Apenas Um Mês... ou Talvez Mais! [Finalizada]

Capítulo Vinte e Dois.

Bom, 30 dias de viagem.

Boa leitura!

~•~

Desde que Natsu e eu começamos a dormir juntos, é muito comum eu acordar grudada nele. A cabeça em seu peito, uma perna por cima do seu quadril e abraçada a sua cintura, exatamente como estou agora. Está bem, exagerei um pouco. Não dormimos juntos todos os dias, mas quando acontece, é assim que eu acordo ou com ele colado nas minhas costas.

Levantei calmamente para não acordá-lo e fui ao banheiro fazer minha higiene matinal. Olhei no espelho e pensei que já estava sentindo falta, antes mesmo dele ir embora. Meus sentimentos por Natsu são reais, mesmo que eu não queira admitir, eles existem. 

Depois de muito pensar, cheguei a conclusão de que a melhor escolha é não dizer nada e nem perguntar. Apesar desses sentimentos, não sinto-me pronta para um novo relacionamento. Eu sei que não tenho ideia se ele me corresponde ou se teríamos uma relação, mas eu ainda não estou pronta nem para expor meus sentimentos. 

— Lucy, tudo bem aí?

— Já vou sair. – joguei água no rosto.

Devo estar aqui a mais tempo do que pensei. Abri a porta e saí do banheiro, ele estava deitado novamente.

— Acordou cedo hoje. – ele disse.

— Que cedo? Já são 8h45. Você foi quem dormiu demais.

— Nossa, já?

— Sim e é melhor você levantar 'pra gente tomar café. 

Ele levantou com muita preguiça e rumou em direção ao banheiro, enquanto eu terminava de me ajeitar. Quando ele terminou, nós saímos.

Chegamos ao restaurante, escolhemos o que comer e nos sentamos na mesa de sempre, é engraçado falar isso.

— Que horas você vai?

— 13 horas.

— Vai fazer o que no tempo que falta?

— Não sei. – deu de ombros.

— Hum… 

Terminamos a refeição e deixamos o restaurante. Eu não sabia se Natsu queria que eu ficasse essas poucas horas com ele ou não. Então segui para meu quarto e percebi que ele vinha atrás de mim.

— Você vem comigo?

— Ué, não posso? Espera, você pensou que eu queria passar esse tempo sozinho? Que boba, Luce, vamos. – disse rindo. 

Pegou minha mão e nos levou direto para lá.

Assim que entramos no quarto, ele fechou a porta. Sentamos na cama e eu peguei o controle para ligar a televisão, mas fui impedida por ele.

— Ei, Luce, tem certeza que a gente não pode se encontrar quando sair daqui? 

— Natsu, você nem sabe se a gente mora perto. Aliás, eu não sei quando vou embora. Meu seguro foi dividido em 6 vezes e esse será meu 2° mês.

— Eu sei. – suspirou. — Mas é uma pena terminar nosso lance assim. 

É tão difícil. 

Eu também gostaria de encontrá-lo fora daqui. Imagina se morarmos na mesma cidade, mas não sinto-me pronta para isso, infelizmente.

Levei minha mão até sua nuca e capturei seus lábios. 

Não contaria meus sentimentos, mas nada me impede de extravasá-los de outra forma.