Desço as escadas do hotel e sigo para o meu carro. Volto à embaixada e continuo a trabalhar. O dia foi extenuante demais, muitos problemas apareceram e tive que fazer uma força hercúlea pra resolter tudo. Perto das 17 horas encerro meu expediente mais cedo que o normal, mas quero ir logo pra casa ver minha mulher. Assim que chego em casa, encontro Flrencia na sala, arrumando.
- Minha mulher está em casa, Florencia?
- Ainda não chegou, senhor. - responde com um sorriso no rosto.
Assinto e subo para o quarto. Marcella ainda deve estar na casa dos pais. Tomo um banho, visto apenas uma cueca box e deito na cama para esperá-la. Estou cansado, pois na noite anterior não dormi bem e hoje o dia fora extenuante, então acabo adormecendo. Quando acordo já está escuro. Espreguiço-me. Pego o celular. Já passa das 20 horas. Vejo uma ligação de Marcella, mas a ligação perdida é do horário da manhã.
Levanto-me e coloco uma calça jeans e uma camiseta com manga. Marcella não deve ter querido me acordar. Desço as escadas e vejo a sala-de-jantar com a mesa belamente posta. Sorrio.
- Marcella? - chamo, a resposta é o silêncio.
Vou até a cozinha e vejo Florencia.
- Onde está minha mulher, Florencia?
- Ah, senhor, estou tão preocupada. De manhã ela me ligou tão animada e me pediu para que eu fizesse a comida preferida do senhor para o jantar.
A mulher dispara a falar.
- Já liguei inúmeras vezes para o celular da senhora Marcella e ela não atende. Eu não sei o telefone da casa dos pais dela. - franzo o cenho.
- Eu vou tentar ligar pra ela.
Subo correndo de volta para o quarto e pego meu celular no criado-mudo. Ligo pra Marcella, mas o celular está desligado. Tento a casa dos pais e quem atende é o Vitto.
- Oi, Vitto. Aqui é o Theo. Marcella está aí? - pregunto, apreensivo.
- Sim, ela está.
- Graças a Deus. - fico aliviado. - Avise-a para me esperar que vou buscá-la.
- É melhor não vir.
- O que? - entranho.
- Marcella não quer vê-lo. - ele fala, irado. - Minha irmã cansou de viver numa mentira.
- Do que inferno você tá falando? - ele não responde, desliga na minha cara.
O que porra tá acontecendo? Coloco o celular no bolso da calaça e pego um casaco. Desço as escadas e vou em direção à porta.
- E a senhora Marcella, senhor? - Florencia pergunta
- Vou buscá-la. - falo simplesmente e vou em busca da minha mulher.
O percurso que seria feito em mais ou menos 26 minutos é feito por mim pela metade do tempo. Não estou entendendo o que está acontecendo. Pelo menos tento não acreditar o que está se passando na minha cabeça. A Cantina está a todo vapor, mas faço o caminho lateral, pelo lado de fora do restaurante que também dá na casa dos pais da minha esposa.
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Casamento por amor? - FINALIZADO
RomanceDois casamentos Marcella e Theo Martina e Vitto