Capítulo 3

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A luz forte da enfermaria faz minha cabeça girar, cubro meu rosto no peito de Christian que me aperta com força.

- Ai meu Deus! - Ouço a voz fina da enfermeira Srta. Marin assim que Christian entra no consultório me carregando.

- A Srta. Brown caiu em minha aula.

- Céus! Pode colocá-la na marca Sr. Fisher. - Escuto um arrastar de cadeira e em seguida o cheiro bom de Christian some e em seu lugar o cheiro de álcool em gel enche a pequena sala.

- Ela torceu o tornozelo e caiu. - A voz de Christian é séria. Seus olhos ficam fixos a todo momento em mim.

- Bom, milagre ela não ter trazido ninguém junto com ela dessa vez. - Srta. Marin ri de sua piada, mas Christian continua sério. - Tudo bem, tudo bem... - Seu rosto cora um pouco. Ela coloca as luvas de látex azul. - Vamos ver sua perna.

A Srta. Marin coloca uma cadeira de inox em frente a maca e se senta ficando em minha frente.

Seu toque leve e cuidadoso ainda causou dor. Faço uma careta e mordo os lábios para que nenhum ruído saia deles.

- Dói? - Ela pergunta sem muito interesse em saber a resposta. Confirmo com a cabeça. - Tudo bem, faça isso com o pé. - Imito o movimento que ela pede, mexo o pé para baixo e para cima com cuidado. Pequenas ferroadas parecem entrar em minha pele e atingir o osso. - Ótimo, ótimo. Agora mexa para os lados. - Repito os movimentos que ela faz com a mão segurando a respiração. - Ótimo! Foi apenas uma torção. Vou passar essa pomada para aliviar a dor. - Ela pega um pequeno frasco de comprimido e me entrega um longo e branco. - Beba para aliviar a dor.

Coloco o comprimido na boca e bebo a água que ela me entrega.

Srta. Marin passa a pomada em meu tornozelo que agora está um pouco inchado. A pomada gelada e fresca vai aos poucos aliviando a dor, tenho certeza que o remédio que eu bebera teve sua contribuição.

- Que primeiro dia de aula em professor? - Srta. Marin fala agora dando as costas para mim e olhando para o Sr. Fisher que ainda está com o olhar preocupado. - A propósito, meu nome é Alice. Prazer. - Srta. Marin estica os braços para um cumprimento que não acontece. O barulho de látex é irritante quando ela fecha a mão no ar sozinha.

- Prazer Srta. Marin. Acho melhor a senhorita terminar de olhar a Srta. Brown, ela bateu a cabeça com muita força e sua testa ainda está sangrando. - Sr. Fisher fala ainda mais sério, à medida que as palavras saem de sua linda boca, Srta. Marin vai se encolhendo.

Sem falar nada ela abre uma pequena maleta branca com uma cruz vermelha tirando de lá alguns algodões e um líquido que imagino seja para limpar o ferimento.

Mal-humorada com as formas sequenciais que recebeu de Sr. Fisher, Srta. Marin não alivia na mão quando passa o líquido ardido em minha ferida.

Acompanho Christian que encosta na parede no fundo da pequena sala, seus olhos vão de encontro aos meus e a mesma sensação que tive mais cedo volta. Seus olhos parecem ler todos os meus segredos, como se fosse possível ele entrar em minha alma e ver cada pensamento meu.

Sinto um fogo subir por meu rosto, meu coração parece que vai sair a qualquer momento por minha boca.

- Pronto. - A voz de Srta. Marin não está mais receptiva como estava, ela se tornou impaciente e ríspida. - Vai ser preciso de alguns pontos.

- Pontos?! - As palavras pulam da minha boca. O medo toma conta de mim fazendo minhas pernas tremerem. - Não, eu estou bem. - Pulo da marca tentando fugir daquele lugar mas foi uma péssima ideia. Assim que meu pé direto encosta no chão um choque horrível e doloroso me faz desequilibrar. Antes que eu pudesse cair de cara no chão novamente, o Sr. Fisher aparece ao meu lado me segurando pela cintura impedindo que eu caia.

Querido Sr. Fisher - Um romance proibido [PAUSADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora