Our Secret Revealed

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Magnus estalou os dedos mais uma vez, fazendo algumas mechas de seu cabelo, que caiam em sua testa, mudarem para um verde não tão brilhante, mas em compensação ele acrescentou um poucos de purpurina prata sobre elas. Ele passou os dedos, enfeitados por alguns anéis, pelo penteado moicano e sorriu ao ter certeza de que estava perfeito.
Ele era o último que estava se arrumando dos quatro que compartilhavam aquele quarto. Magnus conseguia escutar a conversa deles do outro lado da porta, eles também pareciam animados com o baile.
Magnus se afastou dois passos para ter uma visão completa de seu corpo no espelho e gostou do que viu. Ele sabia que era lindo… mas no reflexo ele tinha a certeza de que estava deslumbrante.
O smoking vinho se encaixava perfeitamente em sua silhueta, deixando evidente os músculos que o definiam sem parecer vulgar. Havia uma braçadeira em forma de uma serpente prateada em sua orelha, brilho em seus lábios e seus olhos estavam devidamente delineados com lápis preto.
Ele ajeitou às três flores de crisântemo hazel no bolsos acima do coração e saiu do banheiro, fechando a porta atrás de si.
—Olha só… o Bane está pronto para deixar as pessoas daquele baile se arrastando. —Mark disse, arrumando o nó da própria gravata. Pelo visto Magnus não era o último. —A sua garota vai se dar bem afinal.
—Aliás, quem é?—Foi a vez de Kieran questionar, jogando um rato para a gaiola onde a píton, não maior do que seu braço, descansava.—A Fairchild? Ou a Camille?
—Não é da conta de vocês. —Cortou, revirando os olhos enquanto ia até a sua cama e puxava as cortinas, seu olhar caindo diretamente para o gato muskin enrolado em seu travesseiro, o felino imediatamente abriu os olhos em alerta, mas relaxou assim que identificou Magnus. Ele fez carinho na orelha do bichano antes de enfiar a mão embaixo do travesseiro em que ele estava e tirou a varinha escura dali. —Obrigado Presidente. —Agradeceu e viu o gato bocejar antes de enrolar mais a cauda ao redor do corpo e abaixar a cabeça para voltar a dormir, mais relaxado por não proteger a varinha de seu dono.
—Talvez seja a irmã daquele corvinal, a bela Isabelle.
—Eu já não mandei vocês calarem a boca?—Magnus retrucou assim que escutou, apertando o punho varinha e os dois se calaram imediatamente, ele respirou fundo para não se estressar e fechou a cortina da sua cama. —Vocês vão saber no baile.—Disse, guardando a varinha no smoking, de modo que não fique visível.
Uma coisa que ele aprendeu com o passar do tempo é que nunca se deve andar sem varinha, saiba você fazer mágica sem ela ou não, afinal, a magia é instável quando não se tem controle sobre ela… magia é como um segundo coração em seu corpo, a fazendo selvagem e sensível a seus sentimentos.
Magnus se apressou em sair do dormitório, seus sapatos lustrosos e caros batendo nas escadas de pedra até chegar ao salão comunal da sonserina, havia um pouco menos de um punhado de pessoas ali e no canto ele pôde ver Malfoy conversando baixo em um canto com Goyle e Crabbe… ele com certeza resolveu ignorar o que o garoto do sexto anos estava aprontando.
Os corredores de Hogwarts estavam movimentados também, mais do que o habitual, os fantasmas conversando entre si, os retratos animados e quase conversando em um telefone sem fio muito estranho. Foi necessário subir algumas escadas errantes até Magnus alcançar o corredor certo para chegar ao salão de baile.
Por um momento ele sentiu vontade de procurar Alec no quinto andar, mas ele se lembrou do combinado e suspirou, seguindo para o salão de baile.
O lugar estava lindo com a decoração que ele, Alec, Izzy e o restante escolheram, era tudo baseado nas quatro casas e nas cores que as representavam, havia luzes bruxas acima de suas cabeças, que revezaram em piscar para parecer estrelas, assim como neve caía sem nunca tocar o piso e nunca molhar os alunos.
A festa já havia começado a um tempo, levando em conta a quantidade de alunos das outras casas e alguns já dançando, outros comendo e bebendo… pelo menos os que eram permitidos. Alec e o professor Garroway tiveram a brilhante e esperta ideia de enfeitiçar os copos para que identificassem quando alguém menor tomava algo alcoólico e automaticamente o transformar em suco de abóbora, caramelo ou qualquer outro sabor não alcoólico como cerveja amanteigada.
Magnus sabia o feitiço de anulação para isso, mas ficou feliz em não precisar usar.
