4 - parte 2

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Entramos no elevador em silêncio e ela não olha em meus olhos.

— O que você veio fazer aqui? — pergunta ainda sem olhar para mim.

— Então você e suas amigas são todas fissuradas em sexo? — provoco.

Ela sorri, mas ainda não me olha.

— Eu amaldiçoei a Joy. Por isso ela está assim.

— Como exatamente foi isso?

Seu sorriso é tão lindo que eu poderia beijá-la agora mesmo. Saímos do prédio e vamos caminhando pela calçada, ela mora em um prédio enorme, cercado de outros prédios residenciais igualmente grandes, esse conjunto de prédios ocupa todo quarteirão. Vamos andando pelo quarteirão enquanto conversamos.

— Quando me mudei para cá, conheci a Joy na fraternidade onde morava, a Lyla e a Caitlin, uma outra amiga, na faculdade. Cait, Lyla e eu éramos virgens. Cada uma por motivos ridículos, é sério. Você conhece o meu azar.

— Sei, o cara que perdeu a caixa de camisinhas três vezes, o fogo, o tiroteio e o cara que descobriu que era gay quando a viu nua.

— Também teve o nerd, eu era apaixonada por ele, e ele saiu correndo quando eu tirei a roupa.

— Isso não pode ser sério. Onde você encontra esses caras?

Ela dá de ombros, e continua:

— Eu tive a ideia de criarmos um clube, uma besteira, algo que nos unisse, então criamos o "Virgens sem querer".

Paro de andar e a encaro. Tento esconder o sorriso, mas é impossível.

— Isso é mesmo verdade ou você está caçoando de mim?

— É verdade! — afirma convicta. — E ainda piora.

Ela toca os braços com frio e lamento não estar com um casaco que possa emprestar a ela. Me aproximo mais, na intenção de passar meus braços por seu corpo, mas ela se assusta quando o faço.

— Você está com frio e não tenho casaco. Ou andamos abraçados, ou eu tiro minha blusa para cobri-la, ou nós vamos conversar no carro.

Ela pisca os olhos aturdida e parece sentir ainda mais frio.

— Tudo bem, vamos para o carro.

A guio até o carro de James, e ela o estranha ao entrar, mas não comenta nada.

— Continue, anjo.

— A Joy não era virgem, na verdade ela tinha uma vida sexual bem interessante, mas entrou para o clube com a gente porque a Lyla insistiu, e desde então nunca mais ela transou. Foi como uma maldição! Ela tenta, tentou essa noite com um carinha com quem sai há algumas semanas e não deu certo. Então ela encheu a cara e me culpou.

— E a culpa é sua?

— Claro que não! Por acaso sou alguma espécie de bruxa?

Sorrio.

— Se você criou esse clube de virgens, por que quer perder a virgindade? Não vai contra o que você defende nesse grupo?

— Ah, não! Não mesmo! Esse não é um grupo de castidade. Era mais pra gente ter vergonha por fazer parte dele.

Dessa vez rio alto.

— De toda forma, apenas eu estou nele. Isso é, Cait e Lyla já... só eu não.

Então me lembro porque estou aqui. Ela vai fazer isso amanhã, com o cara errado.

— Então é uma questão de honra que você também saia dele — observo e ela assente.

DEGUSTAÇÃO - Doutor GynOnde histórias criam vida. Descubra agora