I. VERDE

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Dispus-me a contemplar a visão divina que o universo reservou para mim, era uma costumeira tarde fria, e o céu se preparava para mais uma chuva torrencial.

O cinza e o branco predominava a paisagem, em que o mesmo, mesclava entre os tons escuros e claros das roupas monocromáticas das pessoas.

Que caminhavam por todos os lados.

O metrô estava lotado, e meus fones de ouvidos já não eram suficientes para abafar os murmúrios da multidão, que se deslocavam de um lado para o outro.

Quando instantâneamente

Observei. Do outro lado, um jovem com um casaco escuro igualmente ao meu. Os seus olhos pareciam estar distantes do mundo. E um par de fones de ouvido se mostravam presentes, e tocavam uma música que provavelmente eu nunca tenha escutado.

Nesse exato momento.

Eu pude sentir o meu coração bater em um ritmo irregular. E eu pude sentir toda a força do universo em meu âmago, e perceber que aquele jovem era um sonho passageiro.

No qual eu não queria acordar.

Seus olhos me paralisaram, e seu cabelo escuro me remetia a escuridão da noite, eu gostaria muito de poder toca-lo e sentir a maciez dos mesmos entre meus dedos.

Queria poder dizer-lhe, que seus olhos combinam perfeitamente com o meu vestido verde.

E poder escutar a sua música favorita.

Poetizando às suas CoresOnde histórias criam vida. Descubra agora