Capítulo 8 - Pedido de namoro

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- Coisinha fofa da Emilly. - limpo as lágrimas. Acaricio o rosto dele. - Você realmente daria um bom namorado, se ignorar o fato sobre a sua perversão…

- Eu só sou pervertido desse jeito com você. - saio do colo dele. - Podia ter ficado mais.

- Coloca um travesseiro no colo, por favor. - balanço a cabeça negativamente. Esse tarado. Tem uma mente muito fraca.

- Foi mal. - faz o que pedi.

- Qual será a cara do Nathan quando você me pedir em namoro? - sonho acordada. Na minha imaginação o Nathan sai correndo do local, chorando e gritando "ela ainda será minha!"

Minha imaginação é fértil de mais. Melhor que isso só seria ele dando um soco no Rick dizendo que eu pertenço a ele.

Sonhar às vezes dói.

- Com certeza vai ser um surto. Mas você tem que me dar um beijo pra ele acreditar. - faço careta. - É tão horrível assim me beijar? - faz um o seu biquinho fofo.

- Eu não quero te beijar mesmo, não é nada contra você, eu só não consigo beijar alguém que me ensinou o que é sexo.

É impossível beijar alguém que chegou em mim e disse: Emilly, descobri que o pinto e a periquita não servem só pra xixi.

Essa foi a conversa mais estranha entre nós dois. Depois o Rick contou tudo pro nosso amigo loiro, que disse que já sabia porque leu em um livro. Mas claro, a parte sobre sentir prazer ele ainda não entendia. Só entendeu quando o tarado do grupo descobriu e contou para ele como "se aliviar". Rick também me proibiu de me aliviar, porque ele achou que eu continha uma inocência que não poderia ser apagada.

- Precisamos dar um beijo, Emilly. - sorri de lado.
- A gente pode fingir se beijar igual fizemos aquele dia. Você sabe, colocando a boca na bochecha. - mesmo isso sendo estranho de mais. É tão diferente beijar uma bochecha, em vez de lábios.

- É o que temos pra hoje. Vamos treinar? - como sempre, fico vermelha. - Não podemos fazer isso de qualquer jeito, ou vão descobrir. - puxa meu rosto para perto.

- Vamos fazer isso rápido. Meu pai tá ocupado, mas se ele aparecer aqui nos ferramos. - concorda acenando com a cabeça. Sorte que meu pai está cuidando da pequena horta dele atrás da casa e provavelmente o Phe esta ajudado ele.
Volto meu foco para o Rick.

Eu me aproximo da boca dele, encostando meus lábios no canto. Beijo aquele lugar, enquanto ele faz a mesma coisa que eu. Ele vira o rosto, me forçando para cada vez mais perto. - Rick, você tá quase… - sinto a mão dele acariciando a minha coxa, passando a mão por toda a parte da frente. Meu sangue gela, mas, infelizmente, isso atiça meu fogo. Mas é um fogo que não tenho vontade de apagar com ele.

- Você é tão maravilhosa. - encosta os lábios nos meus e tenta me beijar. Tá, agora ele vai apanhar
pra valer.

- Tá pensando o que, Henrique?! - o empurro e lasco um tapa na cara dele. - Você tava passando a mão em mim! Ah, mas eu vou te bater! - ele levanta da cama e corre até a da Melissa. - Não foge não!

- Emilly, eu não resisti! - preciso de uma arma pra acabar com ele. Um travesseiro pode servir. É, vai isso mesmo. Jogo o travesseiro na cara dele. - Você tem uma coxa tão macia e linda. - respira, Emilly, respira. - Vai fazer a décima respiração da Água? Virou o Tomioka?

  - Eu não faço a mínima ideia de quem é esse! E eu acho bom você começar a rezar pra um desses seus deuses.

- Beleza! Kami-sama, tasukete!

- Henrique, sai da minha casa. Agora. - aponto para a porta. - Você já fez coisas de mais pra um dia.

- Tá bom, tá bom. Te amo, linda. - sorri. Pega os sapatos e sai do meu quarto. - Tchau, Phellipe, Cris!

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