Cap 14

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DIA 22/12

Para cada pessoa a vida tem um significado, alguns preferem viver em função do trabalho e crescimento financeiro outros vivem cada dia como se fosse o ultimo. Para Robin De Locksley a vida poderia ser resumida em sorrisos. O sorriso triste de alguém ao recordar a pessoa que perdeu. O sorriso aberto mostrando todos os dentes, extravasando a felicidade. O primeiro sorriso de um recém nascido, ao sentir o calor do corpo de sua mãe ou pai, o último sorriso de alguém. O sorriso acompanhado de bochechas coradas, quando alguém vê a pessoa pela qual é apaixonada. E o sorriso dela, aquele sorriso que resumia todos, os lábios curvados ao extremo, sem importar-se com a rugas que um dia farão parte de sua face, os dentes superiores separando-se dos inferiores na tentativa de sorrir ainda mais, o sorriso perfeito, o sorriso que o pintor tanto admirava, o sorriso de Regina admirando a neve cair resumia a vida para Robin. Assim como o sorriso de Regina, a vida era repleta de significados, repleta de naturalidade e quando admirada da forma certa trazia a felicidade.

--Não é íncrivel o quanto a neve parece mágica? --A morena sorria da forma mais pura deixando os flocos de neve tocarem seu rosto, a sensação de liberdade percorria seu corpo e intensificava-se quando seu olhar encontrava o azul das orbes do pintor.

--É incrível sim, mas acho melhor entrar, está muito frio e ainda temos que decorar a casa. --O loiro abraçou a mulher na tentativa de fazer do frio mais brando. Ação que arrancou um sorriso dos lábios da morena, logo o casal encontrava-se retirando as botas cobertas de neve e adentrando a casa. Lia estava na sala brincando com o material para os enfeites, a empresária havia chegado a pouco na mansão Locksley. Ruby e Zelena chegariam mais tarde, pois Robin e Regina queriam conversar com a pequena loira de cinco anos. O loiro precisava explicar que a morena estaria mais presente em sua vida, desde que voltaram de viagem, Regina havia passado muito tempo com Lia, como a "Amiga do papai", mas não poderia ser assim sempre, o loiro gostaria de ter a mulher oficialmente como sua namorada e precisava que seu pequeno raio de sol entendesse. --Moranguinho, olha quem chegou. --Robin falou adentrando a sala com a morena que agora não usava mais o pesado sobretudo deixando seu suéter de mangas compridas cor laranja e calça de couro preta a mostra.

--Tia Gina!! --A pequena levantou do tapete tropeçando nos próprios pés e correu até a morena.

--Lia cuidado filha. --O loiro fechou os olhos quando a pequena desequilibrou-se. --Um dia essa menina ainda vai me matar. --Robin suspirou ao abrir os olhos e ver que Regina havia conseguido segurar a pequena antes que ela tocasse o chão.

--Não corra assim Lia, eu não vou fugir, vou passar o dia com vocês. --Regina carregou a pequena e beijou a corada bochecha da loirinha.

--Vamos decorar a árvore! Papai já arrumou tudo, vai pintar com a gente tia Gina? --A pequena abraçou o pescoço da morena deitando sua cabeça sobre o confortável colo.

--Vou sim princesa, mas antes. --Regina começou a falar enquanto andava até o sofá. Robin suspirou sentando ao lado dela. --Papai quer falar uma coisa para você. --Lia acomodou-se sentando sobre as pernas da morena e encostando as costas no peito de Regina.

--Ok. --O loiro nunca esteve mais nervoso e Regina não estava muito diferente. Lia por outro lado não entendia o que estava acontecendo, apenas desfrutava das carícias que recebia da morena em seus longos cabelos dourados. --Moranguinho... você sabe que o papai gosta muito da tia Gina, não é?

--Sei papai, eu também gosto muito da tia Gina. --Lia sorriu exageradamente para a morena.

--Sei que gosta, mas a tia Gina é ainda mais especial para mim, lembra que a vovó Kat me chama de príncipe? --A pequena apenas concordou. --Nos desenhos que a gente assiste, cada príncipe tem uma princesa, não é? --Lia fez uma careta enquanto pensava e intercalou sou olhar entre Regina e o loiro.

ENCONTRO ARRANJADOOnde histórias criam vida. Descubra agora