Capítulo 7

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Capítulo sem revisão

Lys

As meninas me buscaram no aeroporto e eu decidi que queria ir para a minha casa. Era estranho pensar, por muito tempo eu só tive um quarto na boate, e agora, Kate e Lucy me deram a casa que antes era delas, eu tenho um emprego decente, e pessoas que se importam realmente comigo, eu nunca me senti tão amada e cuidada, elas até me ajudaram deixar do meu jeito.

_ Parece que tem uns 20 anos que saímos daqui _ Kate fala assim que entramos na casa _ e tão sua cara Lys.

_ Eu acho que era esse o sentido de comprarmos essa casa, faríamos isso um milhão de vezes _ agora foi a vez da Lucy falar _ mas então, o que tem pra comer aqui nessa casa? _ essa amizade era tão improvável, as vezes agradeço ao ex namorado da Kate.

Que inclusive foi preso esses tempos atrás e as meninas conseguiram recuperar o dinheiro delas, porque ele teve que pagar uma indenização pesada pra elas. Mas se não fosse ele eu não teria conhecido elas, Lucy não teria feito Anna se entender com a mãe dela, talvez a casa não tivesse pegado fogo e Alberto não teria cuidado da Lucy e entrado nas nossas vidas. E eu definitivamente não teria as amigas mais foda do mundo, e os sobrinhos mais maravilhosos.

_ Lys, tem comida nessa casa? _ Anna pergunta estalando os dedos na minha frente _ eu em, essa menina é meio doidinha. _ eu rio.

_ Vou aqui no mercado e busco. _ falo procurando a carteira.

_ Deixa, a gente pede pronto, estamos precisando colocar o assunto em dia. _ Kate fala.

_ Eu já pedi, então vamos só aguardar _ Anna balança o celular e todo mundo se pergunta como ela havia feito isso tão rápido _ o que? Eu sabia que não tinha nada, Lys e pior que meus filhos, adora uma porcaria, então já adiantei. _ tudo que conseguimos fazer foi rir.

A comida acabou de chegar, estamos no sofá da sala e o assunto ainda gira em torno de filhos. Porque agora todo mundo tem uma penca de criança então, aí já sabe, o assunto rende que é uma beleza.

_ Ainda sinto que a adaptação da Delayla vai ser muito complicada, o povo ainda tem muito preconceito com a síndrome de down _ Anna morre de amor pelos filho, e o maior medo ultimamente tem sido esse.

_ Sei que vai, mas vocês são incríveis e vão dar conta _ Lucy afirma _  e outra coisa, ela é a coisa mais linda.

_ Eu acho que o sistema de adoção tem que mudar _ falo sem perceber e todo mundo me olha esperando que eu continue, então decido fazer _ assim, ainda tem que ser burocrático e rígido sim, mas eu acho que isso deveria ser mais rápido, tem gente que passa por muita coisa antes de enfim adotar, eu conheço pessoas que demoraram meses pra consegui pegar as crianças depois da adoção. Fora que essa burocracia faz com que eles fiquem maiores e não sejam adotados. _ concluo.

Todo mundo concorda, mas infelizmente essa é a lei hoje em dia, onde quer que você vá tem esse impasse para a adoção. Ficamos sentadas nesse sofá por um bom tempo, até minha campainha tocar e Alberto aparecer meio confuso olhando para esse tanto de gente na casa.

_ Eu posso vir depois. _ é a primeira coisa que ele fala, e as meninas olham para a minha cara com uma interrogação imensa pairando no ar.

_ Não, tudo bem, a gente já vai indo _ Anna sai meio arrastando as meninas meio despistando que não estava arrastando elas _ as crianças estão com saudade, apareça depois. _ termina mas ela já estava longe demais para que ele se quer tivesse como responder.

_ Entra _ dou passagem e sinto o cheiro que ele sabe que eu amo, eu queria matar ele porque sei que ele fez de propósito. É como meu descontrole com bolo de chocolate, eu amo, eu até consigo me privar de tudo, menos do bendito bolo _ quer comer alguma coisa?

_ Quero, por favor. _ senta no sofá e já vai se acomodando. Eu poderia me acostumar com essa vista pra sempre, tipo ele de cabelo branco e eu também, mas pensar que talvez minhas estatísticas não cheguem tão longe me deixa deprimida e um pouco revoltada com o destino.

_ Se vai ficar me desejando assim pelo menos me entrega minha comida _ o convencido fala.

_ Ah, se orienta Alberto _ entrego as coisas pra ele tentando ao máximo não encostar nele _ vou ali trocar a roupa tô até agora com a roupa de viagem fique a vontade.

Alberto me olha e sorri, eu não sei agir normalmente na frente desse homem, ou eu fico igual estátua ou então fico igual doida. Queria tanto ter conhecido ele antes de toda essa confusão, na verdade sem nem sem essa confusão, eu tenho medo de que alguma coisa aconteça com ele, com as meninas ou os bebês, eu sinceramente não sei como agir.
Volto pra sala e Alberto agora estava mexendo em alguma coisa no celular, totalmente descontraído.

_ Voltei _ passo na cozinha pego uma água e sento no sofá em frente _ então, chega de enrolar. _ eu estava com as mãos suadas e o coração acelerado. Em um movimento rápido Alberto para na minha frente, o cheiro dele me deixa tonta de desejo.

_ Por que você mexe comigo assim hã? _ a voz dele sai tão baixa que quase não entendi _ por que eu não consigo me controlar perto de você?

_ Alberto _ sussurro seu nome _ você veio para ouvir a história _ apesar de ter dito isso minha boca queria mesmo dizer para ele me beijar e esquecer isso tudo _ se controla. _ peço.

_ Tá dizendo para eu me controlar ou você? _ pergunta. Parece que não ouviu mais nada, só essa parte.

_ Ambos. Por favor Alberto, não faz isso. _ peço quase implorando.

_ Não fazer isso? _ beija meu ombro, eu já tô toda arrepiada _ ou isso? _ sobe a boca para o meu pescoço _ Lys, Lys, você é a minha perdição sabia.

_ Para por favor. Deixa eu falar Alberto _ ele continua me beijando.

Eu quero me entregar, é tudo que eu mais quero na vida, cada célula do meu corpo quer fazer isso, eu não sei resistir ao Alberto, mas eu preciso aprender, eu tô tão quebrada que nem a melhor cola é capaz de me colar nesse momento, porque eu sei que a partir do momento que eu disser isso pra ele tudo vai mudar, não importa o quanto ele diga que não, mas eu tenho certeza absoluta que tudo dentro dele vai mudar, a forma como ele me vê, vai mudar, e isso vai machucar nos dois, eu sei que vai, e eu sei que depois disso tudo ele vai me proteger ainda mais, só que eu não estou aguentando mais, eu preciso falar, e não pode ser com a minha mãe.

_ Lys, eu quero você pra mim, me dá uma oportunidade de te fazer feliz e eu prometo que não vai se arrepender. _ eu queria dizer "sim, eu deixo, e sei que não vou me arrepender" mas o que eu disse foi:

_ Eu era abusada pelo meu pai e ele matou meu irmão só porque ele era gay. _ Alberto ficou gelado, logo ele afastou de mim com um olhar de espanto. Eu sabia que isso ia acontecer.

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Gente de Deus, só hoje que fui perceber que o capítulo de quinta não tinha sido postado, o Wattpad deu um bug, e eu bem achando que tinha subido o capítulo 😱 senhor, perdão por isso, amanhã posto mais um pra compensar essa demora, sei o quanto é péssimo esperar por um capítulo e o autor não colocar, espero que me perdoem, aproveitem o capítulo. 💖 Não esqueçam de curtir e se quiser pode comentar, tento sempre responder vocês ❤️ beijão, fiquem com Deus

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