Em coma - jikook

Complicações

-Hiro! Hana! Vocês estão atrasados!- Jeon gritou do andar de baixo em direção à escada.

- Estamos descendo.- Respondeu a menina.

- Hiro, por que ainda não penteou os cabelos? - Disse com os olhos arregalados para o menino. - Hana, vá arrumar as coisas, vou pentear o cabelo do seu irmão e já estamos saindo. - Apressou a garota, puxou o menino para se sentar no sofá enquanto tentava arrumar suas madeixas com a mão.

Soltou um leve riso ao ver a menina carregando as lancheiras e mochilas com uma certa dificuldade. Hana sempre fora destemida, tentava as coisas pelo caminho mais difícil.

- Pronto, hiro, pegue suas coisas e vamos para o carro. - foi em direção a porta de saída, onde ao lado, ficava pendurada a chave do carro.

...

Depois de deixar as crianças na escola, jeon seguiu a caminho do hospital. Seria mais um dia de visita a seu esposo.

Era casado com o japonês Yamada a quase dez anos, isso contando os dois anos de coma do garoto.

- Senhor Jeon, não temos boas notícias hoje. - o médico o olha com um semblante triste. - O senhor Yamada teve uma piora em seu quadro clínico, esgotando as poucas chances que tinham dele acordar nos próximos meses.

Jeon sentiu seu mundo cair.

- Por favor, faça tudo que puder para salvá-lo. - Acariciou a pele pálida do esposo. - E nem pense em desligar as máquinas. - Deixou uma lágrima cair.

...

- Moço,  ta tudo bem? - jeon ouviu o atendente da cafeteria o chamando, havia chorado muito, e descontado sua tristeza em vários copos de café.

Levantou sua cabeça ao atendente, o lançou um sorriso não tão sincero, e assentiu de leve.

Aquele rosto ja nao era tão desconhecido para si. De tanto frequentar a cafeteria após visitar o esposo, ja conhecia todos os funcionários do local.

- O senhor tomou 13 copos de café, se diz estar bem agora, eu me preocuparia com seu estômago mais tarde. - Jeon continuou mantendo contado visual com o menino, e era bonito o bastante para o deixar sem palavras.

- Você sai daqui que horas? - Abriu um sorriso para o menino. Precisa se distrair de alguma forma.

- Às sete. - sorriu e deu as costas para ele, voltando ao seu trabalho.

Eles se encontravam, vez ou outra, jeon podia chamar aquilo de um "caso".

Sabia que nao estava sendo nem um tanto leal com seu marido, mas aquela altura, nada mais importava para ele.