(2) Three girls ✔

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[Não se esqueçam de imaginar o Niall em versão feminina.

Palavras do capítulo antigo: 952 words

Palavras do capítulo reescrito: 2192 words

Boa leitura.]


CAPÍTULO 2

O som irritante do alarme soa alto para uma manhã de chuva. Rebolo ao longo da cama à procura do telemóvel e desligo grunhindo. Mais cinco minutos não fazem diferença...

A voz da minha mãe que provinha das escadas é projetada para o meu quarto e eu sei que os cinco minutos já passaram a quinze. Tenho a coragem de finalmente meter os pés fora do calor dos cobertores entrando em contacto com o chão. Bocejo e espreguiço ao mesmo tempo estalando as costas. Levanto indolentemente e olho para a janela examinando o tempo. A chuva batia na janela fazendo com que as gotas de água façam uma competição entre elas. O chão de lá fora estava molhado assim como tudo o resto. Via-se algumas pessoas com os seus impermeáveis e chapéus de chuvas abertos. Suspirei. Hoje não é aqueles dias que gosto de ir para a escola. Por acaso nunca estou nesses dias.

Ando até à casa de banho e ligo a água deixando-a correr para a banheira antes de tudo. Enquanto a banheira enche-se de água escaldante, o meu corpo encaminha-se para a frente do espelho. Gritei de susto ao ver que o reflexo que via do outro lado do espelho não era o mesmo que eu via todas as manhãs.

Será que estou a ver bem? Ou é a minha visão a pregar-me uma partida?

Coço e pisco várias vezes os olhos ficando quase com eles vermelhos e com lágrimas. Aparentemente os meus olhos não estão errados e aquilo que vejo é como eu estou agora.

O meu rebelde cabelo loiro pintado agora está maior e perfeitamente liso. A minha cara estava mais redonda e tinhas as maças do rosto maiores. As minhas pestanas também aumentaram. O meu corpo parecia ter-se tornado mais mole e diminui de estatura. Toco na minha intimidade e entro em pânico quando dou pela falta dela. As minhas dúvidas suscitaram-se e lembrei-me de tocar no peito. E a confirmação que tive ao tocar e perceber que tinha mamas foi devastadora. A minha mente rodava sobre eu ser uma rapariga... Serei mesmo uma rapariga? O que faço se for? Como me fiquei assim? Tantas perguntas e nenhuma resposta. Estou como estivesse no fundo do mar... afogado nos meus novos problemas. Desligo a água assim que reparo que por pouco não saía do cubículo e voltei a ver-me ao espelho. Será apenas um sonho? Um sonho onde eu só quero acordar e não me deixam? Nada me impede de tentar. Fecho os olhos e vou fazendo contagem crescente até 3.

"Um, dois, três." Suspiro antes de abrir os olhos. Apenas abro um olhando com medo para o espelho como ele me fosse morder. Definitivamente, isto era tudo menos um sonho. Isto não podia ser a realidade! Não é possível a não ser por operação, mas eu não me lembro ter feito a porra de uma operação. Ando de um lado para outro dentro da casa de banho frustrado com tudo isto esfregando as minhas têmporas.

Uma pequena lembrança da noite passada veio-me à cabeça assim de repente. Ela desejou que eu me tornasse numa rapariga, mas isso só acontece nos filmes, certo? A culpa será dela? Da Sophie? Se for, ela irá pagar-me bem caro por isto.

"NIALL!" Minha mãe grita das escadas e eu reparo nas horas. E aparece outro problema... e a escola? Como vou para a escola sem ser gozado pelos meus colegas e amigos?

"Vou já." Grito de volta e reparo que antes não tinha falado e portanto não tinha apercebido de como a minha voz estava mais fina. Desço as escadas como estou; eu não vou para a escola nestas condições.

A minha mãe e a minha irmã estavam animadas a falar na cozinha. Eu entro na cozinha e recebo um sermão da minha mãe que ainda não tinha reparado na minha grande mudança.

NIALL 》A reescrever ✔Onde histórias criam vida. Descubra agora