Ele comprimentou algumas pessoas da sonserina e de outras casas enquanto ia em direção a onde ele sabia que ficava a mesa de bebidas e pegou uma das taças vazias de cristal e se serviu com um pouco do ponche de frutas, se virando para olhar as pessoas mais próximas dele.
A garota Granger da Grifinória conversava com Harry sobre alguma coisa que Magnus nem sequer se importou em escutar, ele viu Maia dançando com Bat não muito longe dele. Ele viu Isabelle caminhando por entre as pessoas, vindo em direção dele em um salto preto e que envolvia seus tornozelos, meia coxa podendo ser vista pela fenda do vestido verde escuro, quase preto em sua opinião, e cravejado de rubis… rubis eram as pedras de Isabelle, eram fortes e quente quanto a mesma.
A sua cunhada estava linda e se ele realmente não amasse seu namorado ele com toda certeza teria algo com a morena.
—Chegou arrumada para arrasar, hum?—Magnus disse, tomando de um pouco do ponche enquanto ela sorria em sua direção e parando ao seu lado.
—Falou o homem responsável por metade das pessoas pararem para lhe ver chegar.—A Lightwood mais nova provocou.
—E a outra metade é inteiramente sua, cara Isabelle.
—Meu irmão vai ficar muito satisfeito hoje a noite. — Retrucou e Magnus ficou feliz por já não ter bebida em sua boca, caso contrário ele teria a cuspido longe.
—Como você…
—Achou mesmo que eu não iria descobrir Magnus? Alec é meu irmão, nunca o vi tão ansioso para um baile quanto hoje cedo. —Izzy revirou os olhos.—Fora que vocês não foram nada sutis quando estávamos organizando o salão… e eu vi vocês saindo do banheiro dos monitores de banho tomado.
—Bem bem, conseguimos esconder por seis anos, isso foi alguma coisa. —Disse, tomando mais da bebida.
—Detalhes!
—Aham… Claro. —Sorriu divertido e olhou por cima do ombro dela. —Ora ora…Veja só se não é Simon vindo ali. —Isabelle se virou, vendo o lufano se aproximar, muito bem trajado em um smoking preto e azul. —Nada mal.
—Você acertou o meu nome!—Simon aparentemente escutou o que ele disse.
—Não sei do que você está falando Sandro. —Magnus franziu a sobrancelha confuso, controlando o riso antes de levar a taça na boca, recebendo uma careta do outro.
—Sem graça.
—Vamos Simon. —Isabelle disse quando o cunhado deu de ombros, e pegou a mão do namorado. —Vamos dançar.
Magnus nunca iria admitir, mas sentiu um pouco de inveja com a atitude da morena, ele queria o namorado dele ali. Pensando nisso ele olhou mais uma vez ao redor, disfarçando enquanto tomava a bebida, mas ao invés de encontrar Alexander ele viu Camille se aproximando como se estivesse desfilando em cima de saltos vermelhos.
"E lá vamos nós."
—Oh… esperando por mim?—Ela sorriu de canto, parando logo ao seu lado, tocando em seu braço. —Que tal irmos dançar?
—Não acho que seja… adequado. —Magnus se afastou um pouco, não que adiantasse, já que ela deu passo à frente.
—E porquê não seria? Não vejo o seu par aqui.
—Isso é uma boa coisa, significa que você tem boa visão. —Magnus sorriu de canto, desviando mais uma vez da mulher, que revirou os olhos para disfarçar a expressão quase irritada.
—Ah vamos lá Mags, eu sei que sou bem melhor do que qualquer garota que você encontrou por aí. —Disse e se aproximou mais um passo, dessa vez Magnus não se afastou, já que seu olhar caía sobre Alexander… que caminhava como um deus entre os mortais.
—Meu par é um homem. —Magnus disse, olhando brevemente para ela antes de voltar a se embebedar com a visão de seu namorado. —Você é bonita, mas nunca vai chegar nem aos pés de Alexander.
Magnus passou por ela indo em direção a Alec, ciente dos olhares que começaram a pesar sobre si. O moreno estava parado a alguns passos dele, tempo o suficiente para que ele pudesse queimar a imagem de Alexander em sua mente.
Ele usava um smoking também também, uma versão escura de azul que destacava os olhos castanhos esverdeados. Alexander também usava uma fina linha de lápis preto ao redor dos olhos, os marcando ainda mais e seus lábios naturalmente avermelhados e bastante beijáveis.
—Você está lindo. —Magnus elogiou quando estava próximo o suficiente para que seus dedos pudessem tocar as lapelas escuras, escorregando pela cintura até os quadris, onde apertou o lugar.
—Você sabe que também está. —Alec sussurrou, seus olhares presos um no outro. —Eu amo quando você usa smoking.
—E eu amo quando você o tira. —Sussurrou de volta antes de abrir um sorriso malicioso. —Mas por enquanto acho melhor darmos um show um pouco menos privado ao público, não acha?
