Married Life

8 2 0
                                    

Mais um casal estava se formando. A noiva entrando com o seu lindo vestido branco esbelto, rastejando enquanto a própria ia caminhando de encontro ao noivo, que encontrava-se nervoso, aflito com a demora que a noiva tivera.

Um dia feliz ao casal, que não contendo a alegria, fora direto para a pista, abrindo-a e chamando os convidados para dançar. Celebrar seu novo matrimônio.

Claro que não poderia faltar a jogada do buquê, como também a chuva de arroz que em todo casamento deve ter.

Após uma grande festa, com uma grande celebração. O casal fora comemorar tendo uma linda viagem para um campo florido, em fazenda, daqueles bem grande, repleto de flores no Rio Grande do Sul.

O noivo, agora marido, carregava a cesta repleta de comida fresca, enquanto a noiva, agora esposa, ia trazendo consigo uma champanhe e duas taças.

Quando chegaram no meio daquele lindo campo, arrumaram e sentaram para degustar dos aperitivos que eles haviam preparados minutos antes.

Ela abrira a champanhe e serviu para os dois. Ele tirava e arrumava as comidas, em dois pratinhos.

O piquenique fora interrompido com lambidas e latidos de um cachorrinho lindo que por ali passava.

Eles não sabia de quem poderia ser seu dono, mas suspeitavam que era da fazenda.

Enfim, continuaram sua refeição. Rindo e comendo. Até que em um momento deitaram lado a lado. Contavam as nuvens. Brincaram de adivinhar o formato de umas. Planejava, agora, o futuro à frente que os dois teriam. Juntos.

Tudo estava indo tão bem, até que dois aviões atrapalharam a brincadeira.

Eles sabiam o que era, a guerra. O sinal de fuga logo toca, eles sabiam que teria que correr para o porão da fazenda, para um lugar seguro.

Mais aviões apareciam no céu. Enquanto isso eles arrumavam o pano, guardavam a comida.

O casal nunca havia corrido tanto que nem correram naquele dia.

No entanto, antes de chegarem perto da fazenda aonde os dois estavam passando a lua de mel, bombas começaram a cair à frente, ao lado, atrás. A terra estava tremendo. Os buracos e os destroços causados pelo impacto da bomba voava para todo lado. Logo em seguida surgiu a poeira, que tampavam a visão dos dois.

Eles estavam encurralados.

Ela chorava, suplicava por ajuda. Gritava o nome de seu esposo.

Ele estava aflito, com medo, com raiva. Ele tentava procurá-la, mas a poeira não deixava. Encontrava-se no chão, tossindo.

Ela conseguira sair de lá, encontrara a entrada da fazenda, onde a mesma não pensou duas vezes e adentrou. Até que se lembrou dele, não sabia se saia à procura dele ou se ia direto ao porão.

Aflita e com sentimento de culpa, ela não conseguiria viver sem ele, não imaginava um futuro sem ele.

Então deu-se um passo à frente e abriu a porta, o que logo depois caiu mais uma bomba. O impacto fora tanto que a própria foi-se de encontro ao chão, onde desmaiou.

Ele ainda encontrava-se no meio de toda aquela bagunça. No meio da explosão. Sabia que não conseguiria sair de lá. E não conseguiu.

Quando tentou levantar-se e continuar a caminhar, uma das bombas caiu  sua frente, e logo em seguida soldados em tanques começavam a atirar.

No meio de tudo isso, um dos tiros dos tanques fora mirado errado, o que acertou-o em cheio. Com um tiro certeiro. Perda do fôlego. Seus joelhos encontraram o chão e, logo em seguida, todo o seu corpo estava de encontro ao chão. Parado. Paralisado.

Depois de toda aquela bagunça, ela acordara nos braços de duas enfeiras dentro do porão.

Após 10 segundos ela lembrara de tudo. Levantou-se e começou a gritar, a empurrar todos que estavam ali, perguntando sobre seu marido, chamando seu nome.

Logo suas lágrimas percorreram seu rosto, ela sabia que ele não havia conseguido chegar a tempo. Que ele estava morto.

Diversos ContosOnde histórias criam vida. Descubra agora