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Heriberto: Ele precisa ir para o hospital - falou levantando - precisa fazer exames, que só o pediatra pode fazer - pegou o filho com cuidado dos braços de sua filha - o seu pai está aqui meu filho... meu pequeno Arthur - puxou a filha com cuidado para os seus braços - estamos juntos... vamos sofrer... vamos chorar... mas vamos seguir - sorriu triste - por ela... por nós... por vocês farei o impossível... a mamãe te ama meu filho... te amou desde o princípio... te amou muito antes de existir... assim como ela desejou, será nosso Arthur... nosso principezinho.

Emma chorou agarrada ao pai e se afastou.

Emma: Vou levá-lo para o hospital... não se preocupe, vou cuidar dele e irei com um dos seguranças - ela pegou o irmão outra vez e saiu.

Andrew entrou na casa depois de ter passado pelo pequeno.

Andrew: Tudo pronto meu filho... já avisei aos amigos mais íntimos dela... ela já está no local que escolhi para ser velada... estou aqui meu garoto - ele sentou ao lado do filho.

Heriberto: Obrigado pai - se encostou no sofá suspirando - está tudo acabado... finalmente a Bárbara conseguiu o que tanto tentou... tirou a vida da mulher que amo... destruiu minha vida - chorou - meu filho é um bebê e não saberá o que é ter uma mãe... primeiro a Emma... agora nosso menino... por que isso está acontecendo?... por que?... eu... eu não sei mais o que fazer... estou sentindo essa dor me rasgar... me dilacerar... ver minha filha sofrendo, está acabando comigo.

Andrew puxou ele para seus braços e o apertou forte.

Andrew: Chore meu filho... sofra... não é fácil o que você está passando, mas se erga, seus filhos precisam de você, principalmente Emma... do bebê nós cuidaremos... por ela... se erga por ela que te pediu isso... ela quer que seja feliz... eu nunca conheci alguém assim, ela só pensou em vocês.

Heriberto: Eu sei que precisam... estarei aqui por eles - sussurrou abraçado ao pai - como serei feliz sem ela pai?... como ser feliz se perdi a mulher que tanto amei e amo?... a mulher que deu significado à tudo que sou... que sinto - soluçou chorando - Victoria foi o meu único e verdadeiro amor... cuidarei dos meus filhos... e vou trabalhar... serei apenas pai - falou secando o rosto - o homem morreu... foi junto com o amor da minha vida... com a única mulher que amei... que me amou... nada mais importa - falou levantando - vou tomar um banho e sair... quero ficar com a Vicky... quero cuidar dela... não posso lhe deixar sozinha - soluçou chorando.

Heriberto estava sofrido, tinha o peito rasgado pela forma brutal que sua esposa havia sido arrancada de seus braços. Ela foi abandonada para morrer de forma dolorosa e desumana. Não viu o filho deles, teve um parto complicado e esteve ali nas mãos de uma assassina, sozinha. Onde ele estava que não impediu tal atrocidade? Havia falhado como homem... marido e como pai... agora seus filhos ficariam sem mãe... Arthur cresceria sem o amor de sua mãe, que tanto lhe desejava, que estava disposta a dar sua vida por ele e o fez. Victoria havia sido a alma mais bondosa e iluminada que havia conhecido em toda sua vida. Foi ela quem deu sentido à tudo que se transformou. Ela quem iluminou suas trevas... lhe deu duas maravilhosas razões para existir e seria por eles que seguiria... nada mais importava.

O corpo já tinha sido preparado para o velório, estava em um local bonito. Apesar do momento ser o mais terrível possível, Emma cuidou do irmão junto com Alice, que não parava de chorar. Elas levaram ele para casa, compraram tudo que ele iria necessitar e o deixaram aos cuidados da governanta da casa, que trabalhava com ele há anos. Depois foram se despedir de Victoria.

Helena já estava do lado de Andrew, segurando a sua mão. Ela via Heriberto próximo ao caixão e seu peito estava apertado.

Emma se aproximou com o coração dilacerado, passou a mão no rosto da mãe e lhe beijou no rosto.

Te Amo y Te Amo - Victoria y Heriberto (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora