Strogonoff

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Strogonoff de Strogonoff

— Eu sou Erickson Cruz. Eu sou russo e eu era primo de terceiro grau do Fernando Pinheiro. Você poderia me dar mais detalhes sobre a relação que ele tinha com Vanessa Crispim?

_O homem de cabelos negros e roupas de flanela perguntava para uma senhora jardineira do bairro Ibirapuera, supostamente conhecida do Fernando._

— Ele era amigo dos meu filhos. Ora ou outra Alexander e Klaus me contavam sobre as dificuldades que ele passava com a esposa. Ela nunca o apoiava em nada, todo dia queria receber presentes caros como jóias, flores. Eu diria que era apenas interesse da parte dela.

— Muito obrigado senhora, Felícia. Esses fatos vão nos ajudar a fazer justiça. Uma boa tarde.

_A senhora entrou dentro da loja e o homem se aproximou de outra mulher com um bloco de notas, ela já estava o esperando._

— Alice, as informações que a dona Felícia deu acusam a Vanessa de interesseira. Não acho que isso possa provar alguma coisa.

— Considere que tudo que você tem além disso é muito pouco comparado ao que a gente precisa, de fato. Pense um pouco. Revise o que já temos. A família do Fernando, como era mesmo?

— O Fernando era professor de biologia em uma universidade no bairro Flores, a UNIPESP. Sua mãe, Madalena Pinheiro, é costureira do Palácio D'Abelle, aquele empório de moda. O seu falecido pai, Gilberto Pinheiro, faleceu por derrame há 10 anos atrás. Fernando tinha dois irmãos mais novos, Heitor e Adelaide, atualmente ela tem catorze anos e ele tem 22. Supostamente Fernando foi assasinado pela ex-esposa por conta do divórcio, e o que os boatos apontam, houve traição da parte dele com alguma mulher do bar que ele frequentava.

— E o que nós queremos saber é?...

— Quem é a amante, e ter certeza de que a ex-esposa realmente matou o Fernando.

— Certo.

( O telefone-celular do detetive toca, e ele atende com dificuldade.)

— Alô amor.

^^Querido... Quando você volta para casa? Já está escurecendo.^^

— Não se preocupe querida, está tudo em ordem, entretanto terei que ficar mais um tempo trabalhando neste caso. Até às 22 horas estarei em casa com vocês, tudo bem? Mande um beijo para as crianças.

^^Ai Fabrício! Você nunca tem tempo pra ficar comigo! Esse seu emprego está passando dos limites, já passou de 8 horas. Não digo mais nada sobre o assunto, uma boa noite.^^

~~~ela desligou na cara dele~~~~

— Alice, vou estender o horário para meia noite hoje. Pretendo visitar o bar que Fernando frequentava. Talvez a moça esteja lá.

— Mentiu para a esposa?

— Ela precisa entender que o meu trabalho vai acima de tudo por aqui. Vamos, temos que passar pela Rua 15.

— A Rua 15, chefe?

— A Rua 15.

_Eles passam devagar com o carro até a Rua 15, estava escura, foi possível enxergar a silhueta de um homem passando tranquilamente. Eles pararam o carro e abaixaram o vidro. O homem com aparência de traficante e o cabelo loiro ajeitadinho se aproximou._

— Fala, parça.

— Jaime, o maior imbecil da cidade, o que você quer agora? Um soco?

— Calma Fabrício. — Disse Alice, tentando tranquilizá-lo.

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⏰ Última atualização: Jan 03, 2020 ⏰

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