Magnus apertou a mão de seu marido, não conseguindo e nem querendo se afastar. Marido… ele finalmente podia chamar Alexander assim oficialmente e poderia admitir para todo o mundo que amava como “marido” o agradava bastante.
—Eu devo temer Jace bêbado perto de um microfone? —Perguntou, não conseguindo conter o ar divertido ao ver o irmão de seu marido subindo no palco destinado aos discursos.
Alec olhou para o melhor amigo e irmão no palco, trazendo o microfone para mais perto. Jace não parecia bêbado… apenas levemente alterado, no entanto… ainda era Jace.
—Quem deve temer sou eu. —Alec disse, retribuindo o aperto e sorrindo na beirada do copo de limonada que tomava. —Ele sabe praticamente todos os podres da minha vida.
—Oh… isso vai ser divertido então. —Magnus ronronou, animado, piscando para o mais novo, que revirou os olhos para ele sem um verdadeiro vigor e voltou a encarar o irmão, que bateu na ponta do microfone para o testar.
—Bem, chegou o grande momento! Os discursos! —Jace disse, sorrindo abertamente, os olhos heterocromáticos praticamente brilhando por conta das pequenas luzes penduradas por todo o canto, dando um toque mais mágico ao salão de festas. —Bem… pelo menos o segundo grande momento, já que o primeiro foi o meu melhor amigo e irmão se casando com o homem que ele ama… céus, eu sei que vocês viram como foi lindo e eu digo uma coisa, para Magnus Bane... hâ, quero dizer, Magnus Lightwood-Bane, levar esse cabeça dura para o altar, demorou um pouco. —Jace balançou a cabeça, rindo junto dos outros convidados. —Sério, vocês sabem que eu sou noivo da minha ruivinha… te amo Clary. —Disse, piscando para a ruiva sentada próximo a matriarca Lightwood, que corou. —Mas perto desses dois eu me senti um candelabro inteiro de tanto que parecia que eu segurava vela… mas valeu a pena, vocês sabem como é raro ver Alec corar? Magnus uma certa vez fez isso em menos de dois minutos de conversa! O meu cunhado fez muitas coisas com esse cara e eu digo isso sério, muitas, muitas coisas.
—Puta merda. —Alec sibilou, se engasgando com o suco e Magnus alisou a sua costa, tentando esconder o riso, mas foi inevitável.
—Mas deixando isso de lado e indo para o que importa… Alexander, esse homem que casou hoje. —Ele apontou para o irmão, assumindo uma postura séria e concentrada. —Um dia foi um advogado turrão e que achava que não precisava de uma cara metade, ele foi fechado um dia e construiu muros ao redor dele, até que ele conheceu um empresário quase que totalmente seu oposto e destruiu tijolo por tijolo… então, o que eu quero dizer é que eu me sinto honrado em estar aqui hoje e ter presenciado essa união e desejo felicidades a vocês dois. —Jace olhou para o cunhado. —Seja bem vindo, oficialmente, a família Lightwood Magnus, obrigado por fazer meu irmão feliz!
Todos ali presentes aplaudiram e Magnus sorriu, sentindo um pouco de seus olhos marejados, mas ele segurou, batendo palmas para o loiro… Ele fala para Alec que Jace sabia surpreender também e Alec concorda sorrindo e lançando um olhar carinhoso ao irmão, que se juntava a noiva, e fala que realmente sabe.
Catarina sobe no pequeno palco, sorrindo, ela estava linda com aquele vestido azul royal e saltos tão escuros que brilhavam.
—Uau, esse foi um belo discurso, não sei se vou superar mas as minhas palavras também vem do coração. —Ela disse, olhando para todos, até parar no amigo. —Eu e Ragnor crescemos ao lado dele, éramos um trio inseparável que sempre apoiaram um ao outro mesmo quando éramos crianças e tínhamos a nossa cota de burrice. —Ela sorriu. —Cada um viu o outro evoluir e viu as dificuldades sendo superadas, seja no amor, seja na bagunça que é o mundo adulto… —Ela desviou o olhar do amigo. —Magnus sempre foi uma pessoa bastante alegre, mesmo que a vida estivesse constantemente tentando o dar rasteiras e a alguns anos atrás eu vi esse homem muito mais alegre, se é que é possível, ao conhecer Alec. —Seus olhos castanhos cairam no marido do seu amigo. —Alec, fique orgulhoso de si mesmo quando eu digo que você é o responsável por esse sorriso que está no rosto do meu amigo, eu me sinto aliviada em saber que você o ama do mesmo tanto que ele… e cara, até um cego poderia ver que não é pouco. —Eaa desviou para Magnus. —Magnus, eu quero que saiba que Ragnor também estaria tão ou mais feliz em estar aqui e que eu sei que, onde ele estiver, ele está aplaudindo e dizendo um “finalmente”! E falando que mesmo que seja irritante todo esse ar de romance ele está feliz porque você está feliz.
