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Bangkok,Tailândia
27/09/2013

— Mamãe, por favor não faça isso.

Digo chorando enquanto tentava parar a mulher de jogar minhas roupas numa mala furiosa e decepcionada.

— Mãe, por favor.

Tento segurar a mesma que me empurra e acabo caindo ao chão e a olho chorando.

— Você me decepcionou Lalisa, eu te criei com todo amor e carinho, lhe dei atenção e tudo o que precisava,e você faz isso? Você é uma vergonha.

A mesma diz olhando diretamente em meus olhos, eu não queria acreditar, mas aquilo realmente estava acontecendo, agora, minha mãe me odeia.

{...}

— Nunca mais volte aqui sua aberração.

Ela disse segundos antes de bater a porta da frente em minha cara, me virei para a rua e vi todas as pessoas da vizinhança me olhando, apenas peguei minha mala e sem um rumo para seguir comecei a andar por aí.

—Talvez eu realmente seja uma aberração.

Suspiro e sinto gotas em meu corpo, olho para cima e uma caí diretamente em meu olho.

— Ótimo, chuva.

Vejo que a mesma começa a aumentar e olho para os lados vendo uma casa aberta e corro até a mesma, e assim a entrar, dou de cara com um homem bem vestido, usava um terno na cor vinho e um sapato social preto, estava com um charuto na mão e me olhava intrigado.

"Quem é você?"

— Meu nome é Lalisa, sinto muito entrar assim, mas está chovendo e não tenho para onde ir.

Digo enquanto evitava contato visual com o homem.

"Não tem para onde ir?"

— Não senhor

"Quantos anos tens?"

— 16

O mesmo pareceu bem curioso com minha idade e logo que a respondo, ele dá um sorriso um tanto malicioso.

"Eu posso lhe oferecer um lugar para ficar, mas sob uma condição."

Fiquei confusa sobre o mesmo me oferecer um lugar, afinal eu nem o conhecia, mas procuro saber sua condição.

— Qual?

"Trabalhe para mim."

— Trabalhar? Com o quê?

"Prostituição, você será uma puta adorada pelos homens e até mulheres, e eu lhe pagarei bem".

Fiquei paralisada ao ouvir o que o mesmo diz, reluto por um tempo em responder aquilo, mas eu não tinha para aonde ir e nem dinheiro para me sustentar.

— Quanto me oferece?

"2.000 por hora e pode ficar com as gorjetas dos clientes."

Realmente era um bom dinheiro,e eu precisava daquilo, ou morreria em dias na rua.

— Esta bem, eu aceito

Após ouvir minha resposta, o mesmo apaga seu charuto e o joga na porta da rua e abre um sorriso satisfeito.

"Siga-me"

Assim faço e o mesmo me guia a um quarto, no fim de um corredor, vejo outras mulheres ali que me olham com expressão de nojo e desprezo.

"Você ficará aqui, se enturme com as outras garotas."

Paris,França
26/04/2024

"Srta.Manoban, a nova modelo chegou para a sessão fotográfica das roupas da Chanel."

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