"transição"

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Acordaria em seu quarto. Desde que o garoto havia desistido da hipotética ideia de uma mudança, vivera no terceiro andar de sua casa velha. Rotsu, como o de costume ao despertar e deixar o gélido ar da vida percorrer seus pulmões de forma voluntária, observava o teto em estado deplorável, decadente e que possuía em sua extensão diversos furos e grandes falhas, enquanto murmurava para si mesmo.

Rotsu: ~ que tudo fosse um sonho, que tudo fosse um sonho

Finalmente, tomará coragem e terminaria de abrir seus olhos e se levantaria para colocar suas vestes. Uma camisa branca simples, até que então, o seu tecido havia sobrevivido aos males dos tempos, ao lado de suas calças; a aparência dessas seriam velhas e cheia de pó, o suficiente para o primeiro encosto ou movimento bruto banhar todo o ambiente a pó.

Após se arrumar, desceu para o segundo andar e andaria até o quarto de seus pais, que estariam na mesma condição ou até pior que o dele. Lá, estaria sua mãe extremamente doente ainda... dormindo. O jovem seguiria até ela e a acordaria com sutileza.

Rotsu: - Mãe, acorde tente se sentar. Vou trazer o seu café.

A mãe logo abria os olhos e lentamente ia sentando na cama, escostando suas costas na parede falaria, além de fraquejar na entonação alegre para demonstrar um suposto bem estar.

Mãe: Rotsu querido, não se esforce tanto, ou, irá acabar ficando como eu estou. Deixe que eu irei fazer meu próprio café

Rotsu: Não mãe, não finja ser forte. Eu sei que você mal consegue ficar em pé, só descanse que eu mesmo faço seu café.

Rotsu desceria as escadas e iria até a cozinha preparar o café de sua mãe; seria somente uma torrada e meia e um pequeno copo de café. Levaria pra sua mãe em uma bandeja. Após isso, Rotsu iria até seu pai que estaria trabalhando na fazenda. Ao chegar lá, o pai coberto pela lama banhada a sereno da madrugada perguntava ao filho, com a sua respiração a pesar.

Pai: rotsu veio ajudar no trabalho ?

Rotsu: não. Eu vou fazer o que eu estava conversando com você. Pai, hoje mesmo mandarei a carta para aquele membro da família rica que nos deu a fazenda.

Pai: ok, você tem certeza que quer ter todo esse trabalho só por eu e sua mãe? você ainda é jovem pra servir a famílias rica.

Rotsu: eu tenho certeza !

O mesmo sairia bravo por algum motivo, iria até seu quarto e começaria a escrever uma carta ao senhor que ele falou, daria a carta a uma coruja levaria a carta ao senhor da fazenda. Que, após assinar tudo o garoto começaria amanhã, junto de seu senhor na escola de exterminadores do reino.

[FIM]

ち さいせい 新月Onde histórias criam vida. Descubra agora