Baby You Are ↬ Kaisoo ↫

↬ A conversa ↫

De todas as pessoas do mundo, Kim Jongin foi a pessoa que havia conquistado o seu coração, e isso era bom e ruim ao mesmo tempo.

Era bom porque Jongin era a pessoa mais maravilhosa do mundo por quem poderia ser apaixonar, era dono do sorriso mais lindo que o próprio nascer do sol, de uma risada um pouquinho esquiçada, mas tão gostosa de ser ouvir e de uma voz de anjo – a qual tinha o prazer de ser um dos poucos apreciadores –, isso tudo sem falar de como dançava como um verdadeiro anjo. Jongin era capaz de dançar qualquer coisa com tanta leveza e beleza, que só de olha-lo, seu coração ficava mais lento por tamanha beleza.

Entretanto, se por um lado era bom ter se apaixonado por Jongin, pelo o outro, era ruim.

Se conheciam durante uma vida, sempre foram inseparáveis, tinham suas próprias coisas, como assistir filmes clichês, ouvir músicas que mais ninguém ouvia, e de sempre dormirem juntos. Não que em alguma dessas diversas ocasiões houvesse acontecido algo, longe disso, sempre tiveram o maior respeito um pelo outro, mas, dizer que seu pequeno coração não batia mais forte toda vez que viajavam ou por algum motivo, Jongin dormia em sua casa, dormia abraçado assim, seria a maior mentira do mundo.

Por tudo isso e mais um infinito de coisas, havia o medo em seu coração de contar tudo, abrir o jogo, e além de ser rejeitado e ter seu coração magoado, também perder o seu mais querido e precioso dos amigos.

– Você consegue, é só chegar lá falar. O pior que pode acontecer é um não, apenas isso.

Kyungsoo repetiu para si mesmo pela terceira vez na porta cafeteria, aonde havia marcado de se encontrar com Jongin, para finalmente, depois de meses planejando como iria falar, como iria reagir caso fosse rejeitado com a ajuda de Yixing, para ter está conversa com Jongin, e, finalmente se declarar para ele.

E está última parte do plano era o que realmente lhe deixando de cabelos em pé, nunca foi bom em falar de seus sentimentos, quem dirá, se declarar para alguém, porém, era o único jeito que restava, todas as tentativas – discretas – de fazer Jongin o notar, perceber tudo, haviam falhado vergonhosamente depois que se deu conta que a forma que o via, não era a mesma forma que via os outros.

Foi difícil aceitar que a linda amizade de ambos, para si, não era apenas amizade, era algo a mais, algo mais forte e verdadeiro, que o fazia ficar com o olhar bobo, com as bochechas rubras e tímido todo vez que ele estava por perto, isso sem falar na forma que seu coração batia forte toda vez que o via ou sentia seu delicioso perfume, cujo, consegue ser ao mesmo tempo forte e ter uma fragrância agradável.

– É agora!

Kyungsoo disse para si, incerto ainda, mas não podia ficar o resto da vida plantado na porta da cafeteria, além disso, já estava atrasado, então andou até a porta do comércio e a abriu fazendo o pequeno sino pendurado em sua frente, badalar.

Nervoso, e um tanto ansioso, Kyungsoo passou a mão no casaco que vestia e conferiu se estava tudo certinho com as suas roupas – escolhidas a dedo para estar com uma boa aparência sem parecer que estava todo arrumado – e entrou na cafeteria deixando a porta se fechar sozinha, o mais devagar que pode – sem deixar aparentar que estava andando devagar propositalmente – seguiu em direção a mesinha de canto onde Jongin estava sentado tomando um copo considerável do que certamente seria um café bem grande com um generoso pedaço de bolo como acompanhamento.

E por mais nervoso que estivesse, vê-lo assim, fez um largo sorriso surgir em seus lábios.

Não era segredo para ninguém na face da Terra o quanto Kim Jongin amava comer absolutamente tudo que aparecesse em sua frente, e de como, às vezes, se sujava com isso, o que não era nenhum problema para si, que, talvez, só talvez, por saber desse amor incondicional por comida do amigo, e por já amar cozinhar, juntou o útil ao agradável e quase todo final de semana fazia algo para os dois, algo que, na maioria das vezes, era frango frito, a verdadeira e única grande paixão de Jongin.