EXTRA - O 1° Natal dos Monteiro

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A correria, bagunça e barulho provavelmente representavam o maior desgosto de Rogério com as festas de fim de ano

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A correria, bagunça e barulho provavelmente representavam o maior desgosto de Rogério com as festas de fim de ano. Paula insistiu que se realizasse o evento, já que a do ano passado passou em branco por conta dos incidentes terríveis ocorridos nele.

Era o primeiro natal que passariam juntos e felizes com os bebezinhos ainda de meses de idade. Ela estava contente porque ainda por cima de ser natal, ainda era aniversário dela. A senhora Monteiro era a aniversariante do dia 24 de dezembro.

Por esse motivo, mais do que qualquer outro, Rogério engoliu todas as suas possíveis reclamações devido as festas. Era a primeira e maior comemoração natalina que os Monteiro fizeram em mais de vinte anos.

Todos os funcionários foram convidados. Ela contratou um buffet, mas Maria fez questão de fazer alguns pratos e o peru. Paula organizou várias equipes: Decoração, comida e organização dos presentes. Sim, ela conseguiu comprar presentes para todos.

Ela podia fazer o que quisesse. A fazenda estava mais próspera que nunca. Além disso, foi uma promessa que havia feito a Deus. Rogério não interferiria nos negócios dela com o Altíssimo. Ainda se perguntava como ela conseguiu encher um caminhão de presentes e como conseguiu de forma organizada saber como distribuir ia tudo.

Rogério pela janela do escritório conseguia enxergar a árvore de garrafa pet de quase cinco metros de altura. Ela viu isso numa das visitas a um Pueblo e pediu que fizessem um igual. Havia chegado duas semanas atrás, mas ainda estavam terminando de enfeitar de piscas-piscas.

— Bom dia, meu amor. – Ana Paula entrou na sala com um gorro vermelho sobre os cabelos e outro na mão. –Nós precisamos de um Papai Noel.

Ainda não passavam das oito da manhã e ela já estava inventando moda. Rogério emburrou a cara.

— Eu não vou usar isso. – Ela ofereceu o gorro para ele. – Já tenho um chapéu.

— Ah, Rogério, entra no clima! – Ela bateu o pé no chão e fez biquinho como se fosse uma criança teimosa. Rogério suavizou a expressão dura e suspirou...derrotado. Pegou o gorro e segurou.

— Uso mais tarde.

— Mas não com essa roupa. Eu comprei uma ótima fantasia de papai noel, você vai...

— Eu de papai noel? Está loca!

— Sim, vai sim! Porque as crianças não vão receber os presentes assim sem toda a mágica acontecer. Você e eu vamos estar vestidos apropriadamente.

— Por que não pede para o Miguel, o Hugo? Por que eu? Onde já se viu papai noel cadeirante.

—Não quero ouvir você falar isso de novo. – Ela ralhou feio. – Além disso, você é o patrão dos pais delas. Acha que isso não te dá um senso de papai desse povo todo. Afinal, eles vivem nessa terra como todos nós.

Um Milagre - A Que Não Podia AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora