Sol da esperança

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A solidão, o silêncio e a tristeza eram seu consolo.
Em meio à confusão mental em que se encontrava, o estranho caminhante recostado no banco da praça, sentiu uma suave brisa assoprar-lhe no rosto, seguida de um tímido raio de sol que chegou-lhe aos olhos. Viu, nesse instante, uma minúscula gota de esperança. Sobressaltou do banco, gritou com toda a força e ar que havia em seus pulmões:
- Cristina!!
O grito era inexplicável, o som era inumano, melancólico, sofrido, assustador. Era um grito que tinha história, dessas que arrancam um coração do peito, que retira a alma e a ânsia de viver de qualquer ser. Em pé, no meio da praça, o estranho girava e, agora, repetia insistentemente o nome Cristina.
Não sei quem era aquele homem, mas o que o corroía, deu-lhe forças para levantar, a fome não mais o afetava, em seus olhos o reflexo dos raios solares iluminaram o seu interior. As algemas invisíveis que acorrentavam a dor de seu peito, deu espaço a um desejo, a um único e exclusivo objetivo. E, como em um passe de mágica, a neblina se desfez, o sol clareou o rosto do caminhante, o banco da praça, as ruas e quase todas as casas.

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⏰ Última atualização: May 30, 2020 ⏰

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