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A beleza sempre foi uma obsessão mundial, alcançar os padrões da sociedade, quase uma regra. Rugas e pezinhos de galinha, o verdadeiro inferno. Pensando nisso que um multimilionário, obcecado pela beleza da juventude, investiu muito de seu dinheiro e convenceu quem mais tivesse dinheiro a aplicar suas fortunas nos estudos do cientista Christopher Malvon. Os estudos da vida desse homem se resumiam em impedir a morte, Malvon não tinha escrúpulos, então, passava por cima de quem fosse preciso para conseguir o que queria.

Qual não foi sua surpresa ao ver o tipo de investidores que tinham em sua pesquisa. Ganhara um novo laboratório e quem lhe desse maiores liberações do governo para testes. O ego inflado o fez ter certeza que teria o nome gravado na história como o homem que venceu a morte. Contudo, os planos do multimilionário eram outros. Depois de ter acesso a toda a pesquisa de Christopher, roubou todas as patentes de seu nome e entregou a outro cientista que trabalhava exclusivamente para si. Isso derrubou Malvon, que na época foi parar nas machetes como: " O cientista louco que se jogou em frente ao ônibus."

Depois de todo o roubo e delírios luxuosos, o multimilionário e o novo cientista não tiveram sucesso em prolongar a juventude dos já vivos, então, focaram na nova geração que viria. Ambos morreram conhecidos como salvadores, outros cientistas vieram com idéias revolucionárias e falharam, mas um dos netos de Chistopher chegara muito mais longe. Na casa que pertencia ao cientista maluco, Robis, havia encontrado um caderno de anotações e a partir dele mudou a forma que o mundo funcionava.

Agora os humanos se desenvolviam biologicamente até os 25 anos, depois disso não havia envelhecimento. O que mudava era que em seu braço esquerdo o relógio zerado começava uma contagem regressiva a partir de 8760 horas (um ano). Seria bastante tempo se tudo ainda fosse pago com dinheiro, mas não, tudo era pago com tempo, tarifas de ônibus, comida, água, luz gás. O mundo havia mudado completamente exceto por uma coisa, a diferença social.

Se na era do dinheiro impresso ou digital pobres dificilmente subiam para a classe alta, agora era impossível. Recebiam por dia o mínimo que as empresas queriam lhes dar, o governo não se preocupava com os pobres, coachs apareciam em propagandas nos telões dizendo: "Faça o seu pouco tempo se tornar muito, trabalhe com mais empenho", como se as pessoas não receberem o justo, fosse culpa delas.

Nessa podre sociedade nascera Jeon Jungkook. Os membros da família, que era pobre, apenas se suportavam. Os pais casaram-se apenas porque a gravidez acidental aconteceu. Sem amor, o jovem Jungkook cresceu apanhando e tendo os piores exemplos. Quando completou 15 sua mãe lhe ensinou a roubar o tempo das outras pessoas numa queda de braço e, bem, o seu relógio só se ativaria aos 25.

Ao completar 24 foi expulso de casa, pois seria apenas mais um gasto. Sem ter a quem recorrer e sem tempo para pagar, viveu de bicos em busca de comida até entrar no prostíbulo por engano. Implorou por emprego e, por piedade do patrão, se tornou apenas faxineiro.

Quatro anos se passaram e Jeon continuava na mesma função. Vestia um macacão verde musgo, largo, com botas pretas, luvas de limpeza e junto um pulseira de proteção, claramente não era a original.

Essas pulseiras foram criadas após o roubo orquestrado por Will Sales e Sylvia Weis, ambos conseguiram invadir um banco e roubá-lo, após a descoberta de um bilhão de horas que pertencia ao banqueiro e apenas a ele. Esse episódio deu fogo a diversas rebeliões que foram controladas a base de violência e na explosão de casas de roubos de horas. O episódio deu a um ricaço, com bastante tempo, a idéia de projetar pulseiras caras que protegeriam os pulsos de roubos, elas se popularizaram e ganharam versões baratas e com o desempenho menor. Todos que trabalhavam nos prostíbulos receberam a sua pulseira protetora.

Jungkook não conseguia pôr nos dedos das mãos a quantidade de corpos, com tempo zerado, que era obrigado a carregar até o riozinho ao fundo da casa.

Parado, observou o segurança olhar as horas e perceber que o homem dentro do quarto demorava mais que o previsto, viu quando ele sacou as chaves extras e abriu a porta. O corpo da mulher estava nu na cama, as pernas abertas, como os braços, a pulseira arrebentada o rosto sem expressão. O cliente, que tentava fugir pela janela, foi puxado com violência para dentro. De forma bruta, fora arrastado até a sala do dono e, com certeza, o cliente se tornaria mais um corpo a ser jogado no riozinho dos fundos.

A noite chega e o faxineiro vai para o quartinho isolado, onde pode descansar, toma um banho rápido, veste a simples calça jeans e blusa de manga longa e sai em direção a rua. Passear é o único luxo que ele pode dar a si mesmo, o único tempo que se deixa perder. Sentou se em um banco e olhou para o céu, estrelas brilhavam há milhões de quilômetros dali, sem nenhuma presa e preocupação. Se perderia olhando-as por mais tempo, se não fosse um barulho a sua esquerda. Já estava acostumado ao medo de alguém tentar roubá-lo, conferiu a pulseira e fechou os punhos.

— Olá, sou o Min. — disse com belo sorriso, o causador do barulho.

O cara era um tanto baixo, cabelos descoloridos, bochechas fofas, pele branquinha. Também estava vestido com uma camisa de mangas compridas e calças pretas.

— Olá. — respondeu, com as mãos fechadas no colo. — Jeon.

— Não se preocupa, não, cara, não vou te roubar. Só vim porque cansei de te olhar de longe todas as vezes.

— E por que me olhava de longe Min?

— Por que você é muito bonito para não olhar e desejar.

A resposta deixara Jeon meio perdido, sorriu e olhou para o outro, o percebendo bem perto. Olhou o braço, já estava perdendo tempo demais. Nesse novo mundo as relações eram mais imediatas, não se tinha tempo para perder flertando ou indo à encontros. Se envolviam rapidamente, se gostassem, se davam o luxo de perder o tempo junto à essa pessoa. Jungkook não conhecia um único alguém que se apaixonou devidamente. Por conta disso, se aproximou mais e, logo, sua língua não estava mais sozinha. O beijo era bom, desbravador, curioso. As mãos também passeavam e apertavam, trazendo para mais perto. O ar ainda era importante e fez falta, se separam e ao recuperarem o ar, Min se despede.

— Até amanhã, Jeon.

Um beijo simples os fez voltar a se encontrar todas as noites, das duas semanas seguintes, para trocarem mais beijos e se conhecerem melhor. Sempre sentados naquele banco sozinho do parque, Yoongi ouvia Jungkook contar toda a sua vida, suas complicações e suas vontades impossíveis, como ele mesmo dizia. Nascia um possível sentimento que talvez não tivesse tempo para crescer.

Jungkook estava recebendo cada vez menos e com a diminuição de corpos a serem jogados, não recebia o extra como antes. O pobre já estava entrando em desespero tinha certeza que não conseguiria pagar as dividas que tinha e, certamente, não iriam facilitar, pegariam todo seu tempo.

Em seu quartinho mofado, andava de um lado para o outro, até três batidas fortes serem desferidas contra a porta de cor vermelha. Fora chamado até a sala do chefe, esse seria seu fim e nem se deitou com Yoongi ainda.

Foi guiado pelos corredores por um segurança grande e forte. Ele tinha 26horas brilhando, JK infelizmente tinha 5 e devia mais de 20 horas. Próximo a porta de madeira, grossa e marrom, parou. Travou de medo, tinha certeza absoluta que não sairia da sala vivo, devia ter fugido quando estava sozinho em seu quarto, agora era empurrado bruscamente para dentro da sala. O local era espaçoso, em tons escuros, tinha uma grande janela atrás da mesa do chefe, uma estante com livros na parede a esquerda e a direita estava a cadeira de execução, era velha e bamba. Atrás da mesa de madeira escura, com alguns papéis, estava o dono do prostíbulo, Lee Tae-Min, sentado em sua cadeira forrada de couro preto. Jungkook se desesperou ainda mais conhecia aquela expressão no rosto de Lee, não teria como barganhar naquela situação, abaixou a cabeça e esperou.