—Completamente de acordo. —O Lightwood concordou e uniu seus lábios aos de Magnus, primeiramente sendo apenas um selar antes de ele mesmo passar a ponta da língua entre a fenda do sonserino, que prontamente entreabriu os lábios e se deixou ser tomado.
Alguns comentários surpresos puderam ser escutados, mas Magnus bloqueou a maioria, mas a Camille, previsivelmente, foi a mais alta.
—Como é que Magnus tem coragem de ficar com... com… e-esse cara?
Alexander acabou bufando um riso entre o beijo e Magnus se afastou, abaixando a cabeça para rir, seu rosto apoiado no ombro do namorado, sabendo que o mesmo não iria resistir a oportunidade de retrucar, era mais forte que ele.
—Bem bem… incrível, não é?—Alec começou, apertando Magnus contra si enquanto olhava a sonserina, que era um ano mais nova que ele.—Magnus está comigo porque me ama, mesmo eu sendo, como você faz questão de pontuar sempre, um nerd sem graça.
—Até parece que Magnus iria amar mesmo você. —Ela retrucou, mesmo sem firmeza… porque ela começava a notar, cada briga estranha deles, por bobagem e… merda.—Isso não vai durar… sempre tem alguém melhor que você.
—Eu não teria tanta certeza. — Magnus sorriu convencido quando Alec retrucou. —Afinal, isso já dura seis anos. Supere, Belcourt.

**

Magnus trancou a porta do quarto, não tirando a chave da fechadura… Normalmente ele não faria isso em casos em que ele não iria transar com Alexander, mas ele precisava de privacidade do mesmo jeito e às vezes a família Lightwood não sabia o que era isso.
Ele se voltou para o namorado parado a frente dele e que mantinha uma expressão confusa no rosto.
Era algo fofo em sua opinião, ferresse que o achasse tendencioso, ainda mais quando o corvinal usava um suéter de natal azul e branco.
—Porque tanta pressa para vir para o quarto?
—Eu queria dar o seu presente sem ninguém olhando, claro. —Magnus respondeu, apoiando uma mão no torso firme do namorado antes de começar a empurra-lo para a cama, até que o mesmo tropeçou e acabou sentado nas cobertas escuras. —Fique sentado aí, já volto!
—Certo?—Alec concordou, meio como uma pergunta e viu o namorado se apressar em direção ao closet deles e logo voltar trazendo, nada discretamente, uma caixinha de veludo esmeralda.
Alec estaria mentindo se dissesse que seu coração não falhou uma batida com o que achou que estava por vir.
—Acalme-se, garoto bonito. —Magnus provocou, rindo do quão tenso seu namorado estava. —Isso não é o que você está pensando… não ainda.
—Então o que…
—Abre? —Magnus pediu, antes de morder o lábio inferior e nervosamente esticar a caixa para o namorado abrir.
Alexander pegou, sendo impossível não reparar na serpente prateada que se enrolava em volta de uma águia com suas asas esticadas. Ele sorriu com carinho antes de abrir, vendo uma chave de prata, em formato rústico, aninhada na almofada verde.
—É para comemorar sua aprovação como auror, eu sei que vai ser em Londres e aqui acaba sendo longe, então… eu já estava de olhos nesse apartamento a um ano e finalmente criei coragem. —Confessou. —Desculpa se mantive em segredo, foi mais forte do que eu!
Alec sorriu ao lembrar que passou nos testes de auror, os resultados haviam chegado na semana passada ali na mansão Lightwood. Já faziam três anos que haviam saído de Hogwarts, Magnus já trabalhava como pesquisador em trato de criaturas mágicas ao lado de Carlos Weasley e Aurora Scamander, lentamente fazendo o seu nome próprio no mundo da magia, um nome diferente a ser conhecido e apagando o fato de ser o filho de Asmodeus.
—Magnus. —Alec chamou, chamando a atenção do asiático, que estava parado em sua frente, nervoso. Alexander o puxou para si, de modo que Magnus se curvasse para lhe dar um beijo, relaxando imediatamente. —Eu amo essa ideia… obrigado. —Confessou. —Eu odiaria ter que ficar mais do que o necessário longe de você.
—Eu fiquei um pouco receoso. —Magnus confessou. E acabou soltando um arfar surpreso quando foi puxado para a cama, acabando deitado no colchão macio.—Alexander!
—Podemos ir lá agora?—O Lightwood perguntou ansioso, mesmo que o sorriso que moldava os lábios do namorado o distraísse.
—Claro que sim… mas porquê a pressa?—Magnus sorriu como um gato, usando o pé descalço para acariciar a extensão da perna do moreno. — Londres só  está  a uma chave de portal de distância.

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