Boa leitura!
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Soltei um longo suspiro ao me jogar no sofá, terminei a faxina. Cheguei ontem de viagem e hoje gastei quase metade do dia limpando o apartamento.
Depois que passou a emoção por ter voltado para casa, notei o quão suja estava, isso sem contar a bagunça. Eu estava tão mal quando viajei, que deixei roupas espalhadas por todo lado, lenços umedecidos pelo chão da sala, fotos rasgadas e etc.. O bom é que já passei dessa fase e agradeço aos céus por isso.
Abri a geladeira, peguei uma garrafa de água e bebi. Na hora que sentaria novamente, ouvi o som da campainha. Vi quem era pelo olho mágico e um sorriso automaticamente apareceu.
— Mamãe! – abri a porta e a abracei.
— Oh, minha filha, eu 'tava morrendo de saudades.
— Eu também! Entra. – dei espaço e ela passou por mim.
— Mal chegou e já 'tá pegando na faxina? Se você tivesse deixado a chave comigo, eu teria cuidado muito bem dele. – fez bico.
Sabia que ela jogaria isso.
— Se eu tivesse deixado a chave, com certeza a senhora me mataria por causa da bagunça que 'tava. – ri. — Nem lembrava que tinha deixado o apartamento daquele jeito.
— Se 'tava desse jeito, foi melhor mesmo eu não ver. – brincou.
Sentamos no sofá e eu nao tinha nada além de água para oferecer.
— Como você está? – falou depois de tomar um gole.
— Ótima. Essa viagem pode não ter feito bem 'pra minha conta bancária, mas fez maravilhas por mim. – ri.
— E com relação a… – deixou no ar.
— Gray e Júvia? – assentiu. — Mãe, a senhora 'tava certa quando disse que o tempo me ajudaria. Claro que senti uma dor quando vi a publicação sobre o relacionamento deles, mas não na mesma intensidade que sentia no início.
— Você não sabe o quão feliz fico por te ouvir falar assim. Ficava tão preocupada quando ouvia sua voz. – apertou minha mão. — E claro que um certo rapaz não tem nada a ver com isso?
— Ai, mãe… Claro que ajudou, mas realmente penso que mesmo sem ele, eu teria dado esse passo. Acredito que Natsu só adiantou o processo. – sorri.
— Ah, você 'tá apaixonada, filha? Owwn! Por que não manda uma mensagem 'pra ele? Aposto que o rapaz 'tá esperando.
— Por quê você acha isso?
— Porque sou sua mãe, sou mais velha e sei que não teria como alguém passar 1 mês com você e não se apaixonar. – tocou meu queixo e eu acho que corei até o último fio do cabelo. — Assim como eu sei que você 'tá apaixonada por causa desse brilho no olhar.
— Eu tenho um carinho por ele, mas estar apaixonada é um pouco demais. – isso, Lucy, você sabe que está, mas não diga em voz alta. — E eu já falei, não 'tô pronta 'pra isso de paixão, relacionamento ou qualquer compromisso.
— Você pode tentar se enganar com essa baboseira de "não 'tô apaixonada, é apenas carinho", mas nós duas sabemos qual é a verdade. O que você 'tá tentando esconder no seu coração, mas claramente não 'tá tendo sucesso com nessa missão.
— Não sei do que você 'tá falando. – desviei o olhar.
— Aff, filha, um dia você vai ter que se relacionar.
— Eu sei, mas agora eu não me sinto pronta.
Eu já estava me irritando, parece que ela não entende.
— Tudo bem, não vamos brigar por isso. – suspirou.
Depois de um tempo de conversa, pedi para ela esperar um pouco, pois eu precisava de um banho.
Pensei ter ouvido a campainha, mas como Mamãe não chamou, achei que fosse apenas impressão. Quando saí do banheiro, tive uma ótima surpresa.
— Pai! – aproximei-me e o abracei.
— Princesa, que saudade. Você parece tão bem. – me abraçou forte.
— Eu também senti saudade. – sorri.
— Nós queríamos fazer uma surpresa e jantar com você.
— Por que não me avisaram? Não tenho nada 'pra oferecer. – falei sem graça. — Eu vou pedir alguma coisa.
— 'Tá atrasada, filha, nós já pedimos. Não seria uma surpresa se você que comprasse a refeição. – ela falou como se fosse óbvio.
Sentamos no sofá e engatamos uma conversa.
— Então, Lucy, quando conhecerei meu mais novo genro?
— Pai! – revirei os olhos. — Não tem nenhum genro 'pra você conhecer.
— Ué, como não? E aquele rapaz das fotos?
— Natsu não é nada meu. Nós apenas nos divertimos, só- – fui interrompida.
— Pode parar por aí, minha filha. Não sou como sua mãe que precisa de detalhes e nem os quero. – falou fazendo careta.
— O quê? – mamãe disse e deu um tapa no braço do homem.
— Eu achei que gostasse dele. Lembro que até comentei com sua mãe que você não perde tempo e se move rápido. – riu.
Fui interrompida antes de dizer algo.
— Ela gosta dele. – deu de ombros.
— Ué? Então…
— Então, pai, é que eu não 'tô pronta 'pra isso.
— Poxa, já tinha até treinado 'pro nosso primeiro encontro: "quais são suas intenções com a minha filha, rapaz?" Esse tipo de coisa que é uma das alegrias na vida de um pai. – ele disse fingindo tristeza.
Eu revirei os olhos e mamãe se acabou de rir.
Terminamos de comer e continuamos nossa animada conversa. Entramos no assunto da minha viagem novamente e eles me perguntaram sobre a praia, a pousada e, claro, mais sobre ele. Mudei de assunto e pedi para eles me contarem sobre sua viagem.
Após algumas horas, eles partiram. Não sem antes prometer voltar com mais calma e quando eu estiver completamente instalada, lê-se: com comida em casa.
Não estava tão tarde assim, mas a faxina acabou comigo. Olhei em volta, só para garantir que não tinha nada fora do lugar. Conferi se a porta estava trancada, apaguei as luzes e fui dormir.
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Apenas Um Mês... ou Talvez Mais! [Finalizada]
RomanceApós sofrer uma grande decepção, Lucy sentia-se perdida e decidiu fugir da atual realidade. Queria um recomeço e encontrou não só a si mesma, como também um belo bônus. [REESCREVENDO]