Eu estava pasma, como ela teve a cara de pau de vir até aqui...? Lentamente ele retirou seus óculos de sol, os colocando em cima de pequena mesa de centro, e então eu pude ver seus falsos sentimentos e suas falsas intenções...
M: SN! - ela se aproxima de mim com uma falsa inocência que eu podia sentir... - Eu estava tão preocupada com você!
SN: Sério? Poderia ter me visitado a qualquer momento... - disse pendendo minha cabeça para o lado...
M: Eu estava com tanto medo... Que... Que eu não consegui... - ela começou a chorar... Aquelas lágrimas falsas faziam meu sangue ferver...
SN: Então... Vai me dizer o por quê de você estar aqui ou não? - disse levantando uma sombrancelha...
BG: Sua mãe está aqui por que... SN... Você tem muitas inimigas aqui na cadeia... E acho que não seria saudável para o seu bebê crescer em um ambiente tão hostil...
Eu já sabia o rumo que aquela conversa iria tomar... E eu não gostava nem um pouco...
BG: Por isso sua mãe se ofereceu para cuidar dele enquanto...
SN: Essa vadia que diz ser minha mãe não vai encostar um dedo no meu filho... - eu disse ríspida...
BG: Então prefere que ele seja adotado por uma família um pouco mais... Equilíbrada?
SN: Você está insinuando que eu não sou equilibrada o suficiente para cuidar do meu próprio filho? - disse friamente encarando a mais velha...
BG: Na verdade eu estou afirmando...
M: SN... Por favor não torne as coisas ainda mais difíceis...
BG: Querendo ou não, você não vai poder ficar com seu filho, temos medo que você... O use de refém ou...
SN: Vocês acham que eu sou louca não é...? - disse com um sorriso mínimo - Eu nunca machucaria meu filho...
BG: Não dizemos que vai mas... Temos que pensar em todas possibilidades...
M: SN... eu vou cuidar bem dele... Eu prometo...
SN: Assim como cuidou de mim? - eu a encarei da forma mais fria que pude...
M: Diretora... Nós podemos ter uma conversa a sós por favor?
BG: Claro... Claro... - ela se vira e sai da sala obedientemente...
E então... Minha mãe permite deixar sua máscara cair... Seu olhar antes carregado de falsos sentimentos, era frio e cheio de ódio... Essa é minha mãe...
M: Você vai me entregar essa criança SN... - ela tenta tirar Sungi de meus braços, mas eu não deixo...
SN: Não ouse tocar nele...! - eu lanço a ela um olhar mortal.
M: Você acha mesmo que vai poder dar pra ele o que ele precisa? Você está presa!
SN: E você acha que vai poder dar o que para ele?
M: Talvez a educação que te falta...
SN: Pode dizer o que quiser... Mas eu não vou entregar ele...
M: Por que resiste tanto... Ainda acha que Yoongi irá vir te buscar?
SN: É melhor você calar a sua boca enquanto pode...
M: Parece que eu toquei na ferida não é...?
SN: ...
M: Abandonada por um amor falso... Achou mesmo que ele se apaixonaria por alguém como você... Ainda mais agora com um filho pra cuidar...?
SN: Você não sabe do que está falando...!
No fundo, uma parte de mim acreditava que ela estava certa... Mas meu coração se forçava a acreditar que ele viria... Mais cedo ou mais tarde...
M: Não sei...? Ou será que você que não quer aceitar a verdade?
SN: ...
M: Eu vou ficar com a criança de qualquer forma... Por isso eu te proponho um acordo...
SN: Um acordo...? Que tipo de acordo? - estava completamente fora de questão aceitar qualquer acordo que viesse daquela megera, mas eu estava curiosa para saber do que ela estava falando.
Ela coloca uma de suas mãos em sua bolsa e de lá ela tira uma pistola pequena, antes enrolada com um pano branco... Ela abre o pequeno compartimento, me mostrando que a arma estava carregada.... Com apenas uma bala...
M: Você vai se matar... Logo depois que voltar para sua cela... Senão... Seu bebê vai conhecer a morte mais cedo... Parece justo para mim... Uma vida... Por uma vida... - ela pega a pistola com o tecido, evitando que sua pele entre em contato com a arma e aponta a mesma para Sungi... - E então... O que me diz...?
Eu não podia fazer nada naquele momento... Eu sabia que ela não estava blefando, seus olhos estavam cheios de sinceridade e divertimento...
M: Tic... Toc... O tempo está acabando, e minha paciência também...
SN: Eles vão te pegar se fizer isso...
M: Na verdade não... Essa pistola não tem minhas digitais, e sim as suas... Não se lembra dela? - ela balança a arma na minha frente...
Por um momento minha mente é tomada pelas lembranças do dia em que fomos pegos, era a mesma pistola... A mesma que Yoongi havia me dado...
SN: ...
M: Já até imagino a manchete... Detenta mata seu próprio filho por conta de seus transtornos mentais... E então vai aceitar? - ela destrava a arma lentamente.
SN: T-Tá bom! E-Eu faço! - eu disse sem pensar...
M: Ótimo... - ela me deu um sorriso sínico...
O som da arma se chocando com a mesa de centro de madeira me trouxe de volta a realidade... Eu peguei a mesma com minhas mãos trêmulas, e a coloquei na minha cintura...
M: Boa garota... - ela sorriu sinicamente... - Agora me entregue o bebê... - ela se levantou, ficando ao meu lado...
Minha vontade era atirar nela com aquela pistola... Mas eu não podia, o destino do meu filho estava em jogo... E eu não iria desistir tão facilmente... Eu irei buscá-lo... De qualquer maneira...
Eu ajeitei o menor em meu colo... De forma que ela pudesse pegá-lo... Mas antes que ela pudesse tirá-lo de mim em o abraço forte contra meu peito, as lágrimas quentes caiam sobre ele... Eu sentia como se meu coração estivesse sendo dilacerado...
SN: V-Você promete C-Cuidar dele?
M: Me dê logo ele...!
SN: Só... Promete isso pra mim...
M: Tá... Eu prometo...
Eu coloquei Sungi em seus braços... Ele estava desconfortável... Prestes a chorar... Se ele ao menos soubesse o que estava acontecendo...
M: Já consegui o que eu queria... - ela disse tentando acalmar o menor em seus braços...
Ela caminhava até a porta, pronta para ir embora... Mas antes ela se virou para mim e me disse...
" – Estarei esperando a ligação notificando seu suicídio... "
E então ela saiu da pequena sala... Com meu filho nos braços...
" M-Me perdoe... Por não conseguir te proteger... Por não ser forte o bastante para lutar por você... "
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." Me Perdoe! "
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· 𝙶𝚊𝚗𝚐𝚜𝚝𝚎𝚛 - 𝙱𝚃𝚂 ·
FanfictionNós acreditamos em um amor perfeito, sem falhas, mas o amor que mais mexe com a gente é aquele amor bandido, que te pega desprevenida, um amor cheio de falhas e erros, mas que não nos arrependemos. Às vezes nos apaixonamos pelas pessoas que nos faz...