Prólogo
— Querido, vamos, não fique assim. Você sabe que não é verdade, apenas deixe vir a tona — a senhora de avental, um pouco mais velha do que eu, parou seus afazeres para olhar diretamente em meus olhos — Isso não vale a sua atenção, então apenas ignore.
Estávamos na cozinha fajuda daquele casarão, que não era nada comparado ao resto da casa, eu estava recebendo mais um dos belos conselhos da cozinheira principal; senhora Yang-mi.
Meus ossos me davam a impressão que estavam prestes a quebrar, as dores se alastravam ao longo do meu corpo, que implorava por descanso. Eu havia limpado a casa inteira, sob os sons dos meus próprios resmungos, e dos gritos do meu pai, ele clamava para que eu parasse de reclamar.
E lá estavam minhas meias-irmãs, entre os cochichos e risadinhas enquanto olhavam para meu estado deplorável: apenas de uma samba-canção velha do meu pai, e uma grande camisa que cobria meus braços pálidos. Hwang Bonwie, meu padrasto, era o patrão de todas aquelas pessoas que trabalhavam naquela residência, inclusive eu.
Sempre me mantive a risca de cada mando seu, ele era o meu padrasto afinal, como um pai para mim. Sempre fui tão bobo.
Enquanto eu acatava suas ordens silenciosamente, ele colocava seus pés em minhas costas e ria. Aquilo era meio que normal, para mim, mas comecei a desconfiar quando observei as outras moradoras, que não faziam nada; apenas esfregavam escovas em seus cabelos deixando-os largados no chão para que eu limpasse. Por incrível que pareça, eu só havia notado quase no fim da minha adolescência.
— Você precisa se casar.
Eu quase ri naquele momento, na verdade, quase gargalhei. Bonwie tinha proposto para que eu me casasse, em pleno meus dezenove anos, com um cara que eu ao menos tinha ouvido falar.
E, é claro, eu recusei.
— Pai...
— Fale em coreano, garoto.
Resmunguei. Sempre que lia alguns livros estrangeiros, que quase sempre eu ganhava de presente da senhora Yang quando a mesma ia a cidade, senti que iria ser legal usar algumas palavras no meu dia a dia, como... Como uma pessoa descolada, sabe?
Mesmo sabendo que papai fora bem rígido comigo, nunca duvidei ou demonstrei algum protesto contra isso. Achei muito amável da parte dele me ajudar a lidar com a vida fora daquela casa, mesmo que eu mal saísse.
Mas as vezes era uma "chatisse".
— Appa — continuei, como pediu — Como alguém vai me querer se eu mal saio daqui ou visto roupas boas como a Sunhee ou a Yeji? E eu também não o conheço e...
— Não me diga essas asneiras, Hyunjin. Você sai muito, mais do que deveria. Você também... toca naqueles brutamontes fedidos. Não acha isso muito?
Suspirei muito, muito, fundo dessa vez. Se Jisung estivesse já do lado de fora me esperando, ele teria esmagado a casa em só um segundo com o meu pai dentro.
Han é um gigante, não daqueles bem musculosos e feiosos, e sim mais bonito com características orientais. Como ele, por aqui, há Seungmin Jongin, seus irmãos, que moravam consigo.
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the charmed.mp4 🎨 • Changjin
Fanfiction🎨🎨🎨SE QUISER FAZER ADAPTAÇÃO, ME AVISE🎨🎨🎨 /soft!fic & short!fic/ Era como a velha história de contos de fadas, Hyunjin era o subordinado pelas suas meias-irmãs, ingenuamente. Ao contrário da estória original, seus melhores amigos não eram rato...