Capítulo Vinte e Quatro.

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Boa leitura!

~•~

Soltei um longo suspiro ao me jogar no sofá, terminei a faxina. Cheguei ontem de viagem e hoje gastei quase metade do dia limpando o apartamento.

Depois que passou a emoção por ter voltado para casa, notei o quão suja estava, isso sem contar a bagunça. Eu estava tão mal quando viajei, que deixei roupas espalhadas por todo lado, lenços umedecidos pelo chão da sala, fotos rasgadas e etc.. O bom é que já passei dessa fase e agradeço aos céus por isso.

Abri a geladeira, peguei uma garrafa de água e bebi. Na hora que sentaria novamente, ouvi o som da campainha. Vi quem era pelo olho mágico e um sorriso automaticamente apareceu. 

— Mamãe! – abri a porta e a abracei. 

— Oh, minha filha, eu 'tava morrendo de saudades.

— Eu também! Entra. – dei espaço e ela passou por mim.

— Mal chegou e já 'tá pegando na faxina? Se você tivesse deixado a chave comigo, eu teria cuidado muito bem dele. – fez bico.

Sabia que ela jogaria isso.

— Se eu tivesse deixado a chave, com certeza a senhora me mataria por causa da bagunça que 'tava. – ri. — Nem lembrava que tinha deixado o apartamento daquele jeito.

— Se 'tava desse jeito, foi melhor mesmo eu não ver. – brincou.

Sentamos no sofá e eu nao tinha nada além de água para oferecer.

— Como você está? – falou depois de tomar um gole.

— Ótima. Essa viagem pode não ter feito bem 'pra minha conta bancária, mas fez maravilhas por mim. – ri.

— E com relação a… – deixou no ar.

— Gray e Júvia? – assentiu. — Mãe, a senhora 'tava certa quando disse que o tempo me ajudaria. Claro que senti uma dor quando vi a publicação sobre o relacionamento deles, mas não na mesma intensidade que sentia no início.

— Você não sabe o quão feliz fico por te ouvir falar assim. Ficava tão preocupada quando ouvia sua voz. – apertou minha mão. — E claro que um certo rapaz não tem nada a ver com isso?

— Ai, mãe… Claro que ajudou, mas realmente penso que mesmo sem ele, eu teria dado esse passo. Acredito que Natsu só adiantou o processo. – sorri.

— Ah, você 'tá apaixonada, filha? Owwn! Por que não manda uma mensagem 'pra ele? Aposto que o rapaz 'tá esperando.

— Por quê você acha isso?

— Porque sou sua mãe, sou mais velha e sei que não teria como alguém passar 1 mês com você e não se apaixonar. – tocou meu queixo e eu acho que corei até o último fio do cabelo. — Assim como eu sei que você 'tá apaixonada por causa desse brilho no olhar.

— Eu tenho um carinho por ele, mas estar apaixonada é um pouco demais. – isso, Lucy, você sabe que está, mas não diga em voz alta. — E eu já falei, não 'tô pronta 'pra isso de paixão, relacionamento ou qualquer compromisso.

— Você pode tentar se enganar com essa baboseira de "não 'tô apaixonada, é apenas carinho", mas nós duas sabemos qual é a verdade. O que você 'tá tentando esconder no seu coração, mas claramente não 'tá tendo sucesso com nessa missão.

— Não sei do que você 'tá falando. – desviei o olhar.

— Aff, filha, um dia você vai ter que se relacionar. 

— Eu sei, mas agora eu não me sinto pronta.

Eu já estava me irritando, parece que ela não entende.

— Tudo bem, não vamos brigar por isso. – suspirou.

Depois de um tempo de conversa, pedi para ela esperar um pouco, pois eu precisava de um banho. 

Pensei ter ouvido a campainha, mas como Mamãe não chamou, achei que fosse apenas impressão. Quando saí do banheiro, tive uma ótima surpresa.

— Pai! – aproximei-me e o abracei.

— Princesa, que saudade. Você parece tão bem. – me abraçou forte.

— Eu também senti saudade. – sorri.

— Nós queríamos fazer uma surpresa e jantar com você.

— Por que não me avisaram? Não tenho nada 'pra oferecer. – falei sem graça. — Eu vou pedir alguma coisa.

— 'Tá atrasada, filha, nós já pedimos. Não seria uma surpresa se você que comprasse a refeição. – ela falou como se fosse óbvio.

Sentamos no sofá e engatamos uma conversa.

— Então, Lucy, quando conhecerei meu mais novo genro? 

— Pai! – revirei os olhos. — Não tem nenhum genro 'pra você conhecer.

— Ué, como não? E aquele rapaz das fotos?

— Natsu não é nada meu. Nós apenas nos divertimos, só- – fui interrompida.

— Pode parar por aí, minha filha. Não sou como sua mãe que precisa de detalhes e nem os quero. – falou fazendo careta.

— O quê? – mamãe disse e deu um tapa no braço do homem.

— Eu achei que gostasse dele. Lembro que até comentei com sua mãe que você não perde tempo e se move rápido. – riu.

Fui interrompida antes de dizer algo.

— Ela gosta dele. – deu de ombros.

— Ué? Então…

— Então, pai, é que eu não 'tô pronta 'pra isso.

— Poxa, já tinha até treinado 'pro nosso primeiro encontro: "quais são suas intenções com a minha filha, rapaz?" Esse tipo de coisa que é uma das alegrias na vida de um pai. – ele disse fingindo tristeza.

Eu revirei os olhos e mamãe se acabou de rir.

Terminamos de comer e continuamos nossa animada conversa. Entramos no assunto da minha viagem novamente e eles me perguntaram sobre a praia, a pousada e, claro, mais sobre ele. Mudei de assunto e pedi para eles me contarem sobre sua viagem.

Após algumas horas, eles partiram. Não sem antes prometer voltar com mais calma e quando eu estiver completamente instalada, lê-se: com comida em casa.

Não estava tão tarde assim, mas a faxina acabou comigo. Olhei em volta, só para garantir que não tinha nada fora do lugar. Conferi se a porta estava trancada, apaguei as luzes e fui dormir.

Apenas Um Mês... ou Talvez Mais! [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora