Depois da discussão que tive com Eliza nessa manhã, não achei que deveria espera-la para irmos pra casa, ainda mais depois de ver o quanto ela tentou me evitar hoje no trabalho, e como demorei a sair do escritório acho que já estará em casa quando chegar. No caminho para casa parei em um restaurante de comida chinesa. Quando chego em casa meu telefone toca.
- alô? – digo
- O que você está fazendo agora? – ouço sua voz, é Eliza! Mas sua voz soa estranha.
- Você está bebendo?
- Bingo! Quer vir? Estou comemorando! – sua voz não era de uma pessoa que está comemorando algo.
- Eu não tenho o que comemorar! Você está sozinha?
- Você não pode apenas vir, sem perguntar nada?
- Por que eu deveria?
- Por que... você é meu namorado!
Eliza desliga o telefone, Sinto raiva de Eliza por que ela foi se embebedar e ainda por cima sozinha. Penso por um minuto se deveria ir até onde ela está, se eu não for ela poderá ligar para David que irá correndo até ela. Pego as chaves do carro que tinha acabado de serem penduradas, solto a sacola de comida encima do balcão e saio. Como ela está bebendo sozinha e logo depois do horário de trabalho acho que ela possa estar no bar mais próximo ao hotel.
- Há! John? Você veio? Como consegui me encontrar? – pergunta Eliza quando me aproximo da mesa do bar em que está sentada.
- Serio! Você está mais bêbada do que imaginei, vamos levante-se.
- Não! Sente-se ai e beba comigo! Traga mais um copo garçom! – quando o garçom aparece trazendo mais um copo de bebida, Eliza diz: - O que? Você não vai beber? – ela pega o copo que o garçom trouce até a mesa para mim e começa a beber.
- Você não acha que está se excedendo?
- Então você não vai beber? Eu sei que você também gosta de beber!
- Por que você está aqui sozinha, bebendo tanto? O que aconteceu? – ela demora um pouco pensa e depois de uns minutos começa a falar!
- Por que homens tendem a ter casos e mudar os seus sentimentos?
- Do que você está falando? Quem está tendo um caso?
- Eu não estou falando de você, estou falando de outro homem. Até por que caso você não saiba não somos namorados de verdade! Você sabia disso? Não é? – Eliza diz rindo escandalosamente, ela está completamente bêbada.
- E quem é esse outro homem? – Ela estaria falando de David? Ela gosta tanto assim dele?
- Agora apouco, no hotel, eu vi um homem tendo um caso. E ele nem se quer é meu marido é marido de outra mulher. Se ele tem um caso ou não, não é da minha conta. Mas por que eu estou assim? Por que me sinto triste? Eu sou engraçada não é?
Ela não estaria falando de David, pelo que eu sei David é solteiro. Eliza gosta de outra pessoa.
- Vamos! Vou te levar para casa. – digo enquanto a puxo pelo braço.
- Não! – Eliza puxa seu braço de minha mão. – Eu não vou pra casa. Eu nem se quer tenho uma.
- Pois então te levarei para a minha!
- Eu já disse que não! Ainda não terminei minha bebida, você deveria ir embora já que não vai beber! – Fico parado ao seu lado, quero sair da li, mas não quero deixa-la sozinha. – O que você está fazendo? Vai logo embora!
- Ok! Eu vou. – saio do bar e vou para o meu carro, que está estacionado em frente ao bar, eu poderia ir para casa e ficar preocupado se Eliza chegará bem em casa ou não. Fiquei em meu carro esperando por ela! Já não aguentava de sono quando a vi saindo, abri a porta e desci do carro.
- Ho! Você não foi embora? –disse apontando o dedo para mim.
- Se eu deixasse você sozinha aqui e algo acontecesse...
- Algo acontecesse?
- Não é como se eu me importasse, mas se algo acontecesse a você, eu seria o principal suspeito, então eu...
- Que confiável.
- Apenas pense nisso como bons modos, minha avó me criou muito bem, eu vou te dar uma carona, entra no carro!
- Eu vou andando! Preciso de ar!
- Ok! Então iremos os dois andando! – caminhamos lentamente e parávamos uma vez ou outra quando Eliza tropeçava. – Opa! Cuidado ai!
- Eu acho que meu salto quebrou! -Me ajoelho para ver o seu calçado!
- É ele quebrou mesmo! Acho melhor você andar descalça. – digo olhando para o seu rosto. – Se segura em mim, vou tirar seu calçado! - Desço uma das alças e depois o puxo de seu pé e faço a mesma coisa com o outro. -Agora podemos continuar. – continuamos a andar, mas agora Eliza estava mancando, olhei para o chão a rua que percorríamos estava cheia de pedras, e se Eliza continuasse a andar descalça iria ficar com o pé arruinado! – Irei me arrepender disso! – digo para mim mesmo, agacho-me diante dela e digo: - suba!
- O que?
- Eu disse suba! Você vai ficar com os pés em carne viva se continuar a andar por essa rua descalça!
- Não preciso eu...
- Não me faça implorar! – Eliza sobe em minhas costas, e abraça meu pescoço! – Calma só não me sufoque!
- Desculpa! É só que eu nunca fui carregada por ninguém! Eu não estou pesada?
- A esta sim! Com certeza muito pesada!
- Então me solte eu posso andar!
- Estou brincando, não está pesada! – continuamos o caminho em silencio, Eliza apoiou a cabeça em minhas costas, deveria estar dormindo depois de beber como bebeu! – Você deve gostar muito desse cara não é? – digo para mim mesmo, pois sinto que Eliza está dormindo, pois sua respiração em minhas costas ficou mais lenta. Por isso não esperava uma resposta.
- Quem? – pergunta Eliza.
- O que está tendo um caso! Você sente que é uma perda por que você gosta dele!
- Não é que eu goste dele, apenas estou decepcionada. Decepcionada com o amor, esse tipo de sentimento realmente não é bom. A maioria das pessoas sempre muda, seja para o bem ou para o mal. Mas já que ele é o meu primeiro amor custava ele ficar legal como eu me lembrava?
- E você conhece a mulher dele? – ela balança a cabeça.
- Minha melhor amiga!
- E ela sabia do que você sentia pelo marido dela? –não obtive nenhuma resposta. – Eliza? – Sem sinal, deve ter dormido.
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Destino Criativo
RomanceEliza teve sua vida transformada desde a morte de seus pais. Com sua irmã internada na UTI, Eliza teve que trancar a faculdade que tanto amava pra se dedicar a pequena Clarinha! Em meio ao caus que se encontrava sua vida, Eliza conhece Jonh e desde...