capítulo 5

512 34 2
                                    

Incrédula, a única que palavra que encontrei que fazia jus ao que sentia, era como se tivesse recebido a notícia de alguém que morreu e não conseguisse acreditar, no caso era ao contrário, aparentemente tinha voltado do mundo dos mortos, creio não ser esse o termo apropriado levando-se em consideração o fato de que ele não chegou a morrer, meus pensamentos estavam a mais perfeita confusão, não sabia o que pensar, o que fazer, aquele estado de incredulidade me tomava por inteiro.
Precisava pôr meus pensamentos e sentimentos em ordem, primeiro de tudo: Rio estava vivo, não havia conseguido assimilar essa informação enquanto estive com ele pois sua presença me afetava, longe de seu corpo parecia ser mais fácil, logo perguntas começaram a brotar na minha cabeça, comecei a andar de um lado para o outro naquele apartamento.
Porra! Rio estava vivo, e queria fazer parte dos meus negócios.
Como isso se quer seria possível? Sendo que nem eu mesma sabia o que se daria com meus "sócios", tendo em vista que a maioria deles só começaram a trabalhar para mim após a morte de Rio e todos ficaram sabendo que eu o havia matado.
E agora? Puta que pariu!
Isso não pode estar acontecendo. Filho da puta daquele agente Turner, devia ter terminado o serviço. O culpo porque não quero culpar a mim mesma.
Oh Deus! E as meninas, o que vai ser delas?
Reah e Lucy não o conhecem, será que ele vai querer conhecer elas? Ruby e Annie, o que vão achar disso? Talvez seja melhor eu não falar sobre o beijo. E Dean? Devo contar a ele que Rio está vivo? Mesmo se eu não disser nada é inevitável que descubra em algum ponto. 
Minha mente não tinha um minuto de sossego e ainda por cima para piorar não conseguia parar de pensar nos momentos que antecederam sua súbita saída, o beijo, ele me beijou e eu retribui e ainda queria mais.
Toquei nos meus lábios e um arrepio percorreu-me dos pés a cabeça, fechei meus olhos e me encostei no balcão a procura de apoio, sentia falta do sexo com ele, isso era óbvio, tendo em vista que ele foi o melhor homem que já tive o prazer de ter na minha cama mas ao mesmo tempo que o desejava o odiava na mesma intensidade, ele não era o cara ideal mas convenhamos que sabia exatamente como me excitar, e não apenas sexualmente, me dava crédito, me incentiva mesmo que fosse para fazer coisas ilegais, acreditava no meu potencial, só ele conseguia com apenas uma palavra me fazer se sentir poderosa, desejada, sexy, coisa que Dean nunca fez nem mesmo no início do nosso namoro.
O quão fodida era essa nossa relação?
Rio podia me tratar como uma chefe, uma chefe fodona, o que eu realmente havia me tornado após anos me guiando por seus conselhos, mas não sei se falava sério quando disse que trabalharia para mim, a ideia até me animava mas acompanhada do ânimo vinha a incerteza, não conseguia ver isso acontecendo, somos parecidos demais para conseguir obedecer sem questionar. Mas o que mais me preocupava era o fato de ainda não conseguir parar de pensar no nosso beijo, isso era fodido demais, tentei me concentrar em outras coisas que não fossem seus lábios nos meus, ou seu corpo, aquele corpo másculo, aquela barba, que quando ele chegava lá embaixo me causava arrepios, me repreendi por pensar nisso, não devia me deixar levar por esse tesão que sentia. Soltei um longo suspiro, abri meus olhos, vi primeiro a arma jogada no chão, então olhei para a  porta e pra janela, fui primeiro até a porta, trancada, depois até a janela. A vista era esplêndida provavelmente estava na  parte rica da cidade, porque havia prédios enormes abaixo, estava no topo de algum prédio residencial ou um escritório, não sabia dizer, não haviam prédios na mesma altura onde me encontrava. O sol começava a nascer, se não estivesse ainda presa, e não tivesse a consciência de que Rio estava vivo a poucos metros de mim poderia apreciar a vista, mas olhando a aurora tudo o que conseguia pensar era, como continuar após isso?
A porta se abriu, e entrou aquele cara que antes estava com Rio e Cisco.

-Cisco, eu quero falar com ele. Onde ele está?
-Desculpe senhora, ele me mandou apenas te levar pra casa.
-Casa? Não vou pra casa enquanto não falar com ele.
-Senhora, tome um pouco de água.
-Acha que sou idiota? Sei muito bem que deve estar batizada com algo, qual é, cisco? Nos conhecemos. Por favor, peça aquele filho da puta do seu chefe…
O outro pegou a arma mas Cisco segurou sua mão e falou em um tom mais baixo:
-Precisa ter cuidado perto desses outros, senhora Boland, são novos, devotos, não te conhecem, podem interpretar mal. -Deu um suspiro.-Vou falar com ele
-Obrigada!

The New Bosses On Kingdom -Good GirlsOnde histórias criam vida. Descubra agora