Doce Redenção.

Capítulo 1

Essa História nasceu como um presente para a minha amiga @Andrezza Uzumaki. Ela ama história de Época norte-americana e eu estou amando essa história, Foi feita de coração  com amor. Espero que gostem.

1868 Dalas no Texas.

Após três anos do fim da guerra civil Americana, Naruto Uzumaki Namikaze  estava de volta, voltara a pedido de seu pai, não que esse convite fosse o único que ele lhe fizera, não era, mas por saber que Minato se encontrava em condições péssimas de saúde, então Naruto  decidiu que faria um esforço para retornar ao lugar que lhe trazia imensas lembranças dolorosas e uma culpa de tamanho alarmante.
Chegando ao rancho Namikaze, Naruto olhou em volta sentiu o peso da dor mas contemplou tudo com olhar de saudade, sempre fora seu sonho ajudar a seu pai em suas terras e montar um estábulo bem grande e criar cavalos, ele sempre fora apaixonado por eles. Após a guerra todos os sonhos se perderam com a morte do irmão e de sua mãe, e ele nunca se perdoará  por isso e nem achava que tinha o direito de continuar vivendo, quase morrera mas o destino não achou que a morte era paga suficiente para lhe castigar.
O encontro com seu pai, foi melhor do que pensará, olhar nos olhos de Minato e enxergar amor ali lhe trouxe um pouco de paz para a sua alma que ainda  aflita, decidiu cumprir um dos  desejos do pai e cuidar da chácara mas não se achava digno da outra parte de seu pedido, seu pai queria que ele formasse uma família, ele não poderia, não arrastaria ninguém para o seu mar de culpa e autocomiseração além do mais pra ele a perda do braço não lhe atormentava achava que deveria ter ido no lugar de Mema mas não iporia ninguém a viver com um aleijado, seria para sempre sozinho. O estado lhe fornecerá uma prótese mas nem isso ele achava que merecia.
Enterrou o pai e começou com o trabalho na chácara, ele não queria visita e nem contato com ninguém, queria apenas seguir com a sua vida um dia de cada vez. Após uma semana da morte de seu pai Naruto ouviu uma batida em sua porta era o horário logo após o almoço e ele tirava aquele tempo para descansar um pouco do trabalho e o principalmente a prótese que com esforço doía um pouco. Ao abrir a porta ele se depara com um sujeito alto de cabelos compridos em um chapéu marrom com os olhos cinza bem claros tinha a feição seria e postura rígida, quando Naruto iria lhe perguntar o que fazia ali, ele pode contemplar atrás  dele a figura de um anjo, de baixa estatura, olhos cinza claro que lembrava pérolas, cabelos bem escuros tão negros que pareciam com a noite sem luar,  presos em um coque o rosto meigo e gentil, a princípio não conseguiu desviar o olhar mas logo se lembrou que ele jamais poderia possuir uma parte do céu como um anjo daqueles, não seria capaz de arrastar ninguém para o seu inferno particular.
Naruto então perguntou ao homem a sua frente o que ele desejava.
- Oi boa tarde, me chamo Neji Hyuuga  essa é  minha irmã Hinata, nós somos seus vizinhos e também nos mudamos a pouco tempo e resolvemos nos apresentar.
Neste momento Hinata estendeu um embrulho para Naruto, ela estendeu os braços e estava de cabeça baixa, Naruto não pode deixar de notar que ela estava corada, e  aquilo mexeu com algo dentro dele, teve que se controlar para não transparecer como aquilo lhe agradou, olhou para o irmão como que  questionando o que era aquilo, Neji prontamente entendeu o olhar de duvida de seu vizinho e esclareceu já que sua irmã era tímida.
- Minha irmã fez uma torta de abóbora pra você, como um presente de boas vindas.
Naruto ficou sem ação e por um momento sem fôlego, aquele anjo fez algo para ele?! Logo depois ele despertou de seus pensamentos e entendeu que isso era uma prática comum da região, levar um prato de comida para um novo vizinho, ele sentiu uma tristeza e ao mesmo tempo alívio, não merecia nada, não era especial, era alguém  fadado ao fracasso, decepção e a tristeza.
- Não precisava se incomodar, eu... foi interrompido por Neji que percebeu um certo desconforto no loiro.
- Pegue tenho certeza que não se arrependerá, Hinata cozinha muito bem.
Naruto olhou então para aquele anjo em forma de mulher e só conseguiu lhe dizer obrigado enquanto pegava a torta e derrepente pensou ter ouvido uma melodia como um sussurro ouviu um obrigado, aquela voz o fez se arrepiar da cabeça aos pés.
Foi interrompido novamente pelo vizinho após o silêncio que havia se instaurado naquele momento.
- Bem já estamos indo, caso precise de nós, moramos ao lado, propósito qual o seu nome mesmo?
- Eu me chamo Naruto Uzumaki.
O viu dar um sorriso de canto de boca e chamar a irmã para irem embora, Naruto não conseguiu olhar mais para ela, e ao mesmo tempo mesmo que involuntariamente era o que desejava naquele momento. Antes deles irem Neji lhe fez um convite, pois seria dia de ação de graça daqui a dois dias e eles lhe  convidaram para o jantar.
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Hinata estava encantada, nunca tinha visto um homem tão lindo como o seu vizinho, ela nunca tinha sentido o que estava sentindo agora, sempre tímida e intimidada pelo pai e seus desmandos ela nunca tinha se interessado por ninguém e depois da fatídica noite aí é que ela não pensava mesmo.
Ela se perdeu na imensidão daqueles olhos azuis e não conseguia parar de pensar nele desde o momento em que se perdera ali. Seu coração batia acelerado e ela ficou super contente que o irmão o chamou para o jantar de ação de graça, sempre cozinhou com amor e dedicação mas agora tinha um motivo mais para caprichar tanto na decoração quanto no cardápio.
Foi tirada de seus pensamentos por seu irmão que lhe olhava com um olhar intrigado, ela sabia que ele estava tentando sondar o que se passava com ela, mas ela  não deixaria transparecer, ele talvez achasse com isso que seu pai tinha razão e que ela realmente tinha causado o que havia lhe causado mais pavor.
- O que está pensando? Está distraida  desde que saimos da casa do vizinho.- Neji falou a olhando profundamente.
-A-h Nada ! Só estou pensando no jantar de ação de graça, agora que teremos convidados devo avaliar o que farei e as porções que devem ser maiores. - Hinata falou com um certo receio, tremendo dentro de si, mas não poderia transparecer.
- tá bom, que seja. - Falou desconfiado mas não tocou mais no assunto.
Hinata suspirou aliviada, não podia transparecer sua agitação para o irmão, não queria se tornar um fardo na vida dele.
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Depois da presença perturbadora daquele anjo e o seu irmão em sua porta ele não pode não pensar naquela morena, mas tentou seguir com a sua rotina de uma forma normal e a noite quando estava exausto dos cuidados com o a chácara, tirou seu chapéu estilo calbow , suas botas e se permitiu relaxar um pouco em sua tina de banho, queria não pensar em nada enquanto relachava mas não conseguia, ao fechar os olhos as cenas de seus irmão morrendo diante de si vinham a mente e ele se sentia impotente, frustrado e culpado, esse último lhe corroia até os ossos, a culpa nos últimos anos foi sua fiel companheira e ela era extremamente frustrante e exigente nem o tempo a deixava mais branda pelo contrário a fazia ganhar força como nunca. Revivendo uma das cenas que mais lhe perturbava em sua mente, foi interrompida pela lembrança da imagem de uma morena linda com as bochechas coradas, aquilo o fez despertar de seus devaneios sacudiu a cabeça, não podia misturar a imagem tão  sacra como aquela com algo tão doloroso, era até  pecado fazer isso, então bufou forte e se levantou da tina pegando a toalha, depois de vestido se dirigiu a cozinha e viu a torta que ganhara,  pegou uma faca, um prato e um garfo, cortou um pedaço modesto e se serviu quando levou um pouco a boca ele pode apreciar o sabor inigualável daquela torta, nunca tinha comido uma igual sem dúvida ela era uma preciosidade.
Achou melhor ir dormir, sabia que os dias daqui pra frente seriam bem dificeis pela lembrança.
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O tempo se passou chegando  até o dia daquele jantar, Naruto não iria, não podia ter esperanças ou desejar algo, não julgava ser  merecedor de ser feliz, ele fez outras pessoas sofrerem e isso o corroia, ele agora julgava merecer  uma vida de solidão e a  morte quando Deus julgasse que ele já havia sofrido o suficiente para pagar por seus pecados.
O  Dia de Ação de Graças era especialmente doloroso para ele, era um dia bem especial para sua mãe, ela fazia sempre uma deliciosa refeição, enfeitava a mesa e era uma noite em que a família toda se reunia e conversavam, ouviam histórias engraçadas de seu pai e as peripersias de sua mãe, ela sempre teve um temperamento bem forte então sempre tinha umas confusões para compartilhar, Mema  sempre falava de sua vontade de se tornar um Texas Ranger e isso sempre a  deixava um pouco irritada,  ela achava muito perigoso, já Minato apoiava sempre os filhos.
Naruto se ocupou durante o dia o máximo possível, não queria e nem podia ter tempo para pensar, cuidou do gado e depois de fazer o trabalho de reparo em sua cerca que um animal havia estragado, subiu em seu cavalo marrom com a crina negra brilhante, Rufo era um garanhão temperamental, ele não se dava com qualquer um, mas desde novo sempre foi chegado a Naruto, ninguém o montava só  ele, ergueu- se na cela e cavalgou em uma velocidade considerável, a cavalgada e o vento em sua face a sanção de liberdade o fazia bem e ele precisava se sentir melhor. Quando a noite caiu ele retornou para a casa e pendurou seu chapéu e tirou sua bota, pegou sua companhia da noite a garrafa de whisk e se jogou no sofá, iria beber para esquecer.
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Na casa Hyuuga estava tudo arrumado para o jantar de ação de graça, Hinata já havia posto a mesa e três lugares, enfeitou o centro da mesa com flores colhidas de seu amado jardim, ela fez a comida com todo o carinho, estava se sentindo ansiosa e nervosa, não conseguia tirar de sua mente a imensidão de sentimentos que aqueles olhos azul de seu vizinho havia lhe transmitido.
Gostava da data, le remetia a tempos mais felizes, colocou seu melhor vestido de cor lilás fez um prateado em seu cabelo com cachos na lateral da cabeça do lado direito e colocou uma presilha de pérolas que sua mãe havia lhe dado quando ainda era viva.
Neji olhou a irmã descer as escadas e notou o olhar diferente de Hinata, viu que ela tinha se arrumado e estava linda, e também foi torturado o dia inteiro com o cheiro delicioso que vinha da cozinha, ele tinha uma ideia do que podia ter trago essa mudança, mas não falaria nada, ela era bem tímida e sabia que ela iria se fechar se ele  dissesse algo.
Hinata sentou na sala próximo ao seu irmão, iriam aguardar o convidado.
Já havia passado uma hora do que havia combinado com o vizinho e Neji decidiu se pronunciar.
- Hina, vamos jantar estou com fome.
- Vamos sim, acho que o convidado não vem,  tomara que ele esteja bem. - Falou com uma tristeza no olhar.
Sentaram na mesa e deram graças, apesar de Hinata estar triste por seu vizinho não ter ido ela era grata por seu irmão, ele foi seu salvador, se não  fosse por ele ela não estaria mas viva hoje, não psicologicamente.

Deixem sua opinião, é se tiver algum erro me avisem.