28. Theo

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Desço as escadas do hotel e sigo para o meu carro. Volto à embaixada e continuo a trabalhar. O dia foi extenuante demais, muitos problemas apareceram e tive que fazer uma força hercúlea pra resolter tudo. Perto das 17 horas encerro meu expediente mais  cedo que o normal, mas quero ir logo pra casa ver minha mulher. Assim que chego em casa, encontro Flrencia na sala, arrumando.

- Minha mulher está em casa, Florencia?

- Ainda não chegou, senhor. - responde com um sorriso no rosto.

Assinto e subo para o quarto. Marcella ainda deve estar na casa dos pais. Tomo um banho, visto apenas uma cueca box e deito na cama para esperá-la. Estou cansado, pois na noite anterior não dormi bem e hoje o dia fora extenuante, então acabo adormecendo. Quando acordo já está escuro. Espreguiço-me. Pego o celular. Já passa das 20 horas. Vejo uma ligação de Marcella, mas a ligação perdida é do horário da manhã. 

Levanto-me e coloco uma calça jeans e uma camiseta com manga. Marcella não deve ter querido me acordar. Desço as escadas e vejo a sala-de-jantar com a mesa belamente posta. Sorrio. 

- Marcella? - chamo, a resposta é o silêncio.

Vou até a cozinha e vejo Florencia.

- Onde está minha mulher, Florencia?

- Ah, senhor, estou tão preocupada. De manhã ela me ligou tão animada e me pediu para que eu fizesse a comida preferida do senhor para o jantar.

A mulher dispara a falar. 

- Já liguei inúmeras vezes para o celular da senhora Marcella  e ela não atende. Eu não sei o telefone da casa dos pais dela. - franzo o cenho.

- Eu vou tentar ligar pra ela.

Subo correndo de volta para o quarto e pego meu celular no criado-mudo. Ligo pra Marcella, mas o celular está desligado. Tento a casa dos pais e quem atende é o Vitto.

- Oi, Vitto. Aqui é o Theo. Marcella está aí? - pregunto, apreensivo.

- Sim, ela está. 

- Graças a Deus. - fico aliviado. - Avise-a para me esperar que vou buscá-la.

- É melhor não vir.

- O que? - entranho.

- Marcella não quer vê-lo. - ele fala, irado. - Minha irmã cansou de viver numa mentira.

- Do que inferno você tá falando? - ele não responde, desliga na minha cara.

O que porra tá acontecendo? Coloco o celular no bolso da calaça e pego um casaco. Desço as escadas e vou em direção à porta.

- E a senhora Marcella, senhor? - Florencia pergunta

- Vou buscá-la. - falo simplesmente e vou em busca da minha mulher.

O percurso que seria feito em mais ou menos 26 minutos é feito por mim pela metade do tempo. Não estou entendendo o que está acontecendo. Pelo menos tento não acreditar o que está se passando na minha cabeça. A Cantina está a todo vapor, mas faço o caminho lateral, pelo lado de fora do restaurante que também dá na casa dos pais da minha esposa.

Casamento por amor? - FINALIZADOOnde histórias criam vida. Descubra agora