A internet realmente aproxima as pessoas, conectando-as principalmente para um sexo casual. Certa noite conheci um rapaz no aplicativo TXL. O seu perfil, Calor Cuiabano, me chamou atenção. Ele prontamente respondeu o meu "Blza cara" com um "Tudo jóia" e daí em diante um Ping-Pong de perguntas e respostas intensificou-se de tal maneira que as segundas intenções de ambos já estavam explícitas. O nosso desejo estava visível e pulsando dentro de nossas calças.
A vontade de vê-lo nú era maior que eu. Abri o zíper, segurei firme meu cacete, tão duro naquele momento. Cuspi na cabeça do meu cacete. Bati uma punheta imaginando nossos corpos entrelaçados, unidos pela fome do coito e à espera da volúpia extrema. Esporrei jatos cálidos no meu peitoral. Tão logo me sequei com papel higiênico, ele já queria ir dormir e marcamos para nos conhecermos no fim de semana.
A semana terminou sem muitas animosidades, praticamente dentro da rotina. O domingo à tarde foi escolhido para o nosso encontro, por volta das 15 horas. Estava terminando de colocar 3 preservativos na carteira quando ele me enviou uma mensagem. "Tarde! Tudo certo para daqui a pouco ?" e respondi "Tá sim. Nos encontramos na esquina da rua José Arantes com a Marechal Floriano."
Desci calmamente a rua José Arantes, observando se nenhum vizinho ou amigo dos meus pais não estava à vista, pois eu residia em território diplomático. Explico, voltei a morar com meus pais e no bairro todo mundo conhece a minha família e as pessoas se preocupam demais com a vida dos outros .
Parei na esquina.
Não demorou uns cinco minutos e um Fiat Uno, branco, com vidros fumes e adesivado de alguma empresa parou do meu lado. A porta se abriu. Deu um frio na barriga na hora e algumas perguntas pincelaram meu cérebro: Será que o cara é um psicopata? Como será que ele é? Será que vai gostar de mim?
Esses lances ocorrem sempre porque nem todos são legítimos em suas fotos, em seus perfis e em suas informações na internet. Comigo e Beto não seria diferente. Há histórico e expectativas de ambos os lados. Mesmo com receio entrei no carro. Cumprimentei-o com um forte aperto de mão.
- Beleza.
- Tranquilo, para onde vamos? - Beto olhando-me da cabeça aos pés, um olhar de lobo-mau que deixaria qualquer chapeuzinho vermelho de calcinhas molhadas.
- Segue reto nesta rua, vira à direita e depois à esquerda.
Beto acelerou o carro e colocou a sua mão sobre a minha perna. Passava a mão até próximo do meu sexo e voltava. Esse movimento retilíneo uniformemente variado começou a me excitar e meu cacete já começava a dar sinal de vida.
- Vira agora à direita e segue reto. Pelo mapa deve tem que ser nesta rua. Motel Tentação ou alguma-coisa-assim. Oliver instruindo Beto.
- Toh vendo a placa ali. Beto já virando o carro com tudo ara dentro do motel.
- Você quer que eu abaixe o toldo da garagem? Disse Oliver para Beto.
- Não precisa não, não me importo em ficar levantando. Falou Beto olhando para Oliver.
- Só perguntei porque tem caras que não saem do carro enquanto você não abaixa o toldo da garagem. Disse Oliver entre um sorriso para Beto.
Beto acabou abaixando-me o toldo e eu aproveitei para ir adentrando ao nosso quarto para ligar o ar-condicionado, a luz e a televisão. Tão logo tudo estava funcionando, fui tirando meu tênis, meu relógio e minha corrente. Ele só colocou o chinelo atrás da porta e pulou na cama redonda. Puxou-me para perto dele e o beijo foi inevitável. Dava para sentir que a sua respiração estava acelerada e parecia que ele havia terminado de correr 100 metros livre.
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As desventuras de Oliver (romance gay)
Short StoryAs desaventuras de Oliver contas em todos os tons do desejo.