Catarina também foi aplaudida por todos, exceto por Magnus, que sentia seus olhos arderem e ele levou as mãos ao rosto, rindo porque iria borrar a maquiagem, rindo porquê Catarina estava certa e Ragnor realmente poderia falar aquilo… chorando porque seu falecido amigo não estava ali pra falar pessoalmente e nem dar um discurso embaraçoso sobre o quão rendido ele era por Alexander Lightwood-Bane.
Magnus sentiu braços delicados o envolverem e ele tirou as mãos do rosto para retribuir, enterrando o rosto no pescoço de sua melhor amiga.
—Eu te desejo muitas felicidades Magnus, tanta, tanta…. —Ela disse acariciando a sua costa.
—Obrigado Cat. —Ele sussurrou em resposta. —Você não sabe o quão importante é ter você do meu lado hoje… eu…. eu queria que ele estivesse aqui também.
—E ele está. —Ela se afastou antes de pôr uma mão sobre seu coração, fazendo Magnus sorriu e seus olhos marejarem mais uma vez. —Bem aqui no seu coração.
—Bem aqui. —Sussurrou junto.
—Viva aos noivos! —Maryse disse ao microfone, tirando Magnus de seu transe e fazendo todos sorrirem. —Se Jace disse que a hora do discurso era segunda mais importante a terceira é a primeira dança… então… —Maruse sorriu para o filho mais velho e o genro, que a encaravam divertidos. —Sr e Sr. Lightwood-Bane, é a vez de vocês.
—Ouviu o que ela disse. —Alec se aproximou, estendendo uma mão para seu marido. —Senhor Lightwood-Bane, me concede a honra de dançar com você?
—Sempre, Sr. Lightwood-Bane. —Magnus segurou a mão estendida, se deixando ser guiado até a pista de dança no meio do salão, onde os outros convidados os seguiram. Uma música começou a tocar… a música deles. Magnus fechou os olhos, apoiando a cabeça no ombro de Alec, envolvendo os braços ao redor do pescoço do advogado. —Estamos casados.
—Sim, estamos. —Alec confirmou, descansando as mãos nos quadris do marido. Ambos se movendo em uma sincronia lenta, seus olhos se fechando enquanto apoiava a cabeça ao lado da de Magnus. Ele sabia que Magnus podia sentir o seu coração batendo contra sua caixa torácica… céus, eles estavam casados, finalmente. —Eu te amo Magnus. —Sussurrou.
—Eu também te amo, Alexander. —Magnus retribuiu, erguendo a cabeça e se afastando um pouco para olhar no fundo daqueles olhos avelãs. —Eu te amo tanto que às vezes eu acho que é apenas um sonho.
—Mas eu sou real. —O mais alto pontuou, seus lábios próximos aos do marido.—Tudo isso é real. —Alec pegou a mão de Magnus e com a outra segurou a cintura alheia com firmeza. —Acho que devemos ter a nossa primeira dança decentemente, não?
—Se insiste, doce sonho. —Magnus concordou, sem conseguir para de sorrir. —Me sinto um pouco mal por querer pegar você e correr para o carro.
—Aguente mais um pouco, marido. —Alec alcançou suavemente com Magnus, antes de dar uma meia volta. —Avise se eu pisar em seu pé.
—Como eu poderia? —Magnus retribuiu, se deixando ser guiado. —Eu me sinto pisando em nuvens.

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Finally Married
Fanfiction(Continuação de "Perfect Night" e "Love Store") Eles estavam finalmente casados e eles mal esperavam para poderem ficar sozinhos, mas antes... Haviam algumas coisas que eles não poderiam perder.