chapter II

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Algumas horas depois de deitar para dormir, S/n é acordada por uma criada que lhe mostra um kimono, ela se sente desconfortável por ter que vestir este tipo de roupa e falar que não usaria poderia lhe custar a vida.

-Senhorita, permita-me arrumar seu cabelo... -A senhora chega mais perto da moça que se esquiva.

-Ah, não precisa, obrigada, sei arrumar meu próprio cabelo.

-Mas hoje não é um jantar comum, é um banquete real. -S/n se segura para não rir da cara de decepção da mulher.

-Sei disso, minha senhora, mas sei como devo arrumar meu cabelo.

Ela pega o tal kimono e vai para trás de um biombo, troca de roupa e volta já vestida.

-Pode amarrar para mim? -Ela entrega a fita a mais velha que faz como pedido.

-Está linda, querida, tem certeza que não quer que arrume seu cabelo? Nem que te adorne?

-Tenho sim, obrigada, não me importo muito com aparência, se me der licença... -A garota volta o olhar a senhora, que rapidamente entendeu que não era mais bem-vinda ali, a mulher se curva suavemente e vai embora, provavelmente comentar com outras criadas a impertinência e arrogância daquela jovem.

Depois da porta ser fechada ruidosamente, ela volta a se arrumar, deixa os cabelos soltos e coloca um colar que uma de suas irmãs de criação lhe deu. Ao terminar, ela passa em frente a um grande espelho de bronze que havia no quarto, olha por alguns segundos seu reflexo.

-Que besteira, por que as mulheres atualmente se preocupam tanto com isso?

Ela sai de perto do objeto e vai até uma das amplas varandas que haviam em seu quarto, percebeu que já havia anoitecido, a vista ficava linda à noite, o reflexo da lua brilhava nos lagos e os grilos cantavam uma melodia confortável, mas tudo que ela conseguia pensar era em como seus irmãos estavam agora, S/n não parava de pensar que deixou sua casa no meio de um assassinato perigoso, que podia facilmente tomar a vida deles.

-S/n, se esqueceu do banquete? -Seus pensamentos são interrompidos pela voz conhecida, ela vai até a porta e abre a mesma.

-Havia me distraído, perdão príncipe, vamos? -Sai do aposento fechando a porta atrás de si.

-Você se distrai bastante pelo que posso ver. -Ele ri rapidamente e volta seu olhar para S/n. -Me siga, vamos comer, você não vai poder negar novamente.

-Por quê? -Ela pergunta já seguindo o jovem pelo corredor.

-Porque vai estar na presença do próprio imperador... E também de mais alguns políticos importantes.

-Certo, certo, vou comer desta vez.

Eles continuaram andando pelos corredores, S/n ouvia uma música fraca, porém, estava muito baixa e distante para identificar exatamente de que direção vinha.

A música ia aumentando e a garota percebeu que estavam chegando ao local de destino. Quando a música já estava alta o suficiente eles haviam chegado no cômodo certo, as portas abriram revelando os dois.

-Mas que belo casal! -Exclamou um homem aparentemente bêbado.

-Até seria... Se ZeYu não estivesse noivo. -Outro homem falou com um certo tom de ódio, entre todos ali, ele e o imperador pareciam os mais sóbrios.

𝓪 𝓵𝓾𝔃 𝓷𝓪 𝓶𝓲𝓷𝓱𝓪 𝓮𝓼𝓬𝓾𝓻𝓲𝓭𝓪𝓸 |ZeYu| Onde histórias criam vida. Descubra agora