CalumPov#
Esta semana passou a correr. Finalmente chegou o dia em que ia ter a minha irmã novamente perto de mim. Tal como a Sam e a Mags nós também tínhamos um ano de diferença, só que no meu caso eu era mais novo. Sendo a diferença tão pequena dávamos-nos super bem. O relógio marcava as oito da manhã e decidi levantar-me para chegar antes do avião aterrar.
Agarrei numa camisola de manga comprida cinzenta com uns desenhos a enfeita-la. Vesti umas calças de gaga e meti um gorro preto na cabeça. Desci para o andar debaixo para comer alguma coisa antes de sair. O meu telemóvel tocou e comecei a entrar em paranóia com a ideia que a minha irmã já tinha chegado e eu ainda não lá estava. Mas eu tenho quase a certeza que ela disse que chegava as nove. Será que lhe aconteceu alguma coisa?
Soltei um suspiro de alívio quando vi que era uma mensagem da Sam a avisar que estava a chegar a minha casa. Quando ela soube que a minha irmã vinha viver para cá disse logo que também a queria conhecer. Sendo assim eu pedi-lhe para ela vir comigo ao aeroporto busca-la e assim aproveitava e apresentava-as uma à outra.
Falando na Sam, estamos a dar-nos bastante bem. E sermos da mesma turma e do mesmo grupo de amigos facilita muito as coisas entre nós. Na escola somo um ao lado do outro, fazemos os trabalhos de grupo sempre juntos. Eu estou a adorar conhece-la. Ela é uma rapariga querida, divertida, simpática, tudo o que um rapaz pode querer. Não sei mas quando ela me dá um beijinho na bochecha ou me abraça o meu corpo treme como se fosse gelatina e eu nem sei porquê. Eu não sei o que sinto ao certo por ela é amizade ou se está a evoluir paras algo mais. Mas mesmo que seja algo mais não tenho coragem para o dizer até porque ela nunca olharia para mim dessa forma, eu já sei que não.
A campainha de casa toca e eu vou abrir a porta.
- Bom dia Cal- Sorriu e dá-me um beijinho na bochecha ao qual eu retribuo- A minha mãe está lá fora e ela disse que nos levava assim escusávamos de gastar dinheiro no táxi.
-Tens a certeza que a tua mãe não se importa de nos levar? Eu não quero incomodar.
- Não sejas tosco e agarra nas chaves de casa antes que a minha mãe arranque sozinha.
- Vou só buscar a minha carteira e o telemóvel e já volto.- Fui à sala buscar a carteira e o telemóvel que estavam na mesa de centro e voltei para junto de Sam que me esperava junto à porta. Sorri para ela e caminhamos até ao carro aos encontrões.
SamPov#
Parecíamos autênticas crianças a entrar pelo aeroporto a dentro. Eu estava constantemente a puxar-lhe as bochechas enquanto ele me enchia de cócegas. Ambos estávamos super felizes, ele por finalmente depois de alguns tempos separados, vai voltar a ver a irmã, ou melhor viver com ela. Eu? Eu estava simplesmente feliz por estar aqui com ele. Eu sei que nos conhecemos à pouco tempo mas acho que estou a começar a gostar demasiado deste miúdo asiático. Ele não é asiático mas eu gosto de o chatear por isso costumo picá-lo com as suas supostas verdadeiras raízes.
- Oh asiático larga-me e diz-me as horas. - Disse tentando separar-me das suas mãos que não me paravam de fazer cócegas na barriga. Ainda bem que a minha mãe ficou no carro senão ia começar a dar-nos um raspanete de boas maneiras.
- Como é que é? Asiático? Já vais ver!- Sem puder responder agarrou-me estilo saco de batatas a correr pelo aeroporto fora. Agora sim estava suficientemente embaraçada. Este rapaz não se trata.
- CALUM!!! PÕE-ME NO CHÃO!- ordenei
- Nop. Não enquanto não me pedires desculpas.
- Pelo quê? Eu não fiz nada Calumzinho!- Fiz-me desentendida. Aposto que ele estava com cara do tipo" sabes bem o que disseste". Na verdade sabia mas queria ver até onde a brincadeira ia.
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Green eyes ∞ Ashton Irwin
Fiksi PenggemarEla é uma simples rapariga vinda de Portugal. Ele é um simples rapaz do sul de Inglaterra. Ela podia ser a rapariga perfeita para ele...isto era se...ela conseguisse perceber o que ele dizia! Os seus destinos cruzam-se quando a mãe de Margarida re...