eoreum ui sarang | kth + jjk

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Em todos os seus 21 anos de vida, Jeongguk nunca imaginou que um dia sua "doença" afetaria tanto as pessoas ao seu redor, nunca imaginou que em algum momento a sua cabeça explodiria em milhões de pedaços tóxicos de dor e angústia.

Não era fácil, não era fácil ter a responsabilidade que sabe que não tem, não é fácil comandar em seu próprio instinto quando se tem autismo.

O Jeon a trinta minutos estava cochilando no sofá de sua casa amarela, a casa realmente aconchegante que seus pais construiram especialmente para que seu querido filho tivesse todo cuidado possível em tudo que ocorria do lado de fora.

As paredes eram macias, um abafador de som, o piso de carpete cor creme, o confortava tanto que tinha prazer de andar pela casa média.

Jeon morava com seus pais, os mais velhos ainda não pensavam na hipótese do menor se mudar para outro local ou morar sozinho, jamais.

Jeon cochilava como um anjo, seus lábios entre abertos e sua pele macia relaxada no acolchoado marrom, sentia uma paz que a tempos não sentia.

Até ouvir um estrondo repugnantemente alto vindo da porta, não sabia o que estava acontecendo, apenas sentou-se em um pulo sem saber o que fazer.

Não olhara para trás, não deu tempo, sua mãe já estava o puxando pelo braço com suas mãos em seus ombros, totalmente chocada e ciente do que aconteceria.

Era época de fim de ano, haveriam turnês por toda parte da cidade, então as pessoas não colaboravam nada em se calar ou abaixar o som.

Eles não eram culpados, eles não podiam adivinhar que dentro da casa que estava em frente ao som imenso, haveria um autista. Uma tremenda falta de respeito eu diria, mesmo tendo ou não, nao poderiam fazer isso de forma alguma.

A porta foi aberta por seus irmãos, que estavam embriagados, com certeza beberam até não poder mais, suas mentes estavam tão aguçadas e longe que não a fecharam. Com certeza faziam parte do som alto.

Enfim... já era tarde demais quando sua mãe tentou ajudá-lo a tirar suas mãos dos ouvidos e parar de arranha-la.

Jeongguk tinha fugido.

Pelas ruas barulhentas e claras.

Sozinho e sem pensar, só queria um lugar para descansar, um lugar calmo, um lugar que seus irmãos não o zoariam e tentassem o atacar com seus palavrões com odor de álcool e gritaria.