Quando você perde seu melhor amigo para o suicídio, é devastador. Quando você não vê mais ele na escola, é humilhante.
E quando você recebe mensagens dele depois de sua morte, é assustador
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O dia começava cinzento. As nuvens se acumulavam lentamente sobre a cabeça das pessoas, formando uma camada cinza e triste de algodão que ameaçava chorar. Os passos do garoto eram leves e arrastados, e seu corpo pedia para não continuar naquele caminho rotineiro e entediante, mas infelizmente tinha que continuar, ou tomaria uma bronca de sua mãe por ter matado aula. Mas quem poderia culpar o pobre menino? Tão novo a já havia presenciado tamanha desgraça em sua vida.
JiMin, era assim que se chamava o jovem que, ao cruzar a rua e ver o grande prédio acinzentado repleto de pessoas dentro, suspirou fundo. As viaturas policiais indicavam que havia algo acontecendo, e os olhares de perdão e tristeza que se direcionavam ao loiro mostravam que, qualquer qual fosse a situação misteriosa atual, envolvia o pobre rapaz. Sua sala estava tagarela, porem eram cochichos e sussurros que pairavam pelo ar, enquanto alguns montinhos de pessoas se espalhavam pela sala, afastados de um canto específico do cômodo, o canto aonde JiMin se sentava. Ao por seu material na carteira dupla, olhou para a cadeira vazia ao seu lado, a cadeira em que, naquele momento, um garoto de cabelos bagunçados e dono de um belo sorriso quadrado deveria estar sentado.
"O que está acontecendo?" Você deve estar se perguntando, para entendermos tudo isto, vamos voltar ao começo da semana, por volta das 3 da tarde, o momento em que a vida de JiMin mudou completamente...
Para pior.
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-Foi difícil encontrar o corpo – O policial dizia, cruzando os braços e mantendo contato visual direto com a mulher em sua frente – O quarto estava extremamente bagunçado, e escuro, então ele se mesclou com a paisagem durante uns bons 20 minutos.
O homem falou, sem mostrar um pingo de reação ou emoção em sua voz. As fitas amarelas estavam enfeitando a porta de entrada da casa, que estava sendo revirada de cabeça para baixo por um grupo de investigação em busca de pistas. Na frente da construção havia 4 viaturas policiais, porém somente o sargento estava na calçada, conversando com um grupo pequeno de 6 pessoas, que ouviam tudo com lágrimas nos olhos, e mentes confusas.
Aquela casa, que era bela por fora, era a casa da família Kim, pessoas respeitadas pela cidade, conhecidos por serem gentis e terem o que chamavam de "vida perfeita". Dentro daquela casa, havia andares, dentro dos andares, cômodos, e um deles era um quarto que sempre estava impecável, bem arrumado e transbordando uma alma juvenil, aquele quarto era o quarto de Kim TaeHyung, o melhor amigo de JiMin. O melhor amigo cuja o corpo havia sido encontrado naquele mesmo quarto, agora bagunçado e desarrumado, em meio a uma pilha de roupas que se encontravam no chão, com a garganta cheia de marcas roxas, e os braços com cortes ensanguentados.
"Suicídio", era o que todos concluíam, e o que haviam convencido o pequeno Park de que era, TaeHyung tinha se matado no horário da manhã, em sua própria casa, depois dos pais e irmão mais velho terem saído achando que o membro mais novo da família estava "gripado" e precisava descansar. Todos ali se sentiam culpados, pois achavam que podiam ter evitado aquela morte que agora, iria assombrar a vida de todos ali, mas os policiais diziam que mesmo se tivessem ficado em casa, nada teria sido diferente.