—  Ah, JK, não seja assim, você sabe como as coisas funcionam nessa casa. — disse o patrão, calmamente, enquanto ajeitava a postura na cadeira. —  Levante essa cabeça e aceite o fim como homem, quando veio aqui pedir o empréstimo não estava com essa postura.

—  Senhor, eu imploro por mais um pouco de tempo, eu conseguirei.

Jungkook tenta, mas é impedido de terminar pelo empurrão que recebe do segurança, estava ali para receber a sentença de morte e não um julgamento. A cabeça explodindo, o desespero gritante tentou sair, mas foi puxado pelo homem atrás de si e sentado na cadeira bamba que rangeu. O braço foi puxado com violência e tomado por Lee. Jeon vendo os segundos tomou a decisão considerada por ele extremamente burra.

—  Tomar meu tempo, enquanto estou sendo segurado é muito fácil, em um duelo, nada tomaria.

—  Você acha que me venceria em duelo, infeliz? — Taemin sentiu-se ofendido, largou o braço do outro e voltou para à mesa —  Você não me venceria moleque, esqueceu quem foi que acabou com a sua professora.

—  Eu não me esqueceria, eu que lhe levei até minha mãe, abri a porta e a segurei sentada na cadeira. — Jungkook dizia aquilo sem remorso algum, a mulher havia feito empréstimo com o chefe e deixado em sua conta, quase morrera por conta disso — O senhor só a venceu porquê a segurei, claramente não a venceria em uma situação normal.

Jungkook sabia que estava indo longe demais, se não tivesse o tempo drenado morreria pela surra que receberia. Abaixou a cabeça e fechou os olhos. O primeiro tapa veio e nada mais depois dele, abriu os olhos e viu o segurança trazer a pequena mesa que estava ao lado da estante para a frente de sua cadeira, depois a cadeira do patrão.

—  Bom já que tem tanta confiança em si mesmo, vamos duelar. — Lee se sentou com as pernas abertas e pôs o braço esquerdo em cima da mesa.

Excitado, Jeon também levantou o braço esquerdo à mesa. Estavam na posição de queda de braço, mas ali não era simplesmente para medir força e, sim, usurpar o tempo do rival. Jungkook poucas vezes havia participado de duelos assim, mas sempre ia com a mãe para vê-la em ação e absorver de suas técnicas e dicas que ela dava, enquanto bêbada. Foi uma péssima mãe e pessoa, porém boa professora, ele se lembrava dela falando.

"Primeiro deixe seu oponente pensar que está no comando, deixe-o tombar seu braço e faça a expressão de derrota, perca uma hora ou duas. Então trave o braço dele e tombe, antes que ele perceba você já tomou o tempo que ele tinha disponível. Mas o mais importante é se você for duelar com alguém que tem segurança não fique pra comemorar a vitória, ninguém é honesto nessa porra de mundo, pegue o tempo e fuja."

E foi exatamente o que fez, olhava fascinado as horas de Taemin se esvaindo e sua cara de desespero, suas 5horas se tornaram 12h. Olhava com tanto fascínio o braço do outro que não percebeu a movimentação ao seu lado, foi puxado e jogado contra a estante pelo segurança, viu o chefe se levantar e começar a dar a ordem para que fosse pego, Jeon correu para a porta e, por sorte, conseguiu sair.

Correu como louco pelos corredores, trombava em pessoas e coisas, pouco se importando. Chegou ao lado de fora e viu seguranças próximos, Jungkook viu que um cliente chegava em seu carro prateado, ele não pensou duas vezes e atacou o homem assim que ele saía, assim roubando seu carro e disparando em direção ao parque. Mesmo não sendo um combinado, sabia que Yoongi estaria lá e se desse sorte dormiria com ele antes de ser capturado.

[...]

Min andava pelo parque, indo em direção à sua casa. Jungkook não havia vindo essa noite, novamente. Tinha noção de que ele estava encrencado, até tinha oferecido algumas horas emprestadas, mas ele não aceitou. Agora estava preocupado, era a segunda noite consecutiva que ele não aparecia, será que havia morrido?

Puxou a manga de sua blusa marrom e apertou os braços junto ao corpo, ao perceber um carro prateado passando calmamente ao seu lado. Ficou apreensivo, o carro encostou um pouco a frente e Yoongi se desesperou, esse era o único caminho para a sua casa, teria que passar por ali. Já se preparando para correr, viu a porta se abrir e, quando ia passando, ouviu seu nome ser chamado. Dentro do carro era Jungkook.

—  Seu filho da puta, porque sumiu e depois tentou me matar de medo? — perguntava, enquanto entrava no carro e abraçava o corpo do homem que alegrava suas noites e, depois de um beijo afoito, voltou a perguntar — Como conseguiu esse carro? Até onde sei, estava devendo até as cuecas.

—  Eu ainda estou devendo e agora bem mais. Me desculpe não foi minha intenção te deixar assustado, Yoon. Aconteceram umas coisas muito loucas e talvez agora eu esteja sendo perseguido. —  disse, olhando o retrovisor e percebendo o carro laranja do ex patrão se aproximando.

Arrancou com o carro, sem idéia de pra onde ir, apenas querendo se afastar.

—  Como assim está sendo perseguido? — Yoongi fala alto. — Espera, você roubou esse carro, não foi?

—  Roubei o carro de um cliente, roubei o temo do meu antigo chefe, mas não muito e agora estou sem sabe pra onde ir... Que inferno.

—  Caralho, você é muito foda, Jeon. Vira à direita aí e depois segue até o prédio amarelo e vai pra esquerda — Jungkook o olhou assustado. — Foda-se se é contramão, isso vai atrasar eles, daí dá tempo de chegarmos na estrada de terra e despistarmos eles.

E assim, Jungkook fez. Quase bateram em três carros, despistaram Taemin, mas chamaram a atenção da polícia. A perseguição já durava 1hora, quando conseguiram enganar os policiais e abandonaram o carro próximo a entrada de uma floresta. Yoongi conhecia aquele espaço, seu avô gostava de passear por ali e o levava. Sabia de uma casa que há muito fora abandonada, então puxou JK, o levando até ela. Demorariam a chegar, mas era o único lugar para onde poderiam ir, sem serem pegos por ninguém.

A casa era pequena de madeira velha com uma porta e janela, ambos escorados, por que as dobradiças já haviam se oxidado a ponto de se separarem. Aranhas faziam, com maestria, seu trabalho e teias era o que não faltavam. A parte de dentro não era muito diferente, cheio de poeira, o assoalho fazia barulho, tinham duas cadeiras e uma pequena mesa próximos a janela. Do outro lado tinha uma cama de ferro, com um colchão fino e mais a frente um portal que dava para onde um dia foi uma cozinha e a esquerda a porta de um banheiro podre, a pia pingava.

Da janela da cozinha dava para ver o pequeno rio passando ali por trás calmamente, as árvores bonitas e altas. Sentaram-se nas cadeiras e respiraram fundo, a fim de recuperarem o fôlego, a caminhada foi longa cansativa. Jungkook olhou o braço, agora tinha nove horas, perdera 3 apenas na fuga.

—  Mas que lugar bem escondido esse, longe de tudo. — disse, Jungkook, olhando a mesa. — Como conhece esse lugar?

—  Meu avô me trazia quando pequeno, depois que ele se cansou de mim passei a vir sozinho. —  responde, Yoongi, simples.

— Mas como tem tempo para isso? Foram três horas para chegar aqui. — reage JK, olhando Yoongi nos olhos.

—  Eu venho com o carro de um amigo e só apareço aqui quando me pagam a mais no salão.

—  Da última vez você me disse que trabalhava como vendedor de uma loja. — fala desconfiado.

Yoongi se levanta da cadeira onde está sentado, tira a blusa de frio verde, ficando apenas com a camisa branca sem mangas, a calça preta, uma faixa envolta do braço esquerdo e a pulseira protetora nova. Se sentou no colo do outro, esse pegou seu braço e olhou a pulseira nova mais de perto.

—  Isso é bem caro, ela é das boas e é bem nova. — constatou JK, ali estava ele em fuga com um cara que achava que conhecia alguma coisa.

—  Estamos aqui escondidos do cafetão e da polícia e você se preocupa com essa pulseira defeituosa que me deram no serviço. — disfarça, Yoongi. Ele a tira do braço, deixando-a em cima da mesa. — Achei que podíamos nos divertir de alguma forma. Você tem mais 8 horas e 30 minutos de vida e o sol já vai nascer.

