dreaming. - stony.

I.

ps;aqui o steve não é super heroi, ele nunca participou da iniciativa vingadores.

Os lábios mais doces eram aqueles que estava provando naquele momento. Macios e suculentos, Anthony poderia prová-los por toda sua vida. Gostaria de os sentir na sua pele para sempre, fazendo os melhores carinhos que o moreno poderia receber.

As mãos mais confiantes eram aquelas que tocavam Stark, pois sabiam os melhores pontos, conheciam cada centímetro dele, e tinham noção de sua capacidade. Quando apertavam, abraçavam, batiam, cutucavam. Tudo fazia seu parceiro delirar. Fazia Anthony se remexer na sua cama, rasgar seus lençóis de seda e gritar por mais.

Quando o moreno atingia seu clímax e virava-se para beijar o outro, percebia que estava sozinho. Contorcendo-se por toques fantasmas, que nunca chegaram a existir. Ele nem sequer tinha tirado as roupas que tinha ido dormir na noite passada.

Após acordar de mais um sonho com um loiro misterioso e tomar um longo banho gelado, Stark ria de sua patética situação. Tinha sorte que morava sozinho em uma imensa mansão e ninguém poderia escutar seus berros no meio da madrugada.

Tinha alcançado o apogeu de sua solidão. Seu cérebro tinha escolhido algum homem aleatório para lhe satisfazer nas escuras e solitárias noites, era humilhante. Depois de ter salvado o mundo diversas vezes com Os Vingadores, e, por conta do quão perigoso era aquilo, ter perdido Pepper, Anthony escolheu ficar recluso em uma de suas casas em Nova York.

Estava se dedicando aos experimentos e construção de novas armaduras. Pela noite, regularmente saia com Natasha e, quando voltava, estava bêbado demais para lembrar. A única coisa que lembrava, e claramente, era dos sonhos.

Foi preparar seu café. e enquanto esperava a água esquentar pensava no delírio que tinha tido naquela manhã. Nem sempre eram eróticos, mas o moreno apreciava  quando isso acontecia, pois não acordava com tanto aperto no peito. Existiam aqueles românticos, que faziam Tony revirar os olhos depois, no entanto, eram reconfortantes e doces. Aquilo na vida real não seria tão ruim, ponderava ele.

Não seria nada ruim pois o homem dos seus sonhos era lindo, com cabelos loiros e olhos azuis. Além de tudo, era gentil e carinhoso. Fazia o moreno suspirar pelos cantos o dia inteiro, e ansiar para que, algum dia, acorde e ele esteja lá de verdade.

Morando sozinho, Tony tinha noção de que era horrível na cozinha. Apertou os olhos quando provou o café que tinha acabado de passar, mesmo que tenha sido feito em uma cafeteira, estava intragável. Nunca tinha pensado antes que não sabia fazer sua bebida favorita, pois sempre fizeram para ele. Afastou mais uma vez os pensamentos de que ele não passava de um mimado e ligou o celular.

27 ligações perdidas de Grandão.

O coração de Stark acelerou e ele começou a suar instantâneamente. Haviam poucas razões para Bruce ter ligado tantas vezes, e nenhuma delas era boa. A última ligação tinha sido há segundos antes, e talvez ainda desse tempo.

— Jarvis, localize os Vingadores para mim.

Homem de Ferro sobrevoou metade de NYC até chegar na localização que Jarvis tinha fornecido. Estavam no centro, no entanto, ele não era mais parecido com o que Anthony estava acostumado. O local parecia uma zona de guerra, os prédios estavam caídos e havia bastante poeira.

Ele teve que apertar os olhos para conseguir enxergar a real destruição. As pessoas mortas na avenida. Eram tantas que o moreno nem poderia contar, todas cobertas de sangue e fumaça.

Não precisou andar muito para encontrar seus companheiros e ver que estavam derrotados. Víuva estava colocando curativos em Gavião, que olhava desolado para alguns garotos no chão.

— Crianças, Nat, eles não deixaram nem as crianças.

Natasha abraçou seu amigo e o tirou de perto, percebendo o quão abalado ele estava. Bruce escrevia algo em seu tablet, mas parecia revoltado com a situação. Sua testa estava franzida, sinal claro que ele estava se controlando para não explodir. Suas roupas ainda estavam intactas, o que significava que ele não tinha se transformado em Hulk.

— Eram quantos? Seis? Como existem pessoas com tanto ódio dessa forma?

Anthony fez um leve ruído com a garganta, para atrair a atenção de Banner para si.

— Qual foi a situação aqui? Meu celular morreu ontem, liguei segundos antes de vir voando para cá.

— Tudo bem. Acredite em mim, você não faria diferença aqui. Foi um ataque religioso. Um grupo radical atacou judeus em uma comemoração. Várias famílias judias moram por essa região, por isso tantos mortos. Usaram bombas e armas, quando chegamos, já era muito tarde.

— Contaram os sobreviventes?

O cientista falou com imenso pesar. No entanto, Anthony não prestou muita atenção após ele citar a religião. Um pressentimento horrível se alastrou pelo peito do moreno, e ele precisava checar os sobreviventes. Sentia suas mãos trêmulas quando chamou Bruce novamente.

— Sim. Foram poucos, estão recebendo atendimento médico logo alí.

Apontou para a frota de ambulâncias ao lado de um jardim. O moreno andou até elas hesitante, sentindo que poderia cair a qualquer momento. Viu senhoras e crianças, alguns adultos e, finalmente, ele.