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–Quantas vezes vou ter que dizer? EU NÃO VOU SER RAINHA DE NADA!-Eu e minha mãe estávamos brigando no salão principal—Eu odeio essa merda de vida, e você quer me obrigar a me casar com um homem que eu sequer conheço? Só pode estar louca !
– Eu só quero um futuro digno para você- Me irritava o quão calma minha mãe ficava em uma discussão, parecia que ela não me levava a sério- Por que não entende que eu só quero o melhor para minha filha?
– Acha que vai melhor para mim? Vai ser péssimo! — Bufei antes de cruzar os braços emburrecida- Quer saber? Eu não me importo, passe o trono para o meu irmão, afinal, ele arruma qualquer rabo de saia e consegue o trono. Aposto que ele ficará muito feliz.
–Lalisa Manoban! Já está decidido, você vai se casar!-—Hanna, vulgo minha mãe se aproximou com a voz um tanto quanto alterada.
–Me obrigue- Sussurrei quando ela se virou, eu não iria me casar e muito menos me tornar rainha.
A vida real poderia ser maravilhosa a olhos nus, mas essa não era a realidade. Para as mulheres, era resumida em tomar chá da tarde com suas ‘’amigas’’ e eventos de caridade, coisas emocionantes ficavam para os homens. Eles iam para caças, festas e se divertir em bares, eu tinha que aprender como me portar diante do público, enquanto meu irmão estava em mais uma de suas inúmeras viagens
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Sem contar o grande machismo que existia, você se casava e seu marido podia ter quantas amantes quisesse, até mesmo uma amante real, já as mulheres não podiam ter outros homens, tinham que se contentar com seu marido no qual dormia com todas no reino. Quando tinha quinze anos descobri que logo após a cerimônia de casamento, o casal deve ter relações em frente de muitos ministros, dos pais e de outras pessoas da realeza, isso era um tanto quanto estranho, confesso. A menina teria que ser virgem para poder se casar, o que não era o caso de muitas—elas dormiam com homens escondidas de todos— que casavam já ‘’impuras’’.Eu nunca havia tido relações, não porque eu queria me guardar ou algo do tipo. Na verdade eu considerava a raça masculina que estava na minha volta uns predadores, que tratam mulheres como um pedaço de carne. Não posso negar que existiam mulheres que gostavam de ser disputadas, eu não era essas mulheres. A ideia do amor não estava no primeiro plano da minha vida, na verdade nem em segundo, eu só queria me tornar uma mulher independente que tem o seu próprio valor.
Por isso, não queria me casar. Não precisava de homem para me fazer feliz, precisava de liberdade para ser quem eu realmente queria e não para me tornar uma dama com a aparência perfeita. Meu pai desde muito nova fez questão de me ensinar esgrima, disse que mesmo sendo mulher eu deveria me defender— era incrível como meu pai era menos sexista que minha própria mãe.
Eu iria fugir para alguma aldeia, ter a minha própria vida. Se conversasse com meu pai ele iria me mandar dinheiro a cada estação, eu iria aceitar até conseguir me sustentar, sempre tive o sonho de poder trabalhar com ervas medicinais, sempre via guardas chegando de batalhas feridos e curandeiras passando remédio nos machucados e aquilo realmente me encantou.
Naquele dia, eu havia saído quando todos estavam dormindo. Havia levado comigo apenas meu cavalo, bolsa com moedas, minha espada e minha vontade de mudar de vida, eu sei que muitas pessoas queriam ter a vida que eu tinha mas eu não havia nascido para aquilo, eu não iria me submeter a algo estúpido e arrogante só porque é o sonho de muitas pessoas.
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◥༒𝕿𝖍𝖊 𝕻𝖊𝖙𝖙𝖞 𝕻𝖗𝖎𝖓𝖈𝖊༒◤ ⓙⓙⓚ•ⓛⓛⓜ
Romance"amor nem sempre é sobre amar às vezes, amor é aquilo que se vai. amar também é sobre despedidas e partidas" "𝓔𝓼𝓼𝓮 𝓵𝓲𝓿𝓻𝓸 𝓮 𝓭𝓮𝓭𝓲𝓬𝓪𝓭𝓸 𝓪 𝓙𝓮𝓸𝓷 𝓙𝓾𝓷𝓰𝓴𝓸𝓸𝓴, 𝓸 𝓱𝓸𝓶𝓮𝓶 𝓺𝓾𝓮 𝓶𝓮 𝓭𝓮𝓼𝓽𝓻𝓾𝓲𝓾 𝓭𝓪 𝓯𝓸𝓻𝓶...