Jungkook olhou pela janela escorada, o céu clareando. Retornou o olhar para o rosto de Yoongi, parecia a visão de um anjo, se aproximaram e deram início a um ósculo calmo. As línguas dançavam em reconhecimento, as mãos passeavam por cima das roupas com carinho. Essa calma teve fim, ao Yoongi se pôr a rebolar lentamente sobre o colo alheio e em pouco tempo começa a sentir uma elevação.

O cômodo parecia esquentar e as roupas se tornavam cada vez mais desnecessárias, mas eles não queriam afastar as bocas, só se separam aos pulmões pedirem arrego. As camisas saíram e foram jogadas em qualquer lugar. Jungkook passeava com as mãos pelo tronco de pele alva. Com o indicador e polegar, apertava o mamilo esquerdo, enquanto lambia e mordia o outro. Yoongi soltava baixos gemidos com os estímulos recebidos, rebolava com mais força e sentia a calça lhe apertando.

— Ah, Jeon, tenho que tirar essa calça.

Se levantou, tirou os sapatos e logo a calça junto e a cueca branca. Viu Jungkook fazer o mesmo e voltar a sentar-se na cadeira, lhe esperando com as pernas separadas. Foi puxado para frente. Jeon passou a beijar sua barriga, enquanto uma mão acariciava suas bolas e a outra bombeava o pênis mediano, os beijos desciam em direção a virilha e logo se tornaram lambidas. Yoongi segurava firme as madeixas escuras do outro e gemia alto.

— Vamos logo com isso Jungkook, põe ele na boca vai. — disse e o viu lhe olhar, enquanto lambia o pênis desde a base até a glande. — Ai, como você é um filho da puta.

Com um pequeno sorriso Jungkook desceu, engolindo o membro, o colocando até metade e subindo devagar, repetiu algumas vezes até fazer a garganta profunda. Yoongi estava delirando, gemendo mais alto e puxando o cabelo do outro mais forte, sem perceber começou a mover o quadril contra a boca que lhe mamava, estava adorando aquilo. Sem aviso liberou todo o prazer em Jungkook, que engoliu uma parte e deixou o resto escorrer pelo canto da boca e escorrer pelo canto dos lábios.

— Agora é a minha vez não é. — Yoongi disse sorrindo, enquanto se ajoelhava entre as pernas abertas de Jungkook.

— Faça o seu melhor.

Yoongi lambia todo o membro, enquanto olhava para Jungkook, não desviava um só momento, arranhava as coxas torneadas. Logo estava engolindo pênis, colocava-o inteiro na boca e ficava parado, depois subia lentamente. Ficou por um tempo assim até acelerar a descida, Jungkook agarrou o cabelo descolorido, acelerando mais ainda os movimentos.

— Que boquinha deliciosa, eu tô quase lá. — Jungkook disse entre gemidos, tirou o membro da boca do outro e gozou em todo seu rosto.

Pararam uns instantes para se recuperarem, depois voltaram aos amassos que os deixaram excitados novamente. Yoongi voltou ao colo de Jeon, fazia uma trilha de beijos e chupões do maxilar ao ombro, enquanto tinha mãos passeando por sua cintura e bunda. Jungkook trouxe a mão para o rosto do outro, colocou dois dedos em seus lábios que, prontamente, foram chupados. Ao estarem bem molhados, foram lentamente inseridos na entrada de Min. De início fora incômodo, mas logo fora esquecido. Um, dois, três dedos o abriam e davam o mínimo prazer. Já rebolava, quando os dedos foram tirados de si, nem pôde resmungar.

— Ei, não reclama. — Jungkook disse, enquanto empurrava fracamente Yoongi de seu colo. — agora deixa ele bem molhadinho de novo vai.

Min se agachou e novamente deu início a um boquete, deixando o pênis bem molhado. Ele subiu no colo de novo e se empinou, começaram um beijo, quando o membro deu início a invadir a entrada lentamente. Ardia, mas era reconfortante. Depois de estar inteiro dentro, ficaram parados por alguns instantes. Jeon mordia o pescoço, já cheio de marcas, esperando o outro acostumar-se a invasão, coisa que logo foi percebida com as primeiras reboladas dadas.
Rapidamente, os movimentos tomaram mais intensidade e velocidade. Jeon não ficou parado e arremetia bruto contra Yoongi, que gemia cada vez mais alto. Continuaram se dando prazer até gozarem. A cadeira cadeira velha já estava resistindo a tempo e peso demais, então, uma de suas pernas simplesmente partiu os levando ao chão.

