Capítulo Vinte.

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28 dias de viagem.

Boa leitura!

~•~

Nunca duvide da estupidez do seu coração. Eu duvidei da do meu e estou ferrada. 

As coisas não aconteceram da forma que eu queria e isso é uma droga. Não vim aqui para criar sentimentos por alguém, muito pelo contrário. Isso foi algo que sequer passou pela minha cabeça.

Hoje eu passei quase o dia todo na praia. O Sol não estava tão quente, então deu para aproveitar bastante, sem preocupações. 

Por mais estranho que pareça, não vi Natsu em lugar nenhum e nem falei com ele. Voltei ao meu quarto no final da tarde, tomei banho e estava pronta para dormir até estar satisfeita, quando meu celular indicou uma nova mensagem.

***

Natsu: Quer jantar comigo?

Tenho uma coisa pra contar e outra pra pedir.

O que é?

NatsuQuer jantar comigo hoje?

Hoje? 😂

Falou de um jeito como se não fizéssemos isso juntos.

Quase sempre.

NatsuFato.

Bom, você vai?

Vou.

NatsuEntão eu te conto as coisas lá. 🤗

🙄


Às 20h?

NatsuÓtimo.

Te vejo lá.

***

Ele deve ter esquecido que me convidou, porque não é possível. Já comi quase metade da refeição e nada dele chegar. O celular só dá desligado. Vi quando ele finalmente passou pela porta e me deu um breve olhar. Foi à mesa de comidas e veio na minha direção.

— Caraca, hein. – eu disse enquanto ele sentava.

— Calma. Foi mal. – falou fazendo sinal de rendição com os braços. — No meio do caminho, eu percebi que esqueci a carteira e o celular, aí tive que voltar. Acabou que o telefone 'tava sem bateria.

— Eu pagava seu prato. Melhor do que me deixar esperando esse tempo todo. Olha, quase terminei de comer. – revirei os olhos e levei o garfo à boca. — Francamente.

Nenhum pouco dramática.

— Eu sei, desculpa. – suspirou.

— Hum… Então, o que você queria me contar e pedir?

— Sabe onde passei a tarde hoje?

— Claro que não, né? – disse rindo. — Onde foi?

— Eu fui à rodoviária comprar a passagem de volta e…

Já? Me diverti tanto, que nem percebi o mês terminando. Poxa...

— Lucy? – ele estalou os dedos na frente do meu rosto, levei um susto com isso.

— O quê?

— Você viajou. Algum problema?

— Não.

— E então?

— "E então" o quê?

— Você ouviu o que eu disse?

— Sim, você comprou a passagem de volta.

— E…?

— E… Desculpa, eu não prestei atenção no resto. – ri sem graça.

— Okay. Eu perguntei se você pode me ajudar a arrumar a mala?

— 'Pra que você precisa de ajuda? Arrumar é fácil.

— Não tenha tanta certeza.

— Por quê?

— Nada. – disse rindo.

Terminamos de jantar e fomos em direção ao meu quarto. Entrei no banheiro, escovei os dentes e tomei banho, estava muito cansada e precisava espantar isso. Quando saí do cômodo, ele entrou. Liguei a televisão, deitei na cama e percebi que o banho não espantou o cansaço.

— Lucy…

— Hum… – abri os olhos.

— Nossa, eu devo ter demorado mais do que imaginei. – disse rindo e sentando na cama. — Você até dormiu 

— Eu dormi? Nem percebi. É que eu fiquei na praia hoje e aí… – falei tentando me levantar.

— Shiiii. – pôs a mão na minha cintura e me manteve deitada. — Vai levantar 'pra quê? Não pensei que você estivesse tão cansada e ainda me atrasei daquele jeito.

— Eu também não imaginei que 'tava tão cansada. – bocejei. — E que relação tem entre você atrasar e eu estar assim? – ele deu de ombros e desligou a televisão.

— Ei, posso dormir aqui?

— E precisa pedir? – sorri.

Natsu deitou ao meu lado e pôs seu braço em volta da minha cintura, me olhando intensamente. Sustentei o olhar e levei minha mão ao seu pescoço, fazendo carinho com os dedos. Ele realmente é um homem muito, muito bonito e bacana. Eu adoraria tê-lo conhecido em outro momento da vida, tenho a sensação de que teríamos mais do que esse mês. Desci de seu pescoço e passei o braço por cima da cintura. Natsu subiu a mão pela lateral do meu corpo e a parou na minha testa, tirando alguns fios do meu rosto. Fechei os olhos ao sentir um carinho. Desceu a mão pela lateral do rosto e passou dois dedos em meus lábios. Abri os olhos e encontrei os seus.

— O que você 'tá fazendo? – sussurrei com o coração acelerado.

— Nada. – levou os dedos até meus lábios novamente. — Apenas… admirando. – sorri.

O próximo toque que senti, foram dos seus lábios nos meus.

Não foi um beijo urgente ou desejoso. Foi… diferente. Como se ele quisesse dizer alguma coisa, mas minha mente estava cansada demais para entender.

Afastou seus lábios, deixando um selinho nos meus e aproximou mais nossos corpos. 

Estava quase perdendo a consciência, quando ouvi uma última coisa. Algo que me fez sorrir e sentir as famosas borboletas.

— Boa noite, Luce.

Droga de coração estúpido!

~•~

Lucy tava cansada e não entendeu. 🤷

Apenas Um Mês... ou Talvez Mais! [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora