Capítulo 2: Mantenha-se Vivo

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Os dias se passaram e finalmente chegou a cidade. Já era tarde da noite e preferiu passar a noite na taverna mais próxima. Não estava disposto a apresentar-se a essas horas e além disso, os aposentos da estalagem da Bota Furada era muito melhor do que da guilda em sua opinião mesmo não sendo grande coisa. Então foi direto para lá passando pelas ruas escuras de Damilor. O Jovem estava acostumado com a cidade o que o fazia ficar atento, pois a noite nunca foi o melhor momento para ficar perambulando. Muito comumente se via pessoas suspeitas andando pela escuridão da noite. Não era tão silenciosa, diferente do último vilarejo.

Na taverna, um cliente bêbado, dois rapazes desconhecidos e no balcão o taverneiro a observar quem estava chegando.

- Jovem Arim. Parece exausto. – Disse o dono da estalagem como quem estava entediado.

- Pois é. Poupe meu tempo e prepare minha estalagem. – Respondeu cansado. logo depois seguiu até sua estalagem e pôs-se a dormir.

Durante a noite, após ter passado cerca de algumas horas depois que tinha adormecido, Zyran entra pela janela, dentro do quarto, e o acorda sussurrando com um ar de exaustão. Seus olhos se abriram e na escuridão, abaixada, próxima a janela estava ela ofegante. A chuva ainda caía, trovões iluminavam o quarto repentina e repetidas vezes. Ela se aproximou e disse...

- Péssima hora para chegar. – Indagou enquanto ele ainda estava despertando do sono. Ficou imóvel e sem reação. "O quê ela faz aqui?" perguntava-se a si mesmo – Estão atrás de nós.

- O que? Do que está falando? – Perguntou ele logo em seguida ainda sonolento, mas ao mesmo tempo surpreso com a afirmação inesperada.

- Já faz cinco dias desde que partiu e aconteceram algumas coisas enquanto estava fora. – Arim não via aquele olhar desde que Zyran soube que seu irmão havia sido morto pelo Líder da própria guilda. - Temos problemas. Assim que eu soube que tinha chegado, Vim o mais rápido que pude.

Ele levantou-se, arranjou algo para seca-la e um lugar para se sentar. Ela aparentava ter passado maus bocados.

- Você está ferida? Por onde esteve? O que houve? – Exclamou Arim preocupado aos sussurros.

- Eu estou bem. O que conseguiu em sua viagem? – Indagou ela ofegante.

- Bom. O alvo foi eliminado como ordenado sem muitos problemas. Estou com a prova, mas isso não é relevante agora – Respondeu relutante. – O que está acontecendo?!

- Muito bom. Você realmente aprende rápido. Vai se destacar por ...

- ZYRAN!!! – A Interrompeu enquanto dizia essas coisas, ansioso por saber do que se tratava tudo isso. – Fala de uma vez. O que houve?

- Coyle... – Disse ela com um olhar pesado

- O que tem ele? – disse o jovem enquanto imaginava suspeitosamente do que poderia se tratar, pois Krynt Coyle se tratava do responsável e líder maior da "Cicatriz Vermelha". Guilda de assassinos da qual pertenciam. Já tinha causado problemas antes e para eles, coyle não é do tipo que se dê sua confiança mas não podiam contraria-lo afinal aquela guilda era tudo o que tinham.

- Ele quer nos executar e está pagando pelas nossas cabeças. – Disse ela com um ar de conformidade. Ele a olhava cada vez mais assustado com as informações. – bom... Enquanto esteve fora, houve cerca de cinco sequestros dos integrantes dentro da guilda e, dentre eles, uma era eu. Os sequestradores tentaram ocultar sua origem, mas pude identifica-los. Tratava-se dos "Sangue de Prata". Uma associação de mercenários profissionais. Estavam em busca de informações a respeito de coyle. Ele tinha financiado uma operação para executar um integrante importante dessa associação. As consequências seriam extremas pra ele e como você bem sabe, eu gosto de me informar, principalmente se tratando desse cara e tenho os meus meios então acabei sabendo. Os sequestradores queriam saber onde encontra-lo e qual o objetivo da operação. Estavam prontos para me torturarem, mas não foi preciso. Informei a eles sem demora.

O Filho das SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora