Dentenção

Não Deixe Que Ninguém Veja.

Aviso: Capitulo Único. Para maior de dezoito anos, contém: nudez, simulação de sexo, palavras de baixo calão e outras cositas más. 

Divirtam-se

°°°

Matheus entrava na sala de limpeza rapidamente e logo fechava a porta. Estava seguro e estava nervoso, não acreditava ainda que havia aceitado aquele convite. A luz se acendeu quando recebeu uma mensagem de Bia avisando que já estava indo. 

"calma que eu to enrolando a diretora"

"ta bom vem logo antes que alguém apareça"

"n começa sem mim 🤭"

Estava nervoso, principalmente por esta num cubículo fedendo a cloro e pano de chão velho e estava preste a realizar o sonho de qualquer menino na sua idade: perder a virgindade com uma garota extremamente bonita. 

Bia não estava nos padrões de beleza brasileira, ela tinha cabelo crespo e descoloria as ponta para ficar em um tom de loiro avermelhado, o rosto era redondo e tinha bochechas e lábios enormes, eram as primeiras coisas que chamavam atenção quando olhava. Usava sempre a mesma maquiagem: bochechas num ruge, boca num nude e olhos azuis cintilantes com um iluminador que estava mais para sol de oito horas. Todos diziam que pareciam uma palhaça de tão produzida para estudar as sete da manhã, porém pouco se importava, se sentia linda desse jeito. E Marcelo a achava linda assim. Ele se parecia com ela um pouco. Os dois eram negros retintos e ele estava deixando o black finalmente crescer, queria furar o nariz para ficar igual a mesma e quem sabe começar a ser chamado de MATRIZ pela escola — era o nome de casal deles, Matheus + Beatriz, fofo né?!

Ficou o ano inteiro pesquisando sobre os interesses de Bia. O que ela gostava, de quem gostava, como gostava... Se sentia um stalker as vezes, tipo aquele cara da série You, mas fazer oque, ele era apaixonado por ela desde a sétima serie. Quando os peitos dela começaram a crescer, ficava admirado o corpo, o rosto, o sorriso, o cabelo e tudo nela era perfeito e atraente. Se sentia muito mal quando escutava por ai que ela era feia demais e quando todos os seus amigos a esnobavam. Ela era mais linda do que aquelas meninas sem graça da escola, não havia ninguém mais interessante e inteligente que ali, mas fazer o que se as pessoas são movidas por padrões de beleza inatingíveis; mas que as pessoas fingem que são possíveis de se conquistar?

Entre devaneios e um joguinho puzzle de celular escutou-se uma batida na porta. Abriu devagar para vê quem estava lá fora. Era ela. Bia. Com o cabelo num coque bem apertado e o batom quase saindo da boca. 

— Deixa eu entrar logo, a gente só tem uma hora. 

Ela estava ali. Ele realmente não estava acreditando que tinha convencido uma garota a transar com ele, ainda mais transar na escola. Fala sério, isso poderia deixar os dois com problemas seríssimos. Ligou a lanterna e deixou o celular virado para baixo numa estante para que visse mais claramente. 

— Você veio mesmo. — deixou escapar baixinho enquanto a observava desabotoar a blusa escolar. 

— E porque eu não viria? Anda logo, não vai ficar pelado?

— Mas já vamos começar assim?! Sem nem um beijo, uma preliminar? — gostava do jeito que ela era curta e grossa, falava sobre putaria como se estivesse falando que o preço do tomate está um absurdo.