Capítulo 3

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nova oportunidade

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nova oportunidade

· Fiquei pensando o caminho inteiro o que Dayane tinha falado...

Meu pai nem sequer havia perguntado se eu estava bem ou como havia sido hoje no meu primeiro dia. Ele apenas falava de negócios e de como iria ficar feliz se eu assumisse a grande empresa da família. Ah, ele ainda não percebeu que eu só tenho 16 anos e que no momento eu só queria um pai? Agora entendo um dos porquês da mamãe ter se separado. Parecia que eu estava ali, mas não existia pra ele. Entendem? Ah eu nem sei mais o que pensar, estou falando sozinha a vários minutos na minha cabeça. Ele não podia simplesmente parar?

— Papai? — tentei o interromper, mas, ele pedia tempo e continuava — Papai? — tentei mais uma vez (depois de 5 minutos, não sei ao certa), mas, ele continuou sem me dar atenção alguma. Fechei meus olhos por breves segundos, respirando todo o ar possível para não surtar. — Papai! — exclamei de uma vez por todas, foi quando enfim ele me deu atenção. Ah sim, como era bom conseguir falar.

— Desculpe-me! Eu... Diga! — calou-se quando percebeu o olhar maçante que lançava sobre ele.

— Obrigada! Eu só tenho 16 anos, não sei o que quero fazer da minha vida, eu não estou mais tão bem, e meu dia estava sendo tão legal e sinceramente, eu ainda estou com fome. — falei tudo de uma vez só, soltando o ar assim que terminei. Na verdade eu tinha uma noção do que queria fazer, mas, seria mais legal dramatizar a situação... Ele assentiu e pediu o mesmo prato novamente para mim. Normalmente eu não era de repetir, mas, aquele dia eu estava tão animada. Ele sorriu e começou a falar...

— Fico feliz em saber que você tem uma vida normal de adolescente. É um saco às vezes, né? Eu sei bem. "Acredite ou não, eu já tive a sua idade." — interrupção rápida: típica frase dos pais. - Bom, quer me contar o que houve pro seu dia ter sido tão bom e você não estar mais bem? Hum, foi um garoto, certo? É, eu sei, eu conheço esse olhar. Sua mãe fazia o mesmo quando éramos amigos e ela me contava sobre os caras babacas que ela ficava, tão "apaixonada"... — Oi???? Ri descaradamente.

— Oh! Me explique uma coisa, a mamãe e você não iniciaram um relacionamento assim que se viram? Não era amor à primeira vista? — continuei a rir.

— Sim, eu me apaixonei assim que a vi, mas ela não. E ela só soube bem depois que eu gostava dela, dentre meses, aí nos casamos depois de 4 anos, e então tivemos você, anos depois o seu irmão, meu filhão — falou com orgulho (o pestinha, como eu diria). — É... Minha vida na adolescência não era a das melhores. — era incrível que, meu pai não passava muito tempo comigo, mas sempre sabia o que estava acontecendo. É como se ele adivinhasse e sempre tentasse me distrair com assuntos bobos ou conversasse comigo. Com certeza ele era meu homem preferido no mundo, mesmo sendo um pouco distante às vezes. Sorri amarelo, preparada para falar.

— Lembra do Dayana? Aquela minha professora de natação? Então, hoje eu fiz um teste para o time, e eu passei! — ele sorriu, contente — E não estou bem pelo fato do olho roxo que eu ganhei pela bolada na cara que recebi e também porque ainda terão mais testes. As meninas da natação haviam conversado comigo uns dias antes e falaram que sempre que ela chama alguém para ficar na reserva a pessoa sempre continuava na reserva pelo resto dos anos.

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