—Você se machucou? — pergunta Yoongi, rindo de toda a situação.

— Não, mas agradeceria se saísse de cima de mim.

Usaram as camisas para tirarem a poeira de cima do colchão e se deitaram para descansar. Jungkook percebeu que não tinha noção do cansaço de seu corpo. Quando acordou e viu em seu braço 5 horas a menos, se assustou e levantou num pulo, fazendo Yoongi levantar junto a si.

— Caramba, gastei metade das minhas últimas horas dormindo, que bela merda.

— Olha, você ainda tem quatro horas, vamos pensar nelas, ok? — disse, Yoongi, vestindo suas roupas. — Sei que fica muito lindo pelado, mas põe a roupa ai e vamos arranjar algo pra comer.

— E onde vamos conseguir comida nesse lugar garoto?

— Está tendo uma festa do outro lado do rio e nós podíamos invadir. — disse simples.

— E como você sabe que está tendo uma festa se acordou há pouco? — Jeon pergunta, enquanto fecha as calças.

— Ah, é que eu acordei mais cedo e vi umas tendas. — diz, Yoongi, com pequeno sorriso não olhando Jeon nos olhos e já abrindo a porta.

Eles saíram correndo para fora da casinha, foram alguns metros a frente para uma ponte que cortava rio. As tendas brancas estavam espalhadas pelo espaço de grama verdinha e bem aparada. As pessoas andavam calmamente de um lado a outro com suas roupas claras e sorrisos forçados. Ao fundo uma casa grande e moderna, tinha dois andares. Jeon se perguntava como não tinha visto aquela construção. Foi puxado por Yoongi para a porta dos fundos e subiram as escadarias e entraram em um quarto. Claramente Jungkook estava estranhando Min saber onde as coisas estavam e ninguém ter os impedido de nada ainda, porém ignorou. Estava nas suas últimas três horas de vida, tomaria um belo banho junto ao outro, penetraria a festa e morreria de barriga cheia.

Yoongi escolheu as roupas e as colocou sobre a cama de casal, se despiu e assistiu o outro fazer o mesmo. Juntos entraram debaixo do chuveiro e outra vez transaram, só que agora limpos e cheirosos.  Ao acabarem arrumaram os cabelos, se perfuraram e vestiram as peças de roupas, que juntas custavam mais tempo do que Jungkook devia.

Desceram para a festa e sorriram para todos. Yoongi acompanhou JK em cada mesa de comida, beberam das melhores bebidas e dançaram todas as músicas como loucos, não perceberam o tempo passando em meio a diversão.  Min seguiu, com os olhos, o Jeon se afastando e se sentando no chão próximo ao rio, foi até lá sentando-se ao seu lado e antes que pudesse falar algo foi interrompido.

— Não precisa falar nada. — disse Jungkook, o abraçando. — Nada sobre ter mentido seu tempo.

— Eu não menti meu tempo, eu nunca falei dele.

— Agora não tem mais importância, quero agradecer por ter alegrado as minhas últimas horas, ok? E pedir para que me beije nos meus últimos segundos.

Eles diminuíram as distâncias e beijaram-se, dando tudo de si. Jungkook esperou o fim nos lábios rosados, mas estava demorando demais, parou o beijo e olhou o braço esquerdo e viu seus 10 segundos tinham subido para 8760 horas e a mão de Yoongi logo abaixo.

— Como você me deu um ano de vida? — estava desacreditado.

— Bom meu avô é um banqueiro e me deu mais de 30 anos de aniversário da última vez, só te dei um ano por que se soltou. — Yoongi disse, indiferente, como se não fosse nada.

— Você me viu chorar por ter poucas horas e trata 30 anos como se fossem madeira velha, ricos são loucos, mas não me importarei com isso. Hoje levantei achando que morreria, tendo lhe fodido apenas uma vez e, veja, agora temos mais um ano pra isso.

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