Naruto foi pro seu apartamento. Os cortes em seu peito ardiam tanto quando os de seu rosto. Sequer havia pedido a Tsunade para cura-lo, pois já sabia que ela não poderia. Um ser mestiço era imune aos sons dela, o que não vinha ser um problema, pois sabia que após uma noite de descanso, estaria sem qualquer marca no vodka que havia abandonado horas atrás. Constatou que pela metade, e e tornou de uma única vez. Sentiu uma pequena tontura devido a bebida, e fechou os olhos sentindo seu pequeno mundo girar a sua volta.Ficou em estado de torpor, lembrando dos momentos anteriores. Seu corpo ainda estava quente, mas não da luta. Foi dos braços dela... Hinat... Um anjo lindo, como ele mesmo dissera. Seus olhos pareciam pérolas. Seu corpo bem definido ja seria uma tentação para um homem, quanto mais para um demônio.
Ainda sentia os seios fartos precionados contra seu corpo, o calor dos braços dela o envolvendo, as batidas do coração descompassada, a respiração pesada, que foi se tranquilizando aos poucos, próxima ao seu pescoço, e o cheiro doce de natureza que vinha dela.
-'Perfeita'... Ele pensou... 'Perfeita demais para alguém como eu...'
Sentiu-se sendo observado novamente, mas dessa vez não ergueu os olhos. Tirou lentamente sua capa, mostrando músculos bem trabalhados. Rasgou o que restava da sua camiseta, ficando nu da cintura pra cima.
Internamente ele sorria, sabendo que ela ainda estava olhando. Poderia um anjo querer algo com um demônio ou seria apenas uma demonstração de gratidão? E excitação depois de tudo que aconteceu?
Continuou com aquela suave provocação, lentamente tirou as bostas, e em seguida, o cinto, abrindo o botão da calça e o zíper. Nesse momento, sentei que sua admiradora havia se desligado. Por um estante suspirou, mais ficou extasiado quando, depois de poucos segundos, sentiu novamente os olhos dela sobre ele.
Dessa vez mais sutil, porém estava lá. Como se ela lutasse contra a própria timidez. Quase sentia a excitação dela quando tirou as calças, ficando apenas com uma box preta bastante definida, mostrando o corpo bem definido.Sentou-se no sófa. A ideia de que ela o admirava estava deixando o rapaz exitado. Passou as mãos por seu peito. As marca do ataque de logo mais já não sangravam, e em pouco tempo não sobraria mais do que uma discreta cicatriz. Passou as mãos por suas pernas, como se massageasse os músculos após um exercício demorado. Percebia as flutuações dela, hora aumentando, hora diminuindo sua atenção sobre ele. Aquilo o divertia...
Acariciou-se assim por algum tempo, ja estava bastante exitado, e sentia seu pênis latejando dentro do tecido, então resolveu segui a diante. Passou a tocar-se por cima do tecido, tirando a cueca logo a segui, sentando-se nu no sofá. Sorriu ao sentir toda a atenção da menina voltada sobre si. Mesmo a distância, mesmo com uma parede entre eles, mesmo sentindo a timidez dela, ainda assim sentia sua excitação, e estava se deliciando com aquilo.
Passou a se masturbar lenta e suavemente, mas com movimentos firmes... Acariciando o próprio pênis envolto em sua mão com ritmo... Vez ou outra alterava as mãos, gemendo baixo. Ousado, murmurou o nome dela, sabendo que ela reconheceria o movimento de seus lábios. Sorriu... Gozou com força apertando os lábios para não gritar. Sorriu novamente. Ela havia assistido tudo.
Em seu quarto, um andar acima, uma menina de olhos prateados estava deitada na cama, vestindo apenas uma camisola leve. Olhos fechados e suspirando. Corpo suado... Penas levemente entreabertas, ainda trêmulas, dando espaço a seus dedos que instantes atrás tocavam sua femilidade delicadamente, inspiradas pelos movimentos do jovem a que admirava naquele momento. Tivera seu primeiro orgasmos junto ao dele...
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Um ferro velho abandonado. O lugar cheirava a óleo diesel. Jovens sentados em peças de lataria de carros enferrujados, bancos, latas de tinta, sofás velhos. Alguns fumavam pequenas pedras em cachimbos e tinham convulsões segurando a fumaça o máximo que podiam em seus pulmões. Outros, com água de latrinas podres, preparavam com auxílio de uma vela e uma agulha, doses para serem injetadas. Ratos andavam em várias direções, procurando restos de comida.
Em um prédio próximo, dois homens conversavam.
Um deles, com a pele pálida, cabelos escorridos e língua bi-partida. Usava pulseiras e correntes de ouro, um terno de linho italiano, por sobre uma camisa de seda pura. O outro tinha uma capa cobrindo parcialmente o rosto, e marcas de maquiagem, dando-lhe feições de um felino.
- Então Kankouro – disse o homem de terno.-Quer dizer que você me chama aqui para resolver problemas seus?
Kankouro: -Não são apenas problemas meus, Orochimaru. Há tempos aquela região tinha sido deixada em paz, por conta de nosso acordo. Mas depois do que fizeram com meus homens, não posso deixar isso passar.
Orochimaru: -Quer dizer que um demônio está morando no condomínio da velha Tsunade? Que pitoresco...
Kankouro: -Não tem nada de pirotesco no fato dele ter mandado nove de meus homens pro hospital sozinho e de mãos limpas! – o tom dele era agressivo, quase aos gritos.
Orochimaru se aproxima da janela, contemplando a podridão e a miséria a que os jovens se submetiam devido ao vício. Sorriu, imaginando quanto dinheiro estava faturando com aquilo.
Orochimaru: -Eu pago você para manter meus negócios em ordem, Kankouro, não para me trazer problemas.
Kankouro: -Não estou te trazendo problemas. Só avisando que não me importa se seus velhos amigos, Tsunade e Jiraya moram lá. Eu não vou deixar isso barato.
Orochimaru: -Faça como preferir. Já há tempos não devo mais nada aqueles dois. Mas tenho aqui algo que talvez ajude a dar um pequeno ‘aviso’ a meus velhos amigos. Se eles insistirem em proteger o pequeno demônio, irão se meter em grandes problemas. – Virou-se em direção a um grupo de homens que o acompanhavam. Parecia serem seguranças pessoais.- Sasuke, por favor, venha até aqui.
O rapaz que se aproximou devia ter em torno de dezenove anos. Corpo forte, olhos profundos. A face séria e fria, cabelos negros arrepiados. Andava com as mãos no bolso, mostrando tranqüilidade.
Kankouro: -E você acha que essa criança vai me ajudar em alguma coisa? – ele riu.
Orochimaru riu também. Mas de Kankouro que, em um instante, estava com as costas no chão, um punhal atravessado rente a sua garganta. Sasuke mantinha o mesmo sorriso frio, mas seus olhos eram vermelhos como os de um demônio.
Orochimaru: -Pode soltar, Sasuke. -O rapaz se afasta, permitindo a Kankouro se levantar. -Como pode ver, é uma criança bem especial. Ele vai fazer um trabalhinho para nós, mandar um recado a princesa Tsunade e sua família.
Sasuke sequer se vira para encarar seu contratante. Matador de aluguel, acostumado a profissão, simplesmente retorna ao grupo de homens de confiança de Orochimaru, pronto para cumprir suas ordens.
(Continua...)
Cap 6- O ataque à família.
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Ruas de Fogo
FanficEm um mundo completamente diferente do nosso,onde seres humanos conviviam com criaturas de diversas espécies de forma natural e quase social, seres distintos eram parcialmente aceitos dentro da sociedade, apesar de vistos como causadores de problema...