Capítulo Quinze

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Segunda-feira meu primeiro dia em um novo trabalho, nunca fora tão fácil conseguir um trabalho, eu nem tive de procurar por ele.
Após chegar ao hotel, encontro logo na entrada David.
- Oi? – digo.
- Oi! E então! Está ansiosa pelo seu primeiro dia de trabalho? - pergunta me David.
- É um pouco!
- Vamos! Vou te acompanhar até a sala de John, para assinar os papeis e depois vou começar a explicar o que você irá fazer! O seu trabalho é bem fácil por isso não precisa ficar nervosa.
Depois de bater à porta de John, eu e David entramos.
- Eliza vai assinar o contrato. – diz David para John, depois se vira para mim. – Volto para te buscar daqui apouco, tenho umas coisas a serem resolvidas agora.
John abre uma de suas gavetas e tira dela alguns documentos.
- Esses são os documentos que você precisa assinar. – pego caneta que ele estende para mim, - assine aqui, aqui e aqui. – diz apontando os lugares a serem assinados.
- Pronto Já estão assinados! Mas alguma coisa?
- Não! Pode procurar por David ele vai te ajudar com o resto! – Suas palavras são frias, mas do que o normal e até por um instante pensei ter feito algo de errado.
- Fiz algo de ruim? – pergunto a John, tenho curiosidade de o porquê de sua frieza.
- Não!
Não! Era isso mesmo que eu ouvi? Ele disse apenas um não? Não me preocupei com mais nada, me levantei e sai da sala de John. Em busca de David.
O dia passou que nem percebi. Já estava a me preparar para sair quando David me convidou para sair, o pessoal do trabalho ia passar em um bar para descontrair um pouco.
- Vamos Eliza! Iremos fazer uma festa de comemoração pelo seu primeiro dia.
Não estava muito a fim de sair, e além do mais tinha que ir para a casa pra ficar com Ana Clara. 
- Sinto muito pessoal! Tenho que ir embora.
- Sei! Você tem que ir para casa, temos certeza de que você tem algo melhor a fazer com o nosso chefe! – diz uma mulher de cabelos grisalhos que não me lembro do nome.
Claro todos já devem saber que eu sou “namorada de John” e devem também saber que “moramos juntos”. Segundos depois John passa direto por nós indo em direção à saída.
- Você não disse que estava indo para a casa? Por que John está indo à frente? Por acaso vocês não vão juntos? – pergunta a mesma mulher.
- Claro que vamos! Tenho que ir tchau! – digo correndo em direção a John. – Oi? – digo ao John quando o alcanço. Ele não me responde nada. – Você pode me dar uma carona?
- Achei que você ia sair com seu amiguinho? – ele apenas me dá um olhar seco, um olhar que não consigo identificar.
- Não! Tenho que ir para a casa pra ficar com a Clarinha. – ele fica novamente sem me responder. Somos seguidos pelos funcionários, que também vão em direção à saída do estacionamento. – Olha se você não quer me dá carona, eu não me importo, até por que não são os meus funcionários que vão achar estanho você ir sozinho para a casa. – Ele olha para traz e vê alguns de seus funcionários.
- Certo! Entra no carro! – diz John enquanto eu dou a volta para entrar no carro e me sentar ao lado do motorista.
John dá a macha ré e segue em saída do estacionamento. Ficamos ali quietos até que percebo algo estranho, o caminho que John pegará não me levaria de jeito algum para minha casa.
- Espera ai! Esse não é o caminho para a minha casa!
- Não mesmo! Esse é o caminho para a minha casa.
- O que você pensa que está fazendo! Pare o carro agora!
- Impossível! Estou em uma rua movimentada onde não é permitida nenhuma parada, penso que você deveria saber disso, pois pelo o que eu sei você tem uma carteira de motorista!
- Há! Há! Muito engraçado. Mas é sério tenho que ir para a casa.
- Você disse que meus empregados iriam achar muito estranho eu ir para casa sozinho. Pois então você está indo junto. –diz John com um sorriso debochado.
- É eu disse isso, mas não era o que deveria acontecer isso era apenas até saímos do estacionamento.
Ao chegamos a uma rua menos movimentada, John para o carro.
- Desce! – diz John.
- Claro com muito prazer seu idiota egocêntrico! – saio batendo a porta do carro com força. Depois ele sai derrapando.
Chego em casa exausta.
- Oi Cidinha? Desculpa a demora!
- Que isso menina! Não tem problema. Mas me diga uma coisa, como foi o seu primeiro dia de trabalho?
- Foi... Interessante!
- Interessante como?
- Interessante a ponto de saber que meu chefe é um babaca, um imbecil!
Serio não sei por que ele estava sendo tão arrogante e frio comigo. Sei que ele não gostou de saber que estou trabalhando no seu hotel, mas a culpa não é minha. Droga!

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