Em uma noite não muito agitada mas nem muito parada, dois amigos, a garota, se chamava Bruna e o garoto, Victor, já era de noite, eles estavam voltando de uma balada, coisas de recém-adultos... Ou não, já que as pessoas são diferentes. Dois bêbados às 4:30 da manhã, dirigindo. E é claro, se perdem no caminho e para melhorar mais ainda a situação do homem e da mulher, o carro terminou sem combustível nenhum em seu tanque.
- Droga Bruna! -disse Victor, estava tão exasperado que desviou o seu olhar da estrada para olhar para sua amiga Bruna- Ficamos sem gasolina... e não tem nenhum posto por perto...!! - É claro que sua fala está precária, ele está bêbado -.
- Eu disse pra você abastecer o carro antes seu animal! - A garota, mais sóbria que o amigo, dá um tapa na cabeça de Victor e logo olha para outro lugar, sem ser o rosto de seu amigo -.
- O único... animal aqui é voooccê Bruna! - O menino, agora homem, desce do carro de Bruna e anda um pouco, até avistar uma mansão à distância e apontar em sua direção - Bruuuna! Olha a casona! Vamos lá pedir aj...hic! Ajuda!!
- Claro, é muito seguro e normal ir pra casa de um desconhecido e pedir gasolina.
- Prefere ficar à boca da noite no meio do nada?A mulher não responde a pergunta, só puxa o braço do homem e vai o arrastando até a casa, a enorme casa. Eles se aproximam do portão cautelosamente e batem de leve, logo um homem alto, careca, um pouco gordo os atende;
- O que fazem aqui a esta hora? - disse aquele pobre homem com uma voz rouca de cansaço -.
- O n-nosso carro acabou a gasolina! - responde Bruna com um enorme medo daquela figura, ser uma mulher e se encontrar numa situação dessas não é nada legal -.Logo quando aquele homem cansado ia falar algo, um outro homem, bem baixo de altura ( seu tamanho variava entre 1,45 ) olhou para o homem e a mulher com os olhos brilhando como dois fósforos acesos.
- O que esses jovens fazem aqui tão tarde? Vamos entrem - Disse aquele homem puxando o braço dos jovens para dentro de sua casa, Bruna tenta sair desses puxões, mas não adiantaria muito, o homem cansado já havia fechado o portão e o trancado -.
Os dois adultos, mesmo suspeitando daquele pequeno e estranho homem, 'resolveram' ficar dentro da casa, pois é melhor ficar sobre um teto do que sobre a boca da noite. Analisando mais aquela casa, eles começaram a reparar que no chão havia papéis amassados, papéis com escritas e com imagens, como se fossem poções. Logo veio aquele homem de voz rouca, que parece uma montanha cansada, diz:
- Não se surpreendam, ele fica misturando um monte de coisas, ele está atrás de uma poção que... - ele para por um tempo, como se percebesse que está falando demais - Apenas não toquem em nada!
Antes dos dois ingênuos responderem algo, o cientista desceu as escadas e chamaram os jovens lá para cima, e para não serem mal-educados, subiram aquelas escadas com o coração acelerado, parecia que Victor, mesmo estando bêbado, ainda tinha consciência. Logo quando entraram na sala com o cientista, a pintura das paredes descascando, o chão sujo, lentes quebradas... Bruna sente um calafrio enorme na espinha e Victor estava entretido. O cientistas estava mostrando suas poções e seus papéis ao garoto, até que a energia da casa, talvez do 'bairro' inteiro acabou. Victor, mesmo bêbado, tem pavor de escuro, rapidamente ele entrou em pânico começou a gritar pedindo "socorro" dentro da sala, enquanto Bruna tentava achar a porta, quando a luz piscou por um segundo, ela conseguiu ver aonde estava porta e foi para fora. Quando Bruna saiu de dentro daquele quarto, ela viu que, não foi o bairro inteiro quem ficou sem luz, apenas aquela sala, somente àquela sala, tinha-se acabado a luz.
- Por que só a luz dessa sala se apagou? - Disse ela consigo mesma, acendendo a luz pelo interruptor e entrando novamente -.
Bruna, quando foi para dentro da sala, ela se deparou com o Victor, caído e provavelmente morto no chão, correu para aproximar-se do corpo, não acreditando que ele estava morto, logo o abraçou duma maneira apertada. Neste momento emocional, a garota que já encontrava-se chorando, percebeu uma linha quase impossível de se ver, se enroscando ao redor de seu pescoço e seu ar foi lentamente acabando, ao invés de lutar, ela apenas aceitou. A única coisa que ela viu antes de cair morta ao lado de Victor, foi o rosto do cientista, sorrindo um enorme sorriso. Porém, quando o assistente entrou na sala, e viu aquele maníaco misturando um monte de coisas químicas, saiu correndo para fora, pois ele já havia percebido que aquilo causaria uma explosão mortal. E foi exatamente isso que aconteceu, quando o assistente saiu correndo, a mistura explodiu e se encheu de gás, logo aquela massa mortal contaminou todo o ar da sala, assim sufocando o cientista. O assistente, após a explosão, abriu a porta para àquela química sair do ar. Vendo aqueles dois jovens inocentes mortos no chão, o impossível aconteceu: Ele desceu para a cozinha fazer a única coisa que ele sabia e foi destinado à fazer: A poção da vida, caso o cientista morresse com alguma experiência, ele poderia facilmente trazê-lo de volta.
O ex-assistente misturou uma lágrima morna, água pura, fungos, e uma gota de seu sangue dentro de um pequeno frasco. O homem alto, subiu a escadaria para buscar o corpo do homem e o corpo da mulher para os devolver ao carro, da onde eles nunca deveriam ter saído.
- Espero que vocês não se lembrem disso - Declarou o homem, colocando combustível no carro dos adultos e pingando apenas uma gota de uma certa mistura na testa de cada jovem, a mistura que continha o esquecimento, a única poção que sobrevivera a explosão - Espero que achem o caminho de volta para casa, garoto e garota - E voltou para dentro de sua casa-castelo, ele tinha uma enorme bagunça para limpar agora e alguém para trazer de volta.
Após dois minutos, a mistura que foi pingada na testa dos adultos faz efeito, Victor e Bruna acordam de seu antigo sono eterno, Victor, logo se vira para a janela e vomita tudo que tinha no estômago, assim sujando o lado exterior do carro.
- Bruna, o que aconteceu?
A garota, se vira para ele com um olhar vazio, como se algo ainda estivesse morto dentro dela.
- Eu não sei... - Disse Bruna olhando para aquele 'castelo', que agora, tem um quarto destruído.
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A História Inesquecível Esquecida
Mystery / ThrillerEra uma simples volta para casa, até que a gasolina do carro que estavam dirigindo, acaba numa estrada deserta.