Capítulo 1

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- Ok, ok, ok! Eu vou contar...

                    O começo

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                    O começo

[ "A típica história da garota não notada? Poxa, essa eu conheço!" Espera, tem certeza? Eu acho melhor te contar desde o início...]

Como toda história de princesinha, eu tenho a minha! Mas calma, ela é um pouco diferente do que todos imaginam, ela não é um simples clichê comum, ela envolve muito mais que isso. É claro que você deve imaginar que eu tenho uma história mais ou menos assim:

"Era uma vez, num pequeno bosque encantado vivia uma linda princesinha de ouro, que se apaixonou por um plebeu que não podia ficar" mas, não tenho. Tá, então eu acho que eu devo começar a contar, certo? Como toda garota do ensino médio eu só queria focar na minha carreira acadêmica, (mentira, na minha escola a maior parte só quer ter um namorado bonito para se amostrar, e não estou julgando ninguém, mas é a verdade...) e na minha nada humilde opinião, ter um namorado só iria me distrair.

     Não querendo me enaltecer, mas eu era uma menina muito inteligente, pelo menos sempre me diziam. Mas baseado em contos clichês eu não parecia uma, não me vestia como uma nerd, sabe? Eu não era uma jeca, ah sim, EU CONHECIA A PINÇA!
Eu na verdade nem gostava do garoto mais popular da escola, eu achava (na minha total razão) que os garotos ali eram bem escrotos, (a maior parte). E essa parte faziam brincadeiras sem graça e tratavam pessoas como lixo.

Agora eu espero que você deva estar se perguntando, então qual a história dela? Ela não é a nerd comum, e não, eu também não sou a popular taxada como burra, a rockeira ou gótica, a garota mais rica da escola que vai ser sequestrada e viver com um bandido lindo e se apaixonar por ele, também não sou a que vai se apaixonar virtualmente e muito menos se apaixonar pelo irmão da melhor amiga. Então quem eu sou? Calma! Também não tenho um meio-irmão e nem um padrasto gato. Tá, eu tenho minha história, e não vai ser contada como uma dessas, eu quero criar a minha própria.

Por mais que eu seja inteligente, eu não sou a que fica babando pelo tal "popular" nos corredores.
Por mais que eu não seja a grande popular, grande parte da escola me conhece.
Por mais que eu não seja uma menina que vive sua vida, e infelizmente é taxada como oferecida/dada por uma sociedade machista, não quer dizer que eu ligue para opinião deles e deixe de viver a minha.
E por mais que eu não seja gótica, não quer dizer que eu só goste de rosa, ou só use preto.
Por fim, por mais que eu não vá ser sequestrada para viver com um bandido que me apaixonarei, não é como se eu não fosse ter um dia um romance turbulento como tal.

Uma história não precisa ter um começo bonito e certo para ser uma história. Também não precisa ter o perfeito fim onde os principais terminam juntos e felizes.
Afinal, para essa felicidade no final de cada livro ou filme é incrível como alguém sempre tem que sofrer ou morrer.
Acho melhor eu começar logo porque estou me exaltando, né?

Fechei meu computador deixando-o em cima da mesinha e tirando o sutiã que tanto apertava meus seios, permanecendo apenas com minha blusa e calcinha. Eu estava escrevendo uma história, uma história não tão comum, uma que não tem um começo exato, e nem um fim proposto.
A história da minha vida. "Por que, Maddy?" Acho que toda menina sonha/sonhou em ter seu lindo clichê, viver num conto de fadas ou ser a garota focada nos estudos que se torna bem sucedida no final. Eu também!

Como uma paixão passageira, com 10 anos achei que viveria meu romance com meu melhor amigo, Lucas, mas não. Acabou que eu descobri que ele era apaixonado por uma de minhas melhores amigas, Luyse. Quando eu tinha 14 anos achei que viveria meu romance com meu professor de biologia, até que ele se casou. Pensei então que eu deveria ser a nerd bem sucedida, mas desisti ao perceber que eu não precisava disso, eu não preciso de um clichê exato, só preciso ser uma menina normal e ficar com um cara legal. Sem romantizar a ideia de que só irei ser feliz assim (se tiver um clichê).
Afinal, se eu queria criar a minha história (ou pelo menos viver uma que eu iria me lembrar com orgulho), deveria ser eu mesma, né? Não que eu fosse "uma burra" ou algo do tipo, eu na verdade tirava notas boas, mas também não era "A Nerd".
Eu queria surpreender a mim, a questão era: o que de novo e tão interessante poderia surgir em minha vida?

6:00h da manhã

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23/08/2020 (Vinte e três de Agosto de Dois Mil e Vinte)

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