Capítulo Vinte e Cinco.

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Ho Ho Ho Feliz Natal!

Espero que gostem do capítulo! ^^
Boa leitura!

~•~

Acordei com pessoas falando muito alto e até alguns gritos. Não era na minha casa e sim do lado de fora, no corredor. Pelo barulho, acredito que alguém esteja de mudança para o apartamento vizinho, já que as pessoas que moram nesse andar são silenciosas e eu sempre fui muito grata por isso.

— Mas que merda! Ninguém respeita o sono alheio! Fazendo esse barulho todo às… 10 horas da manhã, em pleno sábado. – resmunguei, jogando o lençol de lado.

Espero que quem esteja de mudança não seja festeiro ou escandaloso. Ninguém merece vizinho assim.

Levantei a muito contragosto e fui fazer minha higiene matinal. Tomei um banho, só assim para acordar totalmente, e depois de todo esse ritual, decidi tomar café. Procurei no armário e na geladeira, não encontrando nada e aí lembrei de uma coisa bem básica.

— Supermercado, droga!

Peguei a carteira, celular e saí. Havia algumas caixas na porta do apartamento vizinho e pude ouvir uma voz familiar vindo lá de dentro, mas deixei para lá.

Pensei que seria melhor comprar o pão e o café na padaria aqui perto e deixar o mercado para mais tarde. Quando voltei ao corredor, havia mais caixas do que na hora que saí, desviei delas e entrei no meu lugar.

Terminei a refeição e me preparei para sair novamente, ficar enrolando assim não fará as coisas se comprarem sozinhas.

Deixei o apartamento e percebi que o número de caixas havia diminuído, sinal de que o novo vizinho ou a nova vizinha está se organizando rápido.

Comprei o que precisava, ou seja, tudo. Passei o caminho todo, reclamando sobre o peso das sacolas. 

Cheguei ao corredor e não havia mais nenhuma caixa. Sinal de que a mudança estava feita. Também, com o tempo que demorei no mercado, dava para fazer umas três mudanças. Quando passei pela porta, procurei a placa para ver o nome do novo morador, ou nova moradora, mas ainda não tinha uma.

Entrei no meu apartamento, fui direto na geladeira pegar uma garrafinha de água. Andei até o sofá e sentei, deixando sair um suspiro.

"Será que devo comprar um daqueles carrinhos de mercado?" – pensei, mas logo descartei a ideia.

Tenho certeza que será desperdício de dinheiro. Não me vejo usando um carrinho.

— Levanta a bunda desse sofá, Lucy, e vá guardar as compras.

Arrumei o armário da cozinha e guardei as coisas na geladeira. Agora sim posso receber visitas e com visitas quero dizer mamãe e papai, que são as únicas pessoas que vem aqui em casa. 

Levei um susto ao ouvir um alto e forte som e pela intensidade, deve ter sido aqui na frente da minha porta. Se eu não estivesse cansada de carregar esse peso todo, teria ido ver. Liguei a televisão e estava dando um clipe em específico.

— Natsu realmente conseguiu recriar minha memória sobre essa música. Só penso em nós dois dançando naquele luau. Ah, que saudades daquele homem. Será que devo li- Não, não posso pensar ni-

Minha fala foi interrompida por outro barulho alto. Meu Pai, mal se mudou e já está quebrando tudo.

"Já devem ter ligado 'pro síndico e reclamado do barulho, seu idiota! Vou acabar indo embora e deixando você fazer essa merda de mudança sozinho." 

Ouvi uma voz grossa dizer do lado de fora e, depois de muito ponderar, resolvi abrir a porta. Vi que o outro apartamento estava aberto e tinha uma caixa na frente, parece que estão varrendo seja lá o que quebrou. Bom, isso não é problema meu, por isso a fechei.

Depois de almoçar, fiquei com vontade de comer doce e então percebi que não comprei nenhum. Inadmissível não comprar nem que seja um único mousse de maracujá. Levantei-me indignada comigo mesma, lavei a louça e saí. Passei pelo apartamento vizinho, a porta estava aberta e, mais uma vez, ouvi a mesma voz familiar lá dentro. Eu sei que conheço essa voz, mas de onde? Odeio essa sensação de precisar lembrar de algo e não conseguir. Deixei isso para lá novamente.

Achei meu mousse de maracujá na loja de bolos aqui do bairro. Comprei logo sete, um para cada dia da semana. Chutei o pau da barraca mais uma vez, esse mês já estou ferrada em questão de dinheiro mesmo. 

"Pelo menos as contas estão pagas."

Resolvi comer o de hoje na loja mesmo, não estou com pressa para nada. Comia lentamente, saboreando cada colherada daquela delícia. Levei 30 minutos para comer o potinho de mousse, me superei dessa vez.

Voltei ao prédio e tive que subir de escada, claro que não por vontade própria. Algum "gênio" estava prendendo o elevador no quarto andar, sorte que moro no segundo. Finalmente cheguei ao meu corredor e em nenhum momento parei de reclamar baixinho sobre a pessoa que segurou o elevador e me fez subir esses dois lances de escada. Só quero entrar em casa, ficar confortável no sofá e xingar mais um pouco.

— Caralho, que raiva de quem prendeu a porra do elevador. Meu primeiro dia aqui e...

A frase ecoou raivosa pelo silencioso corredor. A mesma voz familiar que ouvi hoje duas vezes e não reconheci, mas agora eu consigo dizer claramente a quem pertence e isso me impediu de entrar no apartamento. Eu travei com a mão na maçaneta, deixando a porta entreaberta. A frase que a pessoa dizia ficou incompleta, assim como os passos se detiveram, não muito distante de mim. Olhei pelo canto do olho e suspirei, voltando minha atenção à porta. 

"Ótimo, agora estou alucinando. Isso que dá não me alimentar direito e ficar comendo besteira o tempo todo."

— É, parece que o destino 'tá mesmo do meu lado, Luce.

Ao ouvir a frase e o apelido, percebi que de alucinação aquele momento não tinha nada. Olhei novamente na direção da voz e lá estava ele com aquele lindo sorriso.

— Natsu…?!

~•~

O reencontro aconteceu! Gostaram?

Viram que arte NaLu de Natal linda o Hiro postou? 💕

Apenas Um Mês... ou Talvez Mais! [Finalizada]Onde histórias criam vida. Descubra agora