Capítulo Três.

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Boa leitura!

~•~

Acordei no susto com o som alto do despertador. Não acredito que dormi enquanto assistia televisão. 

— Bom, hora de jantar. – se bem me lembro, é até às 23 horas.

Como ainda tinha tempo, resolvi tomar outro banho.

Coloquei uma roupa confortável e antes de pentear o cabelo, notei que a luz de notificação do celular piscava. 

"Será que mamãe ligou?" 

Rolei a barra de notificações e uma dor  se apossou de mim quando li o nome: Júvia.

Com tudo o que aconteceu, esqueci de bloquear seu número.

Fiquei em dúvida se lia ou não, optei por não o fazer agora. Se só o nome teve o poder de me deixar mal, imagina o estrago que a mensagem fará.

Desliguei a tela do celular, o joguei na cama e voltei a pentear o cabelo. Toda a minha empolgação desapareceu. Eu só vou sair agora, porque estou com fome.

Peguei as coisas e deixei o quarto.

Não conseguia parar de pensar naquela mensagem. 

"O que será que ela quer?"

Andava distraída pelo corredor e acabei esbarrando em alguém, meu celular foi ao chão novamente. Suspirei por isso.

"É a segunda vez hoje.– pensei.

— Desculpa./Perdão. – realmente, um déjà vu.

Antes que me abaixasse para pegar o aparelho, alguém o fez.

— Você 'tá me seguindo, moça? – riu e me entregou o celular.

— Ah, obrigada. Acho que posso perguntar o mesmo, né, moço? Afinal, você que aparece quando eu já 'tô no lugar. 

— E não é que você 'tá certa. – dei um sorriso convencido. — Lembra do nosso acordo?

— Que acordo? Ah. – lembrei.

— Ora ora, parece que lembrou. Então, vamos?

— "Vamos" onde? – perguntei confusa. 

— Ué, jantar. – falou com a maior naturalidade. 

— E por que eu iria junto com você?

— Ué, temos um acordo, pensei que tivesse lembrado.

— É, eu lembrei, mas não achei que você 'tava falando sério. Pensei que fosse apenas, sabe, educação. 

Ele soltou uma gargalhada alta no meio da recepção. Eu nem precisava olhar no espelho para saber que devia estar parecendo um tomate.

— Eu não sou assim tão educado. Então, vamos? – ele é bem animado. — Falando sério agora, não sinta-se obrigada a aceitar. Não tem problema algum dizer que não quer ir. – disse seriamente. Eu estava prestes a fala, quando ele recomeçou. — Deixe-me tentar de outra forma: então, moça, nos encontramos novamente. Eu ainda não jantei e acredito que você também não o tenha. Quer me acompanhar?

Agora quem sorriu fui eu. 

— Sim, quero.

Começamos a caminhar em direção ao restaurante da pousada.

— Eu fiquei meio perdida com você falando. Seu ritmo é bem rápido, quase não deu 'pra acompanhar. – ri.

— Já me falaram isso, mas eu também sei ir bem devagar. Eu alterno bastante meu ritmo. – olha esse sorriso e o tom de voz, óbvio que teve duplo sentido. 

Apenas Um Mês... ou Talvez Mais! [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora