da moça que já está morta. — Leonardo. Você precisa largar ela. — Eu digo a ele enquanto me ajoelho em sua frente.

— A culpa é minha! A culpa é minha. — Ele  agarrando o corpo sem vida da mulher.

— Tenho certeza que não. — Eu digo tentando consola-lo.

Ele encara os meus olhos e eu observo os dele. Tristes, vazios, culpados e com muita raiva acumulada. Mas ele se acalma enquanto meus olhos mantém contato com os dele. Os enfermeiros tiram Bárbara do colo dele, que não reluta. Eu o levanto, o abraçando forte tentando ao menos dizer que estou aqui pro que ele precisar.

— Eu tô aqui. Vamos subir, vou cuidar de você. — Eu digo o puxando para o prédio.

Ele olha pra trás, os enfermeiros estão colocando um saco preto em cima de Bárbara. Ele desvia o olhar pra frente e eu o coloco na recepção pedindo para ele esperar.

Me aproximo dos para-medicos e explico a situação, dizendo que no momento ele não tem condições de acompanhar, mas em duas horas iremos resolver tudo. Eu olho novamente pra onde Lok estar e penso que duas horas seram suficientes pra ele relaxar um pouco a mente e resolver tudo da mulher.

Eu me despeço deles e vou até onde ele ainda está parado, observando tudo em sua volta e eu me agarro a ele o puxando para o elevador. Depois de alguns minutos, entramos em seu apartamento e ele senta no sofá com as mãos na cabeça.

— O que eu posso fazer? — Eu pergunto com a voz serena, para o acalmar.

— Vai embora! — Ele rosna na minha direção, direcionando sua raiva pra mim.

— Você não precisa ficar sozinho...

— O que você está querendo! Em! Me diz Gustavo? Está esperando eu te falar alguma coisa pra você ir lá fofocar no ouvido do Ian! Acha que eu sou otário? — Ele pergunta se levantando rápido e vindo na minha direção. — Eu quero que você vá EMBORA AGORA! — Ele diz me empurrando porém eu continuo no lugar.

Entre o Passado e a Maternidade Livro IIOnde histórias criam vida. Descubra agora