The Beast and a not Harlot | EM EDIÇÃO

Capítulo 18

Contamos tudo a Paul, que por fim parecia ainda mais desesperado. Ele nos fez contar tudo várias vezes com todos os detalhes, até entender a história e a saber de cor e salteado.

_ Brian, ela te chantageou por todo esse tempo e você não me disse nada? - Vociferou. - Eu teria dado um jeito!

_ Eu não sei, só me deixei levar! Fiquei com medo de prejudicar a banda por algo que eu fiz.

_ Ok.. - Passou as duas mãos no cabelo. - E qual é a dessa outra garota? Por que vocês não querem se afastar dela? - Levantou uma das sobrancelhas. - Ela não é a primeira que vocês se envolvem.

_ Não nos envolvemos com ela do mesmo jeito.. - Respondi sério, pois pelo visto ele achava que ela era uma groupie. - Mas ela acabou se tornando muito importante para nós, Paul.

_ Certo. - Suspirou, preocupado. - Brian, preciso que cumpra esse "acordo" e termine com ela. Não entregue o jogo, mas também não precisa ser um monstro. - Olhava para mim atentamente. - Vamos tentar manter as aparências por enquanto. Eu tento consertar tudo por trás das cortinas, mas quero que se afastem dela, pelo seu próprio bem. Depois vocês resolvem isso com ela, ok?

Concordamos e meu coração se apertou. Eu não conseguiria fazer isso pessoalmente, não ia conseguir magoá-la. Se eu visse aqueles olhinhos me encarando de baixo, não resistiria a ela.

Ela me ligou mais uma vez, mas não consegui atender. Eu estava sim sendo um covarde, mas não suportaria ouvir sua voz.

Brian
Anne, não podemos mais no ver. Me desculpe, mas por favor, não insista e aceite minha decisão.

Meu coração se despedaçou. Ela estava certa, sou um grande babaca.

Alguns minutos depois, minha maldita futura esposa nos convocou para nossa festa de noivado.

Que seria na praia. Em um luau. Como no luau em que eu e Anne fomos fotografados

Com certeza ela queria que também fôssemos fotografados, como uma espécie de vingança infantil. E eu não podia fazer nada a respeito. Ela queria que fosse algo público e eu seria obrigado a obedecer, como um puto de um cachorro!

anne

A reunião estava demorando e acabei me preocupando. Estava com medo de parecer uma louca, mas estava com um mal pressentimento.

Depois de algumas ligações sem sucesso, meu celular vibrou e seu nome brilhou no ecrã.

Demorei um pouco para entender aquelas palavras, que se embaralhavam cada vez mais em minha cabeça. Ele devia estar brincando. Mas não acredito que ele brincaria com algo assim.

Meu coração apertou e eu senti lágrimas indesejadas descendo pelo meu rosto.

Que droga! Foi tudo o que eu consegui pensar. Já estava tomada pelas lágrimas.

Eu não devia me permitir chorar por um homem pelo qual eu me entreguei, e ele simplesmente usou e descartou como se fosse nada.

Eu sei que ele não é assim. Nenhum deles é.

Mas por que nenhum me atende?